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Trump fala em reduzir tarifas, mas China responde com ceticismo e mantém posição firme

China rejeita proposta de Trump para corte de tarifas e mantém postura firme; especialistas alertam para impacto econômico da guerra comercial

24 Abr 2025 - 15h35 | Atualizado em 24 Abr 2025 - 15h35
Trump fala em reduzir tarifas, mas China responde com ceticismo e mantém posição firme Lorena Bueri

O presidente Donald Trump confirmou nesta semana que pretende flexibilizar as tarifas impostas à China, o que agradou à economia global. No entanto, a resposta do governo chinês foi firme, Pequim não demonstrou qualquer intenção de aceitar o gesto como ponto de partida para negociações.

Durante conversa com jornalistas na Casa Branca, Trump confirmou que as taxas aplicadas aos produtos chineses poderiam ser reduzidas de forma positiva para os lados. Segundo ele, a abordagem nas próximas tratativas será mais moderada, evitando qualquer tipo de menções a problemas anteriores.


Donald Trump sinaliza reduzir as tarifas contra a China (Vídeo: reprodução/YouTube/CNNBrasil)


Governo chinês exige retirada completa das tarifas

Apesar do discurso mais pacificador vindo de Trump, autoridades chinesas reforçaram que a retirada total das tarifas é pré-requisito para qualquer avanço. O porta-voz do Ministério do Comércio Chinês, He Yadong, disse que os aumentos das tarifas começaram a partir dos EUA e que cabe ao país encontrar uma forma justa de resolver o impasse econômico. 

Já o Ministério das Relações Exteriores negou que haja qualquer tipo de conversa em andamento, enquanto Trump afirma que autoridades dos dois países têm mantido diálogo frequente, Pequim sustenta que não há negociações ou tratativas recentes.

Análise interna aponta desgaste na imagem de Trump

Especialistas em política externa da China veem a postura mais conciliadora de Trump como resultado de pressões internas crescentes, tanto políticas quanto econômicas. Wang Yiwei, professor da Universidade Renmin, diz que o presidente norte-americano tenta amenizar as críticas internar por conta da instabilidade causada pelas altas tarifas impostas aos outros países.

"A mudança de tom não convence Pequim, que considera a postura americana volátil e pouco confiável", avaliou o professor.

Wu Xinbo, da Universidade Fudan, compartilha do mesmo pensamento. Para ele, a China não está disposta a retomar negociações tão cedo, preferindo esperar o momento mais estratégico para discutir um acordo.

Internautas chineses reagem com deboche

As redes sociais da China repercutiram amplamente as falas de Trump, muitas vezes com tom de ironia. No Weibo, uma hashtag semelhante a “Trump recuou” esteve entre os tópicos mais comentados, com milhões de visualizações. Usuários criticaram a mudança repentina na retórica americana, classificando-a como tentativa de disfarçar fraqueza.

Enquanto isso, dentro do país, analistas alertam que a manutenção de tarifas elevadas pode gerar impactos significativos sobre o comércio exterior e o nível de emprego, especialmente em um momento de desaceleração econômica.

Crescimento econômico sob pressão

O governo chinês estabeleceu como objetivo alcançar cerca de 5% de crescimento neste ano. Embora os números de março tenham apontado uma alta de 12,4% nas exportações em relação ao ano anterior, especialistas acreditam que o desempenho não será mantido se o atual cenário tarifário permanecer.

Relatórios de instituições financeiras como o Goldman Sachs indicam que as barreiras comerciais impostas pelos EUA tendem a prejudicar consideravelmente a economia chinesa nos próximos trimestres, afetando sobretudo o setor externo.

Mesmo com a retórica firme, fontes ligadas ao governo chinês indicam que existe abertura para negociações, desde que sejam baseadas em respeito mútuo e concessões equilibradas. A expectativa é que, quando houver sinais claros de mudança por parte de Washington, a China esteja pronta para agir, mas sem pressa ou submissão.

Foto Destaque: Donald Trump na Casa Branca (Reprodução/Instagram/@whitehouse)

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