A Polícia Federal encontrou nesta quinta-feira (14), no interior de Santa Catarina a ex-companheira de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado à bomba ao STF na noite desta quarta-feira (13).
A mulher afirmou extraoficialmente que o objetivo de seu ex-marido era matar o ministro do STF Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto a ele no momento do ataque. Ela está sendo conduzida para uma delegacia para prestar seu depoimento oficialmente.
Outras declarações
A mulher, apenas identificada como Daiane, disse aos policiais no momento em que foi localizada que Francisco Wanderley iria matar o Ministro Alexandre de Moraes e depois se mataria.
Daiane contou aos agentes que o ex-marido estava planejado desde a derrota de Jair Bolsonaro, em 2022, para Lula, o atentado ao STF e que ele fazia buscas constantemente na internet sobre como viabilizar o atentado. Ela negou ajuda no planejamento deste ataque.
Obsessão em matar Moraes
Ao ser questionada se o ex-companheiro tinha obsessão por matar Alexandre de Moraes, ela afirmou que sim e completou afirmando que “quase ficou louca” por conta desta fixação. Segundo Daiane, todos na rua diziam que ela ficaria louca, pois Francisco Wanderley só falava de política a todo momento.
Acesso a e-mails
Daiane disse aos agentes da PF que tinha acesso aos e-mails do ex-marido e por isso sabia os passos dele. Ela afirma que "Como o nosso e-mail era tudo o mesmo, qualquer coisa que ele fazia eu sabia. Então, sabia onde ele estava", e conclui afirmando que tudo o que tinha pesquisado estava no histórico do navegador.
O corpo de Francisco Wanderley foi retirado na manhã desta quinta-feira (14) (Foto: reprodução/Mateus Bonomi/Anadolu/Getty Images Embed)
Não foi a primeira vez em Brasília
A mulher afirma que Francisco Wanderley foi para Brasília há pouco mais de um ano, logo depois da posse do presidente Lula, e ficou na capital federal por dois meses. Daiane diz que o ex-marido estava em Brasília entre três e quatro meses, planejando os ataques.
O inquérito foi aberto ainda na noite de quarta-feira (13), data em que o atentado aconteceu. O caso será tratado como ato terrorista, pois Francisco Wanderley tentou atacar o prédio do STF com bombas e artefatos feitos artesanalmente.
Foto Destaque: prédio do STF onde houve um atentado nesta quarta-feira (13), a noite (Reprodução/EVARISTO SA/AFP/Getty Images Embed)