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Ministério da Fazenda estuda o fim da paridade internacional nos preços do petróleo

Petrobrás e governo federal discutem o fim da paridade no preço do petróleo, tentando assim diminuir a volatidade dos preços no mercado interno brasileiro pois atualmente os preços são cobrados em dólar e afeta diretamente os preços

02 Mar 2023 - 14h04 | Atualizado em 02 Mar 2023 - 14h04
Ministério da Fazenda estuda o fim da paridade internacional nos preços do petróleo Lorena Bueri

O Ministério da Fazenda e a nova diretoria da Petrobrás discutem mudanças na política de preços do petróleo, tão falada nos últimos anos. Por conta primeiramente da pandemia e depois por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços do barril de petróleo variaram bastante, pois os preços atualmente é em dólar, e com o Real desvalorizado, os preços geram um impacto bem grande no cotidiano do brasileiro.

No ano de 2022, através de uma Medida Provisória, e à época considerada eleitoreira, o então presidente Jair Messias Bolsonaro, candidato a reeleição, zerou os impostos dos combustíveis, fazendo assim, os mesmos ficarem mais baratos ao consumidor. Essa semana, o governo federal decidiu reonerar os impostos nos combustíveis, fazendo assim o combustível ficar mais caro nas bombas dos postos e para os consumidores.

Apesar da Petrobrás ter obtido lucro recorde no ano de 2022, o novo governo quer rever essa política em relação ao petróleo, e a discussão será em encerrar a paridade dos preços da importação do petróleo, que leva em conta a cotação do petróleo e do dólar em 100% do cálculo.

O que está em discussão nesse momento é uma proposta que diz que vai mudar essa fórmula de cálculo, ficando 85% feito com base nos custos nacionais e os 15% restantes atrelados com as questões internacionais, com isso, economistas técnicos creem que o impacto ao Brasil seria muito menor.


Petrobrás e governo discutem o fim da paridade de preços do petróleo (Foto: Reprodução/Twitter)


Fontes ouvidas pelo jornal O Globo do Rio de Janeiro, os cálculos em diferentes tipos de combustíveis, no caso, Diesel e gasolina sofreria uma pequena variação, pois a questão dos volumes de importação são diferentes. Essa política só chegará no conselho de Administração da estatal, para ser enfim discutida se vai ser aprovada ou não, somente no dia 27 de Abril, quando ocorrerá uma assembleia geral com os acionistas.

É bastante delicado esse assunto dentro da Petrobrás, onde as fontes dizem que será bastante difícil que seja aprovado dessa maneira como o governo quer. O que acionistas e governos veem em comum é a adoção realmente de uma regra que faça com que seja pouco sentida as variações dos preços dentro do Brasil, principalmente nos momentos de oscilação dos preços no mercado internacional, pois a curto prazo não se vê um fim da guerra entre Ucrânia e Rússia, gerando assim mais impactos nos preços.

Na quarta-feira (02), a empresa anunciou o pagamento de dividendos, que é uma parcela do lucro da empresa que é distribuída aos acionistas. Eles são pagos por ação. Portanto, quanto mais papéis de uma companhia o investidor tem, mais ele ganha com dividendos. O pagamento da Petrobrás foi de 2,74 por ação, o que deu no resultado final 215,8 Bilhões pagos a acionistas, o que fez o atual governo reclamar com a direção da empresa, pois se é recomendado que uma parte desse dinheiro seja revertido ou em fundos de reservas ou em investimentos na empresa, o que não aconteceu, não houve reserva para investimento na Petrobrás.

O governo do presidente Lula criticou veemente essa política, com declarações fortes do presidente da república “Nós não podemos aceitar a ideia da notícia de hoje, a Petrobras entregou de dividendos mais de 215 bilhões de reais, quando ela deveria ter investido metade no crescimento econômico desse país, na indústria brasileira, na indústria naval, na indústria de óleo e gás”

Em 2022 a empresa foi a segunda maior pagadora de dividendos do mundo, de acordo com indicadores internacionais e não reteve parte alguma para investimentos na empresa.

Foto Destaque: Prédio da Petrobrás no Rio de Janeiro – Foto Reprodução/Twitter/@Oglobo

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