No último sábado (30), o Ministério do Interior da Geórgia informou que foram presas 107 pessoas durante protestos na capital Tbilisi na que ocorreu na sexta-feira (29). A manifestação ocorreu logo depois que o partido governista tomou a decisão de suspender as negociações para o apoio do país à União Europeia até 2028.
Confrontos nas ruas
Na última quinta-feira (28), a Nação do Mar Negro foi abalada por protestos que passaram a tomar sérias proporções, ocasionando confrontos entra a polícia e os manifestantes. O ministério do Interior informou que grupos ativistas atiraram pedra, objetos cortantes e objetos metálicos nos agentes de segurança, ferindo 10 policiais. A polícia precisou fazer o uso do gás lacrimogênio e canhões de água para conter os manifestantes.
A imprensa internacional divulgou vídeos que mostram milhares de pessoas com bandeiras da Geórgia e da UE marchando pelas ruas de Tbilisi. Os manifestantes estavam indo em direção aos policiais gritando "escravos russos".
Análise: Cederia território para ganhar defesa da Otan, diz Zelensky | WW (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Reação internacional
Salomé Zourabichvilli, a presidente da Geórgia, e descreveu a repressão policial como "ataques brutais e desproporcionais" e afirmou que a polícia atacou líderes políticos e jornalistas.
Salomé, em sua rede social X: “É a Europa e o ideal europeu que esses representantes russos estão deliberada e selvagemente esmagando as ruas de Tbilisi. Acorde Europa!”.
A oposição intensificou as críticas logo depois do anúncio da suspensão das negociações com a UE.
Repercussões políticas
Esses protestos estão ligados ao desfecho que as eleições parlamentares teve da 26 de outubro, que é referente ao alinhamento da Rússia ao ocidente. Anos depois dessa aproximação com a Europa e a garantia do status de candidato à UE no ano passado, Sonho Georgiano passou a adotar medidas mais autoritárias, e após ser debatido, houve uma aprovação da lei no estilo do Kremlin, que obriga que as organizações de financiamento estrangeiro seja registrado como "Agentes estrangeiros".
Segundo os manifestantes, foi um divisor de águas depois da suspensão das negociações com a UE.
Protestos como símbolo de resistência
As ruas de Tbilisi vem sendo palco de manifestações contra o governo. A enfermeira, Salomé Khvaratskelia, falou sobre o impacto que o uso dos canhões de água vem causando com suas substâncias químicas.
Agora resta saber se o protesto vai continuar com forçar para que a decisão do governo seja revertida.
Foto Destaque: Imagem do protesto (reprodução/G1)