Dar à luz a uma criança é um acontecimento que traz muitas alegrias para as mães, mas nem todos os sentimentos que englobam esse processo são positivos e, desse modo, podem acabar passando despercebidos, representando um grande risco tanto para a mulher quanto para o bebê.
Dessa forma, é possível enxergar a depressão pós-parto como uma doença que se define através de uma variedade de mudanças físicas e emocionais após o nascimento de um filho que pode, assim, dificultar o vínculo entre uma mãe e seu bebê. Apesar de ser uma condição relativamente específica, os dados mostram que é muito comum tanto no Brasil quanto no mundo inteiro.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma em cada quatro progenitoras de recém-nascidos sofrem com essa doença, esse número representa, aproximadamente, 25% das mães em todo o país. Em um contexto mundial, a OMS estima que 19,8% das mães sofrem de algum transtorno mental, com a maioria focada na depressão. Além disso, uma pesquisa feita pela American Psychiatric Association diz que a doença atinge entre 10% e 20% das mulheres que dera a luz.
Mãe segurando recém-nascido. Foto: (reprodução/ pexels)
Tipos de depressão pós-parto
A tristeza materna é caracterizada quando a mãe apresenta alterações bruscas de humor que, em outras palavras, significa que a mulher se sente muito feliz e, depois, muito triste, com um intervalo de tempo extremamente súbito. Existe, também, a psicose pós-parto que acontece quando a mulher sofre de alucinações, principalmente sonoras, fazendo com que ela perca o contato com a realidade. Vale dizer, também, que a depressão pós-parto pode acontecer por alguns dias ou até meses após o nascimento da criança.
Além dos casos citados à cima, existe, também, o baby blues, que, diferentemente da depressão pós-parto, se caracteriza como um estado brando de melancolia, alterações de humor e tristeza. Essa condição costuma durar cerca de duas semanas após a mulher dar à luz sendo assim, não apresenta necessidades de tratamento profissional.
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Tratamento
O diagnóstico, por sua vez, é feito através de observações clínicas dos sintomas e de situações específicas. Como diz um ditado popular, "cada caso é um caso" então é preciso de uma avaliação feita por um profissional de saúde especializado, que no caso é o psiquiatra, de forma individual, de acordo com o caso em questão.
Uma das formas de prevenir a depressão pós-parto é o mantimento do cuidado da saúde mental, evitando o isolamento e mantendo, na medida do possível, pessoas para apoiar as mães ao longo da gravidez. Sendo assim, o apoio familiar, do parceiro(a) e de amigos é fundamental para a prevenção.
" Toda mulher que dá à luz pelo SUS é acompanhada em seu puerpério pela Estratégia Saúde da Família, independentemente de ter sintomas ligados à depressão", segundo o Ministério da Saúde, afirmando ainda que "toda mulher tem direito a receber tratamento gratuito pelo SUS, independentemente do local onde o pré-natal e o parto foram realizados. Assim como esse direito também é assegurado a qualquer cidadão que necessite de tratamento relacionado a depressão."
Foto destaque: Depressão pós-parto: entenda a doença que atinge mais de 25% das mães do país ( reprodução/ pexels)