Nesta quarta-feira (07), Vladimir Putin se reuniu com o Conselho de Direitos Humanos da Rússia no Kremlin, e reconheceu que o conflito se prolongou mais do que o esperado e que ainda vai “demorar um pouco”, e ao mesmo tempo deixou um alerta sobre o aumento de uma provável guerra nuclear.
O Presidente da Rússia ainda afirmou que o país defenderá o seu território e seus aliados com todos os meios disponíveis, e acrescentou que foram os Estados Unidos, não a Rússia, que implantaram as chamadas armas nucleares "táticas" em outros países.
A declaração feita foi realizada durante uma reunião com o Conselho de Direitos Humanos russo, transmitida pela TV, na qual o atual presidente Vladimir Putin admitiu que o conflito na Ucrânia pode se prolongar.
"Não ficamos loucos, sabemos o que são as armas nucleares", declarou Putin na reunião televisionada. "Nós temos esses meios, eles estão em uma forma mais avançada e moderna do que os de qualquer outro país nuclear, isso é óbvio”, pontuou. “Mas nós não vamos brandir essas armas como uma navalha, correndo ao redor do mundo”.
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante evento. - (Imagem/Reprodução: OGLOBO)
Em relatório da ONU, tropas russas mataram cerca de 411 civis nos primeiros dias da invasão. “Há fortes indícios de que as execuções sumárias documentadas no relatório constituem crimes de guerra de homicídio doloso”, disse o alto comissário da ONU. Ao todo, foram documentados ataques e mortes em 102 cidades e vilarejos.
A Ucrânia sofreu pesadas baixas civis durante a guerra. A Rússia nega ter alvejado civis.
O jornal britânico Financial Times, informou que o líder russo pediu para os países membros da aliança continuarem a fornecer armas à Ucrânia, pois a Rússia estaria se preparando para um próximo ataque na primavera.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que estava preparado e se colocou à disposição para dialogar com Vladimir Putin para discutir alguma forma de encerrar a guerra. O chanceler alemão, Olaf Scholz, também foi na mesma linha e disse à Putin para chegar o mais rápido possível a uma solução diplomática, incluindo a retirada das tropas russas.
Foto destaque: Atual presidente da Rússia Vladimir Putin/OGLOBO