Nessa quarta-feira (6) a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou a vacina para a prevenção da malária. Essa doença que mata cerca de 500 mil pessoas anualmente, tem como vítima, em sua maioria, crianças com menos de cinco anos que vivem na África. Em um movimento considerado histórico, essa é o primeiro imunizante autorizada que previne essa doença transmitida por mosquitos.
Garoto brincando no balanço. Foto: ( Reprodução/ pexels)
Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, esse "é um momento histórico. A tão esperada vacina contra a malária para as crianças é um grande avanço para a ciência, a saúde infantil e o combate à malária". Ele ainda completou dizendo que: "o uso desta vacina, além das ferramentas existentes para prevenir a malária, poderia salvar dezenas de milhares de vidas de menores todo ano".
A decisão de aprovação se apoiou em um programa-piloto realizado em Gana, Malaui e Quênia, atendendo, assim, mais de 800 mil crianças desde o ano de 2019, somando um total de, aproximadamente, dois milhões de doses administradas. Partindo deste ponto, a OMS resolveu recomendar o uso generalizado do imunizante "RTS,S", ou Mosquirix, para as crianças da África Subsaariana e outras regiões marcadas com transmissão entre alta e moderada da malária.
A "RTS,S" corresponde a um imunizante capaz de agir contra o parasita Plasmodium falciparum, que é transmitido através de mosquitos, que são muito frequentes na África e considerados, também, os mais mortais do mundo.
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Uma declaração feita por Matshidso Moeti, diretor regional da OMS para a África, transmitiu um ar de alívio devido a autorização. Segundo ele, "durante séculos, a malária assolou a África Subsaariana e causou imensos sofrimentos pessoais", e ainda completou dizendo que "faz tempo que esperávamos uma vacina contra a malária eficaz e agora, pela primeira vez, temos uma recomendada para uso generalizado".
Foto destaque: Primeira vacina contra malária é aprovada pela OMS. (Reprodução/ pixabay)