O modelo Bruno Krupp deverá ser processado na esfera cível pela mão do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, atropelado e morto por Bruno em 31 de julho deste ano. A mãe da vítima deve pedir uma indenização de R$ 1 milhão.
Com a tentativa de punir o modelo, o novo processo faz parte da estratégia dos advogados de Mariana Cardim, mãe de Gabriel.
O adolescente foi atropelado por Krupp enquanto atravessava a rua, o modelo pilotava sua moto em alta velocidade na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Em declaração a advogada da família da vítima, Luciane Noira disse:
- Uma vida não tem preço, mas a morte do João trouxe prejuízos emocionais e materiais para a Mariana. Ela não conseguiu voltar para a casa, por exemplo, ainda vive com uma tia. Ela também depende de medicamentos e terapias para seguir, disse a advogada.
A quantia pedida como indenização foi calculada com base nos gastos que Mariana vem tendo desde a morte do filho, do convívio com o adolescente que lhe foi negado e que viria a ser seu provedor na velhice — segundo previsão do Estatuto do Idoso —, e ainda em caráter punitivo.
” Entendemos que se o Bruno tivesse sido parado lá atrás, quando foi pego em uma blitz e multado, a morte do João não teria acontecido. Entendemos que dirigir em alta velocidade não pode ser só uma sanção administrativa, que a pessoa assume o possível dolo, a possibilidade de matar alguém. Ou que tem que doer ainda mais no bolso. Se a multa do Krupp foi R$ 4 mil, que fosse R$ 400 mil, de acordo com sua realidade social. A legislação precisa punir severamente pessoas como ele, que não respeitam leis, nem a vida”, complementou Noira.
João Gabriel e sua mãe Mariana (Foto:Reprodução/G1)
Bruno Krupp, além do novo processo cível, também será réu em um processo por homicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de matar —, após denuncia do Ministério Publico pela morte do adolescente João Gabriel, de 16 anos.
O modelo também é réu estelionato. Ele e Bruno Monteiro Leite, seu socio, teriam clonado cartões e cometido golpes em turistas, com uma fraude aproximada de R$ 400 mil. Krupp também foi denuncia por uma mulher que o acusa de estupro.
O influenciador cumpre prisão preventiva em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio de Janeiro, local onde está desde quando foi preso, dia 3 de agosto.
Foto Destaque: A vitima João Gabriel e sua mãe (esquerda) Bruno Krupp (direita) / Reprodução:G1