O recente debate presidencial argentino, ocorrido em Buenos Aires, no último domingo (19), ressoa com acusações polêmicas. Javier Milei, eleito presidente da Argentina, denunciou em entrevista na última terça-feira (21), uma suposta estratégia de distração orquestrada por marqueteiros brasileiros. Estes, ligados à campanha do candidato Sergio Massa, teriam colocado indivíduos na audiência para tossir durante as falas de Milei, visando perturbá-lo.
Milei revelou a acusação durante a conversa com o jornalista Esteban Trebucq, do canal A24. Segundo ele, essa abordagem foi particularmente notável em sua fala final, quando vários membros da plateia tossiram simultaneamente. A equipe de Massa, contatada pela CNN para comentar as afirmações, não se pronunciou.
Antecedentes de distúrbios
Esta não foi a primeira vez que Milei enfrentou desafios semelhantes. Ele já havia mencionado incidentes de tosse em debates anteriores, mas sem atribuir responsabilidade aos profissionais brasileiros. Em outra entrevista com Trebucq, ele foi interrompido por vozes no estúdio, o que levou a especulações sobre sua saúde mental. Milei desmentiu esses rumores, mencionando conselhos recebidos do ex-presidente Macri sobre como lidar com distúrbios durante discursos públicos.
Macri teria alertado Milei sobre a importância de manter a compostura diante de interrupções, dada a impossibilidade de o público detectar a fonte do ruído. Esta orientação provou ser crucial para Milei, que conseguiu manter a calma durante o debate, apesar dos desafios enfrentados.
Conheça quem é Javier Milei, eleito presidente da República na Argentina (Vídeo: reprodução/YouTube/BBC NEWS Brasil)
Desdobramentos possíveis
A denúncia de Javier Milei, acerca da suposta intervenção de marqueteiros brasileiros em um debate presidencial argentino, levanta questões sobre as práticas de marketing em campanhas políticas. A situação aguarda uma resposta oficial da equipe de Sergio Massa e possíveis esclarecimentos das autoridades competentes.
As implicações desta acusação no relacionamento político e diplomático entre Argentina e Brasil ainda não são claras, sendo necessário um acompanhamento das reações e medidas subsequentes por parte dos envolvidos e das instituições políticas.
Foto Destaque: Javier Milei, eleito presidente da Argentina, em campanha eleitoral. (Reprodução/Natacha Pisarenko/AP)