Bem Estar

Por que algumas mulheres estão tirando o silicone dos seios

“Novo normal”: por que mulheres estão retirando seus implantes de silicone? duas décadas atrás, o ideal de beleza feminina era uníssono: loira de cabelos lisos, magra e “siliconada”. Um punhado de anos depois, o mundo abraça a diversidade, ai

08 Abr 2021 - 23h56 | Atualizado em 08 Abr 2021 - 23h56
Por que algumas mulheres estão tirando o silicone dos seios Lorena Bueri

Febre nos anos 2000, quando o arquétipo de beleza feminina era ser magra e ter seios grandes, houve uma época em que muitas mulheres brasileiras faziam implante de silicone. Hoje, os tempos são outros e, quase duas décadas depois, podemos observar o fenômeno contrário acontecendo. Muitas destas mulheres começaram a retirar suas próteses, em uma cirurgia conhecida como “explante”. Por diversos motivos, estas mulheres que já foram reféns do cruel ideal de beleza, hoje voltaram a se sentir belas em um constante trabalho de aceitação.

Segundo dados da SBCP - Sociedade Brasileira de Cirurgias Plásticas -, a cirurgia plástica para aumento dos seios ainda é a mais procurada entra as brasileiras, mas a porcentagem de mulheres que decidem entrar no centro cirúrgico tem diminuído a cada ano.

Brasil e Estados Unidos são os países referência em relação à cirurgia plástica, mas é preciso observar os números sob uma perspectiva mais antropológica e abandonar a questão mercadológica. A ditadura da beleza que transforma as mulheres em simples objeto é a maior responsável pelas quase 2 mil cirurgias plásticas realizadas por dia no Brasil.


(Maria do Socorro Moreira, um mês após a cirurgia do explante: Arquivo Pessoal/Divulgação)


MARIA DO SOCORRO MOREIRA

Aos 58 anos, Maria do Socorro Moreira lembra claramente da decisão de colocar silicone no fim da década de 1980. “Eu tinha 25 anos, tive três filhas, era magrinha, fiquei quase sem mama. Quis colocar o silicone e não tive nenhuma orientação que pudesse acontecer qualquer problema.” Depois de realizar três trocas de próteses, como é recomendado, decidiu que não queria colocar novas próteses. “Tive contratura, a área ficava rígida, desde a primeira vez. Se fizesse só mais uma troca, não a retirada, estaria beirando os 70 anos na próxima vez. Não queria me colocar num centro cirúrgico.” Além de arcar com os custos do procedimento, já que não teve cobertura do convênio médico, teve outros desafios. “Enfrentei resistência da classe médica"

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"Ouvir de um médico que iria ficar horrorosa”, lamenta Maria. “Mas só senti melhoras depois. Tinha muita queda de cabelo e um problema respiratório. Depois do explante, recuperei minha respiração normal uma semana depois.”

No Brasil, o caso Allergan acabou incitando a procura das pacientes para realizar o explante. Em 2019, a Anvisa suspendeu a comercialização do implante de silicone feito pela empresa Allergan, associado a casos de câncer. Apesar de inconclusivas, pesquisas ligam o silicone a uma maior chance de desenvolver linfoma anaplásico de grandes células, já que a substância intensifica a reação imunológica de organismo ao estimular a produção adequada de anticorpos ou linfócitos.

(Foto Destaque: Por que algumas mulheres estão tirando o silicone dos seios. Reprodução/Derma Club). 

 

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