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Pix por engano faz autônoma de Fortaleza perder R$ 1 mil; veja o que fazer nesses casos

Maria Deronice Costa registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil para tentar reaver a quantia. Saiba como agir em casos de erros envolvendo transações PIX

21 Mai 2022 - 20h35 | Atualizado em 21 Mai 2022 - 20h35
Pix por engano faz autônoma de Fortaleza perder R$ 1 mil; veja o que fazer nesses casos Lorena Bueri

Uma mulher autônoma de 40 anos tenta recuperar uma quantia de R$ 1.000,00 que transferiu via PIX por engano para a conta de outra pessoa na última quarta-feira (17) em Fortaleza. Ela contou que o dinheiro foi adquirido por meio de um empréstimo para pagar o aluguel e teme em ficar no prejuízo.

Maria Deronice Costa,  relata que, ao perceber o erro, imediatamente entrou em contato com o destinatário por meio de ligações e mensagens e que em um primeiro momento, a pessoa se prontificou a devolver o valor, mas após algumas horas passou a rejeitar as chamadas e bloquear as mensagens que a vítima tentou fazer para ela.


"Eu errei na hora de colocar o último dígito do número do meu próprio celular e aconteceu isso. Eu trabalho por conta própria, além de pegar esse empréstimo para pagar meu aluguel também iria comprar produtos de beleza e cosméticos para vender. Tenho duas crianças e moro de aluguel, vai me prejudicar bastante se eu não conseguir recuperar esse dinheiro" disse a autônoma. 

Ela completou dizendo que pediu para algumas amigas entrarem em contato com a mulher, mas também não tiveram sucesso.

"Eu cheguei a pedir para amigas minhas ligarem para essa mulher e ela simplesmente sumiu. O próprio escrivão da polícia chegou a falar com ela, e eu consegui também, mas depois ela sumiu. Havia dito que estava esperando o esposo dela chegar do trabalho para fazer a transferência de volta para mim, mas há dois dias ela está incomunicável", explica.

O caso aconteceu na última terça-feira (17), quando a vítima fez uma transferência indevida e não conseguiu reaver o valor debitado. As equipes do 19º DP seguem colhendo informações em busca de solucionar o caso.

Ao procurar o banco, a Deronice ouviu de gerente que a instituição não poderia fazer nada, já que o erro foi do cliente. Em seguida, ela registrou o caso no 19º Distrito Policial por meio de um boletim de ocorrência. Conforme o artigo 169 do Código Penal Brasileiro, é crime se apropriar de “coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza”. O crime de apropriação indébita pode resultar em pena de detenção, de um mês a um ano, ou multa.

A Polícia Civil informou em nota que está investigando as circunstâncias de um caso de apropriação indébita, registrado por meio de boletim de ocorrência, na última quarta-feira (18), no 19º Distrito Policial (DP). 

Fiz um PIX errado. O que devo fazer?



De acordo com o Banco Central, só é possível cancelar a transação apenas antes da confirmação do pagamento. Após a confirmação, não há como estornar o valor, já que a liquidação do PIX ocorre em tempo real, a transação não poderá ser cancelada.

No entanto, a pessoa que enviou o PIX pode negociar com o recebedor a devolução do valor pago. Se for possível identificar quem recebeu o valor por meio da chave PIX, o indicado é entrar em contato.

Mas no caso do uso da chave aleatória, a identificação pode ficar um pouco mais difícil. Inclusive, essa alternativa de chave foi feita justamente para garantir mais privacidade ao usuário.  Portanto, o indicado é buscar o banco para onde a operação foi realizada, para que ele entre em contato com quem recebeu o valor. Se mesmo com o contato a devolução não foi feita, a saída é buscar o valor na justiça.

Foto Destaque : Aplicativo de banco / Reprodução: Geraldo Bubniak

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