Nesta segunda-feira (07), a startup Colossal Biosciences anunciou a volta de uma espécie extinta: o lobo-terrível (dire wolf), um predador que estava extinto há mais de 10 mil anos. Segundo os cientistas, os filhotes Remus e Romulus nasceram no dia 1º de outubro de 2024, e Khaleesi em janeiro deste ano.
A espécie ficou popular por apareceram como mascotes da família Stark, da série “Game of Thrones”, da HBO e pela música “Dire Wolf”, da banda Grateful Dead.
Lobos-terríveis
Os lobos-terríveis, apesar de não serem tão grandes quanto os lobos-cinzentos, eram seres imponentes de quase 80 quilos que viviam da caça de animais como bisões-antigos e mastodontes. Para se ter uma ideia, o mastodonte tinha mais de três metros de altura (praticamente o tamanho de um elefante) e podia pesar entre quatro e cinco toneladas.
Fósseis do lobo-terrível já foram encontrados nos Estados Unidos, na Venezuela e no Canadá, o que indica que eles habitavam as Américas.
Processo de desextinção
Na ecologia, campo de estudo da biologia, o processo de “desextinção”, ou ainda “revivalismo da espécie”, acontece a partir da criação de um organismo, que é um membro ou se assemelha a uma espécie extinta, ou a população reprodutiva de tais organismos.
A Colossal Biosciences divulga vídeo dos "primeiros uivos" de lobos-terríveis em 10 mil anos (Vídeo: reprodução/Instagram/@itiscolossal)
No caso do lobo-terrível, isso foi por meio da reconstrução completa de seu genoma, feita com DNA antigo extraído de fósseis com até 72 mil anos. Com o uso da CRISPR ("Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats", que em português significa "Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas"), uma técnica avançada de edição genética, os cientistas conseguiram reintroduzir a espécie.
Foto Destaque: Remus e Romulus (Reprodução/Colossal Biosciences)