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Nova rodada de tarifas intensifica conflito comercial entre EUA e China

Após China aumentar as tarifas de importação para 84%, Trump responde com 'falta de respeito' e sobe taxa contra os chineses para 125%

10 Abr 2025 - 16h00 | Atualizado em 10 Abr 2025 - 16h00
Nova rodada de tarifas intensifica conflito comercial entre EUA e China Lorena Bueri

Começaram a valer nesta quinta-feira (10) as novas tarifas da China sobre produtos importados dos Estados Unidos. A taxação, que chega a 84%, foi anunciada na véspera como resposta direta às medidas do presidente norte-americano Donald Trump, que também não recuou: durante a madrugada na China, ele aumentou as tarifas sobre produtos chineses para 125%, num novo capítulo da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato”, escreveu Trump em sua rede social.

Essa escalada faz parte de uma disputa iniciada por Trump, que, no início de abril, anunciou tarifas de importação que variam de 10% a 50% para mais de 180 países. Desde então, Washington e Pequim vêm trocando retaliações em cadeia, com aumento sucessivo nas alíquotas.

Como a tarifa dos EUA sobre produtos chineses chegou a 125%

A nova taxação não surgiu de forma repentina. Ela é o resultado de uma série de aumentos progressivos:

  • Em fevereiro, os EUA adicionaram uma taxa extra de 10% sobre os produtos chineses, que já pagavam outros 10%, totalizando 20%;
  • No dia 2 de abril, Trump revelou sua política de “tarifas recíprocas” e acrescentou mais 34% à China, elevando a cobrança para 54%;
  • Com a resposta da China, que taxou os produtos americanos também em 34%, a Casa Branca reagiu aplicando mais 50%, fazendo a tarifa saltar para 104%;
  • Agora, diante da nova retaliação chinesa com 84% de imposto sobre produtos norte-americanos, Trump deu o troco: subiu para 125%.

Paralelamente, os EUA decidiram aliviar a pressão sobre outras nações. Trump autorizou uma redução temporária de tarifas para 10% sobre produtos de mais de 75 países, pelo período de 90 dias. “Autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato”, afirmou o presidente.

Na prática, isso significa que os Estados Unidos passaram a adotar uma alíquota geral de 10% sobre a maioria das importações, incluindo produtos brasileiros. Já tarifas específicas, como as que incidem sobre aço e alumínio (25%), seguem em vigor.


Explicação da CNN sobre a ''Guerra comercial'' entre EUA X China(Vídeo:reprodução/Instagram/@cnnbrmoney)


A estratégia por trás da guerra tarifária

Segundo o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, a estratégia do presidente foi calculada desde o início. “Essa foi a estratégia dele o tempo todo. E pode-se até dizer que ele incitou a China a uma posição ruim. Eles reagiram. Eles se mostraram ao mundo como os maus atores”, afirmou o secretário.

Trump também disse que espera que a China “perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”.

Mercados reagem com otimismo após sinal de trégua parcial

Apesar do novo aumento de tarifas contra a China, o anúncio de pausa no tarifaço para outros países foi suficiente para impulsionar os mercados financeiros. Os principais índices dos Estados Unidos encerraram o dia com fortes ganhos, após uma semana de forte tensão.

Veja o desempenho das bolsas:

  • Dow Jones: +7,87%, aos 40.608,45 pontos;
  • S&P 500: +9,52%, aos 5.456,9 pontos;
  • Nasdaq: +12,16%, aos 17.124,97 pontos.

O avanço da Nasdaq foi o maior desde 2001, enquanto o S&P 500 não subia tanto desde 2008. Já o Dow Jones teve seu melhor dia desde 2020. Os ganhos contrastam com as perdas da semana anterior, quando os mercados reagiram negativamente ao tarifaço inicial e registraram as maiores quedas em um único dia desde o auge da pandemia de Covid-19.

Na Ásia e na Europa, as bolsas também haviam recuado diante da escalada da guerra comercial. No Brasil, o dólar chegou a disparar nos últimos dias e o real se tornou uma das moedas que mais se desvalorizou frente à moeda americana desde o anúncio das tarifas. Mas o cenário também mudou nesta quinta-feira: o dólar caiu 2,54%, fechando em R$ 5,84. Já o Ibovespa, principal índice da B3, subiu 3,12%, alcançando os 127.796 pontos.

Foto destaque: Trump em anúncio na casa branca (Reprodução/Instagram/@whitehouse)

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