A Bélgica afirma que os russos pretendem interferir nas eleições para o Parlamento do bloco que estão por vir. Nesta sexta-feira (12), o primeiro ministro da Bélgica, Alexander De Croo, disse que essas afirmações vem de conclusões viabilizadas pelos serviços de inteligência.
Investigadores Belgas descobriram intervenções russas
De Croo confirmou que investigadores belgas viram que, para enfraquecer o apoio europeu à Ucrânia, russos estão tentando promover candidatos pró-Kremlin, ou seja, pró-Rússia nas eleições da União Europeia que estão por vir.
Ele falou também que deram início a investigação quando autoridades da República Tcheca encontraram agentes a favor da Rússia em Bruxelas, capital da Bélgica, a fim de influenciar e até pagar legisladores da Europa para alavancar uma agenda pró-Rússia. Apesar da interferência ter acontecido na Bélgica, os pagamentos não foram realizados lá.
O primeiro ministro da Bélgica solicitou uma reunião da agência da UE para a Cooperação Criminal e Justiça (Eurojust) para que assim possam tratar do assunto. Sugeriu também que o escritório antifraude da EU processasse o caso.
Putin em reunião no Conselho de Segurança em Moscou (Foto: reprodução/Getty Images Embed)
Partidos aliados a Rússia ganharão mais votos
Para exemplificar o que essa interferência influenciaria, partidos que já criticaram o apoio da União Europeia à Ucrânia na guerra contra a Rússia, como por exemplo o Freedom Party da Áustria, o AFD da Alemanha e o francês Rassemblement National, possivelmente ganharão mais votos em comparação há 5 anos atrás.
Nações do Ocidente europeu acusaram os grupos russos de usar a Internet para passar e espalhar falsas informações para tentar prejudicá-los e influenciar campanhas eleitorais da opinião pública. Os agentes e as autoridades russas negaram tais acusações.
Segundo Alexander de Croo, a União Europeia precisa saber como lidar melhor com a propaganda e a desinformação, e ainda pontuou que vai levar o caso até o Conselho Europeu informal.
Foto destaque: Alexander De Croo no parlamento europeu em Bruxelas (reprodução/Instagram/@alexanderdecroo)