Uma ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro evitou um atentado com bomba durante o show da cantora Lady Gaga, que aconteceu na noite de sábado (3), em Copacabana. A ação, conduzida de forma sigilosa, evitou o que as autoridades classificam como uma tragédia anunciada.
Grupo disseminava discurso de ódio e planejava ataque ritualístico
Segundo as investigações, o grupo atuava em diferentes estados e usava redes sociais para disseminar mensagens de ódio, com foco na comunidade LGBTQIA+ e na própria artista. Dois suspeitos apontados como líderes foram identificados: um homem do Rio Grande do Sul, que havia sido preso por porte ilegal de arma e foi solto após pagar fiança, e um adolescente do Rio, apreendido por armazenar imagens de exploração sexual infantil.
No total nove indivíduos receberam ordens de busca e apreensão em quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Um dos investigados, localizado em Macaé, no Norte Fluminense, chegou a afirmar que mataria uma criança durante o show como parte de um ritual. Ele foi reconhecido, mas não foi detido - será processado por terrorismo e incitação ao crime.
Atuação preventiva evitou tragédia no maior show do ano
De acordo com o delegado Carlos Oliveira, da Polícia Civil, a legislação antiterrorismo permite enquadrar como crime atos preparatórios, mesmo que o ataque não tenha sido concretizado. “Você não precisa esperar que joguem o coquetel molotov. O planejamento, a intenção e a articulação já são suficientes”, afirmou.
Lady Gaga se apresenta durante show gratuito na praia de Copacabana (Foto: reprodução/Stringer/Getty Images Embed)
A apresentação de Lady Gaga reuniu mais de 2,1 milhões de pessoas em Copacabana, superando o público do show de Madonna no ano anterior. Emocionada, a cantora chorou no palco, homenageou o público LGBTQIA+ e escreveu nas redes sociais: “Jamais esquecerei esse momento”.
Foto destaque: Lady Gaga durante ensaio na praia de Copacabana (Reprodução/Kevin Mazur/Getty Images Embed)