Fãs do piloto brasileiro Ayrton Senna se reúnem nesta quarta-feira (1º) no autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália. A data é relembrada com homenagens ao piloto, que morreu há 30 anos, no local. A estátua do piloto é o principal ponto de encontro dos seus admiradores e fica algumas dezenas de metros da curva Tamburello, local aonde ocorreu o acidente que vitimou o tricampeão mundial de Fórmula 1. O CEO da categoria, Stefano Domenicali, também compareceu ao local para prestar condolências.
A estátua de Senna é um ponto de peregrinação para fãs do automobilismo, desde que foi inaugurada. Os visitantes costumam deixar bandeiras do Brasil e de seus países estendidas no alambrado que separa a pista do Parque das Águas Minerais. Bandeiras de Portugal, do Líbano, do Uruguai e até uma bandeira do Corinthians, clube para o qual Senna torcia, apareceram no local no dia de hoje.
Fãs se reúnem em frente à estátua do piloto no Parco delle Acque Minerale, em Imola, na Itália (Foto: Reprodução/Reuters/Jennifer Lorenzini)
Um acidente que chocou os fãs
O tricampeão Ayrton Senna disputou 161 grandes prêmios em sua carreira na Fórmula 1 e estava no auge da carreira. Em 1994, o fim de semana o GP de San Marino (Ímola, Itália), foi marcado por tragédias. Na sexta, Rubens Barrichello foi levado ao hospital depois de uma violenta colisão em que seu carro levantou voo na Variante Bassa. No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger faleceu após perder o controle de sua Simtek. O domingo amanheceu com pilotos e suas equipes em estado de tensão e preocupação. Um pneu mal colocado no carro do piloto Michele Alboreto se desprendeu, deixando mecânicos feridos.
Ayrton Senna liderava a corrida, quando seu carro saiu da pista logo após abrir a sétima volta. Com o impacto, a mais de 200km/h, um braço da suspensão se desprendeu do carro e atravessou o capacete de Senna. Ele recebeu os primeiros socorros ainda em pista, pela equipe do médico Sid Watkins, seu amigo pessoal. Chegou a ser transferido de helicóptero para o Hospital Maggiore de Bolonha, onde teve sua morte atestada poucas horas depois do acidente.
Estátua de Ayrton Senna recebe homenagens nos 30 anos da morte do piloto (Foto: Reprodução/Reuters/Jennifer Lorenzini)
Investigação sobre o acidente
Até hoje, as causas do acidente são alvo de discussões pelo mundo. Uma investigação da promotoria italiana apresentou que uma solda improvisada na barra de direção da Williams de Senna quebrou devido ao desgaste do metal e fez o piloto perder o controle do carro. A versão da promotoria coloca os mecânicos e engenheiros ingleses da Williams como responsáveis pelo acidente. Os jornalistas britânicos apresentaram uma teoria alternativa, de que peças dos carros de outros pilotos que bateram na largada, teriam ficado presas entre o assoalho do carro de Senna e o asfalto. A situação teria diminuído a aderência dos pneus, a ponto de o carro não responder ao comando para fazer a curva.
Foto Destaque: Ayrton Senna celebrava sua vitória no Grande Prêmio de Fórmula 1 em São Paulo, em março de 1993 (Reprodução/Getty Images/Julio Pereira/AFP)
