A jogadora de vôlei Mahjabin Hakimi morreu decapitada pelo Talibã, grupo extremista que assumiu o poder no Afeganitão, em agosto. A jogadora que defendia a seleção do país no oriente médio, se negou a usar o hijab (vestimenta recomendada pela cultura islâmica, onde a maior parte do rosto é coberta), noticiou o jornal The Persian Independent.
Segundo o jornal, a morte ocorreu no início de outubro e só foi divulgada ontem (22/10), por um dos treinadores da atleta, em entrevista. A família não relatou o ocorrido por questão de segurança.
Time de vôlei do qual Mahjabin Hakimi fazia parte. (Foto: Reprodução/Twitter)
A decapitação da atleta foi causada por desobediência a uma das regra do grupo extremista, praticar esporte sem o hijab e também por ser de origem do povo Hazara, desafeto do Talibã.
"Todas as jogadoras do time de vôlei e o resto das atletas femininas estão em uma situação ruim. Estão desesperadas e com medo. Elas foram forçadas a fugir e viver em lugares desconhecidos", afirmou o treinador, com pseudônimo de Suraya Afzali, ao The Persian Independent.
A Federação Internacional de Voleibol (FIVB), relatou ao site especializado em esportes insidethegames, que solicitou esclarecimentos urgentes sobre a situação das demais atletas da modalidade. No entanto, informou que vai manter o caso com discrição visando o bem estar das demais jogadoras.
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Em agosto, Ahmadullah Wasiq, um dos líderes culturais do Talibã, relatou a SBS (rede de televisão da Austrália), que as mulheres estão proibidas de praticar esportes no Afeganistão. Ahmadullah se referiu à pratica feminina do críquete, um esporte popularizado na região, como desnecessário e inapropriado.
"Eu não acho que não será permitido às mulheres jogar críquete, porque não é necessário que as mulheres joguem críquete. No críquete, elas podem estar em situações em que o rosto e o corpo delas não estejam cobertos, e o Islã não permite que elas sejam vistas dessa forma", declarou Wasiq.
Foto destaque: Jogadora de vôlei morre decapitada pelo Talibã. (Reprodução/Twitter)