Ministério da Justiça solicita Itamaraty pedido de extradição de Carla Zambelli
Cabe agora ao Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, entrar em contato com o governo italiano, país onde a deputada está foragida

Na última quarta-feira (11), o Ministério da Justiça enviou ao Ministério das Relações Exteriores, conhecido como Itamaraty, um pedido de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar está vivendo na Itália, como foragida, após ter sido condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A solicitação do Ministério da Justiça foi aprovada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Somada à extradição de Zambelli, o ministro do STF solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação dos direitos políticos da deputada, em decorrência da condenação, além do pagamento de multa à Procuradoria Geral da União (PGR). O valor estimado é de R$ 2 milhões, por danos morais e coletivos.
Pedido de extradição de Carla Zambelli segue agora para análise de autoridades italianas (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Próximos passos da extradição
Após o envio do pedido de extradição, realizado pela pasta da Justiça, é responsabilidade do Ministério das Relações Exteriores entrar em contato com o governo da Itália, país onde Zambelli está foragida desde o último mês. O órgão italiano responsável pela análise da situação da deputada é conhecido como Autoridade Central Italiana, que atua em episódios de cooperação internacional.
Caso a comissão italiana decida pela extradição da parlamentar, a deputada será enviada de volta ao Brasil. Sobre sua atual situação, Carla Zambelli afirmou que irá solicitar o cumprimento de sua pena na Itália.
Relembre o caso de Carla Zambelli
A condenação da deputada federal Carla Zambelli ocorreu devido à sua participação, junto ao hacker Walter Delgatti, no caso de invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com a acusação, realizada pela Procuradoria-Geral da União, Carla Zambelli foi responsável por organizar a inserção de informações falsas no sistema do CNJ, com o intuito de descredibilizar instituições democráticas do país. Dentre os documentos inverídicos, estava um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Zambelli ainda entrou com recurso para reverter sua condenação, porém o pedido foi negado por unanimidade pela Primeira Corte do STF.