Após a noite de intensos ataques, os moradores de Gaza receberam ordens do Exército israelense para que abandonem as zonas fronteiriças. Israel rompeu o cessar-fogo vigente desde 19 de janeiro e voltou a bombardear Gaza nesta terça-feira (18).
Segundo balanço atualizado do Ministério da Saúde do território palestino controlado pelo grupo terrorista Hamas, ao menos 330 pessoas morreram e alvos foram atingidos na Cidade de Gaza, Khan Yunis, Rafah e Deir al-Balah.
O cessar-fogo Hamas-Israel foi quebrado nesta terça-feira (18), quando Israel retomou os ataques em Gaza, que mataram e feriram centenas de pessoas e os ataques visaram alvos do Hamas, com Israel acusando o grupo de não liberar reféns. A maioria dos mortos é de crianças e mulheres.
Vítimas do ataque
O Hamas anunciou que estaria disposto a libertar um refém israelense-americano e a entregar os corpos de outras quatro pessoas com dupla nacionalidade, como parte da nova rodada de negociações sobre o cessar-fogo entre Israel em Gaza. Israel, por sua vez, acusou o grupo de não querer e ceder nem um milímetro nas discussões que até então estavam em andamento em Doha, no Catar.
Hamas em um comunicado relatou que o movimento atribui aos Estados Unidos responsabilidade pelos ataques na Faixa de Gaza, e Com seu ilimitado apoio político e militar à ocupação israelense, e Washington tem total responsabilidade pelos massacres e assassinatos de mulheres e crianças em Gaza.
O Ministério da Defesa de Israel utilizou os prisioneiros que seguem no território palestino para justificar a suspensão da trégua, e o ministro israelense Israel Katz relatou que o país não vai parar de lutar até que todos os reféns tenham retornado para suas casas e que todos os objetivos da guerra tenham sido cumpridos.
Mais de 330 mártires, a maioria menores de idade, mulheres e idosos, são o saldo inicial da agressão, assim declarou Mahmud Basal, porta-voz da entidade. Ele ainda especificou que mais de 82 mortes ocorreram na cidade de Khan Yunis, no sul do território, e as demais entre Nuseirat, Cidade de Gaza e norte da região.
Mais de um terço das vítimas em Gaza são crianças (Foto: reprodução/Instagram/@brasildefato)
A negociação de cessar-fogo
A ação acontece em meio ao impasse nas negociações de uma segunda fase do acordo de cessar-fogo, e que deveria ser implementada após o término da primeira guerra e no início deste mês. Nesta etapa, a trégua previa alcançar um cessar-fogo permanente e além da libertação ou devolução de corpos e de todos os reféns ainda em Gaza, e a retirada total das forças israelenses do território palestino, medida está rejeitada por Israel.
O Hamas queria ver uma mudança para a fase dois, previamente acordada, onde as tropas israelenses se retirarem totalmente de Gaza e todos os reféns vivos mantidos pelo Hamas fossem libertos. Mas Israel, em vez disso, pressionou por uma extensão da fase um, sem se comprometer a encerrar a guerra ou retirar as tropas. Os EUA apresentaram uma nova proposta que garantiria a libertação de reféns vivos mantidos pelo Hamas em troca de uma extensão de um mês do cessar-fogo.
Mas Israel alegou que o Hamas havia rejeitado a proposta, apresentada pelo enviado dos EUA, Steve Witkoff, sem um compromisso de Israel para um cessar-fogo permanente.
Israel interrompe cessar-fogo e bombardeia a Faixa de Gaza (Vídeo/Reprodução/YouTube/@Bandnews)
Autoridades israelenses destruíram em parte a capacidade reprodutiva dos palestinos em Gaza como um grupo, inclusive impondo medidas destinadas a impedir nascimentos, uma das categorias de atos genocidas
Foto Destaque: Um ataque aéreo israelense atinge Gaza (Reprodução/ Majdi Fathi/ Getty Images Embed)