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Prisão de ginecologista por abuso sexual aconteceu após diversas denúncias feitas pelas vítimas

Pelo menos quinze mulheres foram à polícia denunciando o médico por abusos sexuais. De acordo com as denúncias, os crimes aconteciam dentro de seu próprio consultório.

19 Jun 2023 - 10h30 | Atualizado em 19 Jun 2023 - 10h30
Prisão de ginecologista por abuso sexual aconteceu após diversas denúncias feitas pelas vítimas Lorena Bueri

Nesta semana, um médico especializado em ginecologia e obstetrícia foi preso no Paraná acusado de cometer abusos sexuais contra diversas de suas pacientes. De acordo com as denúncias, os crimes aconteciam dentro do seu próprio consultório. 15 mulheres denunciantes Já foram à polícia ao menos uma vez. O médico é Felipe Sá, de 40 anos, formado pela Universidade Federal de Goiás, especializado em ginecologia e obstetrícia, com mestrado em saúde pública pela Universidade de São Paulo (USP).

Na última quinta-feira (15) ele foi preso temporariamente na serra de Maringá, onde ele tem consultório, acusado de crimes sexuais.


Felipe Sá ao ser preso (Foto: Repodução/RPC via G1)


Relatos:

Uma das vítimas diz: "Felipe foi uma indicação, sempre foi muito conhecido pelo parto humanizado, atendimento humanizado [...] É isso que me motivou a fazer a denúncia, né? Porque ele usa um discurso de empoderamento feminino pra atrair mulheres pra poder abusar delas".

Não se conheciam as três primeiras vítimas denunciantes, mas se conectaram nas redes sociais após comentarem em um grupo de discussões de mães.

A vítima contou que: "Uma mulher teve a coragem de não recomendá-lo nesse grupo. Ele foi muito bom comigo até o dia em que eu fui sozinha na consulta. Aí outras mulheres começaram a se pronunciar nesse grupo. E aí a gente foi conversar ali individualmente e, enfim, a gente identificou que a linha de atuação dele é a mesma para todas”.

Mais uma das vítimas, que preferiu não se identificar, procurou o médico Felipe Sá para acompanhar a gravidez. Ela diz que Sá quis fazer hipnose com ela durante a consulta.

Ela relata: "Ele pediu pra que eu fechasse os olhos, que eu me imaginasse num lugar paradisíaco, contou até dez, estralou os dedos. Mas em nenhum momento eu estava hipnotizada, eu estava em sã consciência. Ele falou: 'não, é sério. Se imagine tendo relações sexuais só com coisas que estejam dentro dessa sala. ' Aí ele começou a pegar pesado do tipo, 'você se tocaria agora?'”.

A vítima também observou que o médico lhe disse para ela não se conter: "Eu sou profissional o suficiente pra poder separar as coisas, eu não vou ficar excitado". "E ele foi insistindo, de eu me tocar, deu tirar minha blusa", relembra ela.

Dentre os relatos feitos à polícia, uma mulher afirmou que no meio de um exame, o ginecologista colocou a mão no canal vaginal dela, e mudando a posição da mão, começou a estimular seu clitóris.

Outra vítima disse à polícia que durante todo o tempo da consulta, que durou cerca de uma hora, o médico pediu para ela levantar a blusa 12 vezes. Ela negou todos os pedidos. Tratando-se de um caso de importunação sexual segundo a polícia.

De acordo com a polícia, foi necessária a prisão temporária do médico para que as investigações pudessem seguir em curso.

O delegado Dimitri Tostes Monteiro afirmou que: "Ele utilizava esse expediente aí, esse universo de fragilidade feminina pra supostamente praticar esses atos sexuais".


Felipe Sá ao ser preso (Foto: Reprodução/RPC via G1)


O médico Felipe Sá foi levado ao presídio público de Maringá. O mandado de prisão é inicialmente de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Felipe Sá deve ser interrogado depois de ouvidas todas as vítimas denunciantes.

O Conselho Regional de Medicina informou em nota que instaurou um processo para averiguar as denúncias de um possível desvio de conduta ética por parte do médico Felipe Sá e que esse processo é sigiloso.

De acordo com a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná, a hipnose pode ser utilizada como terapia, porém existem regras:

"A hipnose é uma terapia reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1999, por ser um procedimento, deve ter um termo de consentimento e não pode ser utilizada para redução da resistência física sem ser para uma terapia", diz Acássia Nasser, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná.

Já a defesa afirma: "As alegações contra o meu cliente são infundadas e não condizem em nada com seu histórico profissional. No mais, todos os elementos da defesa serão apresentados durante o transcurso do processo judicial". Disse o advogado, em vídeo de resposta enviado ao programa Fantástico, da TV Globo.

Foto destaque: Médico Felipe Sá Ferreira. Reprodução/RIC Mais

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