Que a guerra foi declarada, isso já está mais do que evidente. Mas, ao que tudo indica, essa batalha de aumento de tarifas aqui e ali, entre os Estados Unidos e a China, tende a percorrer um longo caminho.
Após Trump anunciar uma tarifa de 104% sobre os produtos chineses — que entraria em vigor nesta quarta-feira — a China rebateu, anunciando um aumento de 84% sobre os produtos americanos. Trump não aceitou calado e respondeu com uma nova rodada de sanções, elevando a taxação sobre os produtos chineses para 125%, com efeito imediato. No mesmo anúncio, o presidente ainda comunicou a redução de 10% nas tarifas, por 90 dias, para os demais países, exceto a China.
Anúncio de Donald Trump sobre o aumento da tarifa aos produtos chineses (Foto:Reprodução/Instagram/@potus)
A guerra tarifária
Todos os holofotes estão voltados para a atual situação do mercado, que vem sendo impactado pelas tarifas de Donald Trump. Mas, diferente de muitos, a China não abaixou a cabeça: respondeu à altura o então presidente dos EUA, iniciando assim uma verdadeira guerra tarifária entre os dois países.
O início desse conflito se deu na última quarta-feira (2), quando o presidente dos Estados Unidos detalhou uma nova tabela tarifária, que atinge mais de 180 países e regiões, com taxas variando de 10% a 50%. No entanto, a China foi um dos países mais afetados, com uma tarifa de 34%. Esse percentual somou-se aos 20% que já eram cobrados sobre os produtos chineses.
Nada satisfeito, o Ministério das Finanças da China respondeu aos americanos, taxando em 34% todas as importações vindas dos EUA. Sentindo-se insultado, o governo americano ameaçou impor uma nova tarifa de 50%. A China não recuou. Com isso, Trump bateu o martelo e impôs uma taxa de 125% sobre os produtos chineses. Ainda assim, a China afirmou estar preparada para revidar até o fim.
O dólar
Com todos esses movimentos, o dólar vem sofrendo alterações drásticas em seu valor. Após o anúncio de Donald Trump sobre o aumento de 125% para os produtos chineses e de 10% para os produtos de outros países, a moeda americana apresentou queda. Tanto que, nesta quarta-feira (09), o dólar fechou em R$ 5,62 no Brasil — o valor mais baixo desde outubro de 2024.
Foto destaque: Presidente Donald Trump (Reprodução/Instagram/@potus)