O presidente dos Estados Unidos, diz pela primeira vez nesta sexta-feira (21) que não havia assinado a lei que se refere a deportação dos venezuelanos, embora defendesse o movimento de sua gestão. "Não sei quando foi assinado, porque eu não assinei", disse Donald Trump aos repórteres antes de sair da Casa Branca nesta sexta-feira.
Reportagem sobre a investigação da violação de Lei (Vídeo: reprodução/cnn.com)
Lei de Inimigos Estrangeiros
Para execução da deportação de imigrantes que estavam em situação irregular nos Estados Unidos, o governo recorreu a uma lei antiga originada do século XVIII, a Lei de Inimigos Estrangeiros, utilizada pela última vez na Segunda Guerra Mundial para deter cerca de 30 mil estrangeiros em campos de concentração.
No intuito de expulsar criminosos que fariam parte da gangue Tren de Aragua, uma das gangues venezuelanas mais perigosas, o governo de Donald Trump acusou sem provas mais de 200 venezuelanos, que estariam supostamente envolvidos na gangue. “Queremos tirar os criminosos um a um, e não sei quando foi assinado, porque não assinei, outras pessoas lidaram com isso, mas (o secretário de Estado) Marco Rubio fez um ótimo trabalho e ele os queria fora e nós concordamos com isso. Queremos tirar os criminosos do nosso país”, acrescenta Trump, ao ser questionado sobre as críticas do juiz James Boasberg, nesta sexta-feira no tribunal, de que a proclamação foi "assinada na escuridão".
O caso repercute devido o governo ter ignorado uma ordem judicial, ao colocar em prática essa lei, Trump desobedeceu à ordem de um juiz, que suspendeu essas expulsões, por considerar que tal instrumento não poderia ser aplicado nesse caso. O juiz federal James Boasberg estipulou um prazo para o governo explicar as deportações e o caso segue sob investigações.
Crise diplomática entre Estados Unidos e Venezuela
A decisão do governo americano causou tensão diplomática entre a Venezuela e EUA, contribuindo para decisão do governo venezuelano de retomar os voos de repatriação para receber os deportados, porém criticando a ação norte-americana.
Foto destaque: Presidente Trump em congresso americano (Reprodução/Instagram/@potus)