A startup norte-americana Colossal Biosciences planeja ressuscitar o pássaro dodô. Extinta no século 17 e tinha como principal característica voos curtos. A ideia é da startup, empresa de biotecnologia e engenharia genética fundada pelo empresário de tecnologia Bem Lamm e pelo geneticista da Harvad Medical School George Church.
O pássaro Dodô tinha principal característica voos curtos. Foto: Reprodução/Wikipédia
No anúncio, a empresa informou que conseguiu o DNA do animal e, a partir de agora, pretende trabalhar para trazer a espécie de volta utilizando a tecnologia de células-tronco. Para que ele volte a existir, é necessário que os genes específicos do dodô sejam inseridos no embrião de um animal vivo.
Devido a isso, as próximas etapas serão mais difíceis. Primeiro, os pesquisadores irão comparar a informação genética que encontraram com os genes de aves parecidas. Depois disso, eles terão que descobrir quais mutações fazem o dodô ser o que é, como explicou Beth Shapiro, líder do projeto, ao jornal britânico The Guardian. “O que tentamos fazer é isolar os genes que distinguem o dodô” disse ela. Algo que é muito difícil e seria inédito na ciência.
Investimento
A staturp arrecadou US$ 225 milhões (1,1 bilhão convertido diretamente) para o projeto, que teve início em 2021. A empresa está avaliada em US$ 1,5 bilhão – quase R$7,5 bilhões no câmbio atual.
Resultados
Se tudo ocorrer bem, a ave desenvolvida pela pesquisa se tornaria um híbrido muito parecido com o ancestral e serão devolvidos ao seu lugar de origem: Ilhas Maurício. A Colossal também está trabalhando para ressuscitar o mamute lanoso e o tigre da Tasmânia.
Segundo a empresa, a pesquisa deve focar na conservação das espécies e traçar um caminho possível para ajudar animais a sobreviverem á atual crise ambiental global.” Estamos claramente no meio de uma crise de extinção. E é nossa responsabilidade trazer histórias e empolgar as pessoas de uma forma que as motive a pensar sobre a crise de extinção que está acontecendo agora”, complementou Shapiro.
Porém, muitos biólogos não concordam com a afirmativa, eles defendem que é mais sábio salvar as espécies que já existem antes que sejam extintas, e não trazer versões parecidas com ancestrais que deixaram de estar adaptadas há centenas de anos.
Foto Destaque: Pássaro Dodô. Reprodução/Gizmodo