Mauro Vieira, Ministro das Relações Exteriores do Brasil, quer que os deportados sejam tratados dignamente, e não como criminosos. No último fim de semana, chegaram a Manaus 88 deportados vindos dos Estados Unidos. Eles desembarcaram com seus pés e mãos algemados. O governo brasileiro ficou descontente com este acontecido. Os deportados vieram em um voo, que leva algumas horas de distância, em um avião americano que não possuía ar-condicionado e nem banheiro.
Reunião no Palácio do Planalto
O presidente Lula se reuniu com ministros, com a FAB (Força Aérea Brasileira) e a Polícia Brasileira para tratar da deportação de brasileiros feita pelos Estados Unidos.
O objetivo dessa reunião foi para relatar toda a situação acontecida no último voo que chegou em Manaus e arranjar maneiras de tratar o tema com as autoridades americanas em relação às deportações, para que a repatriação possa ser feita com os brasileiros sendo tratados com dignidade, respeito, e sem os seus direitos humanos sendo violados. Os voos bancados pelo governo e realizados pela FAB estão fora de cogitação.
Mauro Vieira fala com a imprensa brasileira (Vídeo: Reprodução/YouTube/Itatiaia)
Chegada dos deportados no Brasil
Assim que os repatriados pousaram em Manaus, o governo brasileiro ordenou que as algemas fossem retiradas. A FAB utilizou uma aeronave militar para concluir o transporte dos mesmos até Belo Horizonte.
O Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, tomou esta decisão baseado no entendimento de que o transporte dos brasileiros deportados é uma questão de soberania nacional e de que eles merecem um bom tratamento em seu país.
Apenas de todos os fatos, o governo brasileiro busca evitar qualquer tipo de confronto com o governo americano, pois quer manter uma boa relação.
Lula pretende criar um centro de acolhimento em Minas Gerais para receber os repatriados, o local escolhido seria Confins, e todos trabalhariam para que as famílias chegassem juntas ao Brasil e recebessem a atenção e alimentação devida.
Foto Destaque: Mauro Vieira, Ministro das Relações Exteriores do Brasil, em coletiva de imprensa (Reprodução/GloboNews/G1)