A Rússia realizou um dos maiores ataques contra a Ucrânia desde o início da guerra, nesta sexta-feira (29), com mais de 150 mísseis lançados. Os bombardeios atingiram diversas cidades do país, incluindo a capital Kiev, deixando pelo menos 30 mortos e mais de 160 feridos em todo o território ucraniano, podendo o número de vítimas aumentar.
O ataque russo
Os ataques russo neste fim de ano foi uma das maiores ações realizadas contra a Ucrânia, desde da invasão do país, com um ataque sem precedentes. As explosões atingiram a capital Kiev, e outras cidades, como Odesa, Dnipro, Kharkiv e Lviv. Para atacar os alvos foram usados 158 drones e mísseis, entre eles mísseis hipersônicos Kinzhal, mísseis de cruzeiro e drones Shahed.
Entre os alvos do bombardeio estavam maternidade, escolas, shoppings e áreas residenciais, segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O Alto Comissariado para os direitos humanos das Nações Unidas se diz chocado com os ataques e que o direito internacional proíbe bombardeios em áreas civis. Em resposta, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, confirmou o ataque em série à imprensa russa, mas disse que foram atingidos apenas alvos militares.
A maternity ward, educational facilities, a shopping mall, multi-story residential buildings and private homes, a commercial storage, and a parking lot. Kyiv, Lviv, Odesa, Dnipro, Kharkiv, Zaporizhzhia, and other cities.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 29, 2023
Today, Russia used nearly every type of weapon in its… pic.twitter.com/q5q8Q98Njr
O ataque massivo ocorreu poucos dias depois da Ucrânia ter reconhecido ter atingido o navio de desembarque da Marinha Russa, na última terça-feira (26), causando graves danos ao navio. Também aconteceu após os Estados Unidos anunciarem o mais recente pacote de ajuda militar à Ucrânia.
Invasão área na Polônia
A Polônia, vizinha do país atingido e membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), alegou que durante o amplo ataque um míssil russo entrou no seu espaço aéreo por cerca de 40km e depois retornou para à Ucrânia.
O encarregado de negócios da Rússia na capital polonesa comentou sobre a situação para uma agência russa e respondeu que o país não apresentou nenhuma prova de que houve a invasão de fato.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também integrante da OTAN, declarou que está monitorando a situação e estudando resposta. Pois o acordo da organização prevê respostas militares do grupo em caso de invasão em qualquer país membro. Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi realizada nesta sexta-feira (29) para discutir sobre o assunto.
Foto Destaque: consequências dos amplos ataques russos na região da Ucrânia (Reprodução/X/@ZelenskyyUa)