A empresa Johnson & Johnson (J&J) anunciou nesta sexta-feira (12) o seu plano de cisão. A J&J vai dividir seus serviços de cuidados pessoais das operações farmacêuticas e de produtos médicos, de modo que crie duas duas empresas de capital aberto diferentes.
Essa iniciativa veio após anúncios similares que aconteceram nesta semana, nos quais os conglomerados Toshiba e General Electric. Além de que, outras corporações com setores diversificados também estão sob pressão para simplificar.
Na prática, a divisão vai ser referente à unidade dos produtos como Listerine, Band-aid e Neutrogena, da unidade que produz medicamentos e dispositivos médicos, como a vacina contra Covid-19, J&J.
Produtos Johnson (Foto: Reprodução/Instagram)
Pela proposta do projeto a divisão de instrumentos farmacêuticos e produtos médicos, que inclui tecnologias avançadas como robótica e inteligência artificial, manteria o nome Johnson & Johnson e teria Joaquin Duato no comando. O mesmo sucederá Alex Gorsky como CEO da J&J em janeiro.
Em entrevista feita pela Istoé, Duato afirma que com o novo plano “A nova Johnson & Johnson e a nova empresa de saúde ao consumidor seriam capazes de alocar recursos de forma mais eficaz para atender pacientes e consumidores, impulsionar o crescimento e desbloquear um valor significativo”
Segundo as pesquisas da própria empresa, a expectativa é de que a unidade farmacêutica e de produtos médicos renda cerca de US$ 77 bilhões em 2021. Já a seção de itens de cuidado pessoal deve gerar cerca de US$ 15 bilhões, também neste ano.
Com o confronto de diversas ações judiciais em relação aos seus produtos, Johnson e Johnson afirmam que para começar com o pé direito estão trabalhando para resolver os casos e, inclusive, disse que só em outubro, resolveu a maioria deles.
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As ações da J&J, logo após o anúncio, subiram cerca de 3% no pré-mercado. A expectativa é de que a empresa possa concluir sua cisão em 18 a 24 meses.
(Foto destaque: Reprodução/Jordan Valinsky/CNN)