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PGR denuncia irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa por homicídio de Marielle e Anderson

Além dos irmãos Brazão e do delegado Barbosa, o ex-assessor de Domingos Brazão, Robson Calixto, e o policial militar Ronald Alves de Paula também foram denunciados e presos nesta quinta-feira (9)

09 Mai 2024 - 18h29 | Atualizado em 09 Mai 2024 - 18h29
PGR denuncia irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa por homicídio de Marielle e Anderson Lorena Bueri

Presos preventivamente desde 24 de março, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos homicídios contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. A denúncia foi apresentada pelo vice-procurador-geral Hindenburgo Chateaubriand Pereira Diniz Filho ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na última terça-feira (07/05).

No documento, os irmãos Brazão são denunciados como mandantes do crime e por integrar uma organização criminosa. Já o delegado Barbosa foi denunciado também como mandante do assassinato. Caso a peça seja aceita, o deputado federal, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e o delegado passam a ser réus pelo crime no STF.

Ex-assessor e policial militar são presos

Outros dois nomes foram incluídos na denúncia feita pela PGR: Robson Calixto, o “Peixe”, e Ronald Alves de Paula, conhecido como Major Ronald. Enquanto o primeiro foi assessor de Domingos Brazão, Ronald é um policial militar apontado pela PF como ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste do Rio. Ambos foram presos pela Polícia Federal nesta quinta-feira (09/05).


Robson Calixto, conhecido como 'Peixe', na sede da Polícia Federal no Rio (Foto:reprodução/Gabriel de Paiva/ Agência O Globo)


Embora não tenha sido ligado diretamente aos homicídios da vereadora e do motorista, Peixe foi denunciado por organização criminosa. De acordo com as investigações da PF, o ex-assessor integrava o grupo dos irmãos Brazão. A prisão aconteceu no Rio.


Major Ronald foi apontado como responsável por monitorar movimento de Marielle Franco (Foto:reprodução/Diário do Nordeste/Globo News)


Major Ronald, que já estava detido em uma prisão federal por homicídio e ocultação de cadáver, foi acusado de participação no assassinato de Marielle e Anderson. De acordo com o depoimento de Lessa, o policial foi responsável pelo monitoramento da vereadora. A informação foi confirmada na investigação por meio do cruzamento de sinais de torres de celular, registros de ligações e mapeamento de movimentações de Ronald.

Provas

A denúncia da PGR acontece após um mês e meio de investigação e análise mais aprofundadas da PF. Com informações mais detalhadas, a Procuradoria concluiu que os irmãos Brazão e Barbosa, ambos citados na deleção de Lessa, devem ser processados e condenados pelo atentado contra Marielle e Anderson Gomes.

A denúncia apresentada aprofunda os interesses econômicos dos irmãos, aborda a questão da relação de ambos com as milícias e também os atritos com adversários políticos como a vereadora Marielle. Para a PGR, as investigações apontam que a execução da parlamentar do Psol estaria relacionada à exploração imobiliária em áreas dominadas pela milícia, onde os irmãos se fortaleceram política e financeiramente.

Para a PGR, a análise investigativa feita após o depoimento de Lessa somada ao histórico político de Chiquinho e Domingos Brazão confere sentido à acusação apresentada. Neste período, a PF fez o cruzamento de dados, monitorou telefones e movimentação de veículos e ouviu dezenas de testemunhas.

Foto destaque: Chiquinho Brazão, Rivaldo Barbosa e Domingos Brazão (Reprodução: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Fernando Frazão/Agência Brasil/CNN Brasil)

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