O Brasil inicia, nesta quarta-feira (01), sua presidência do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e agora ampliado com novos membros, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Egito e Irã. Com o slogan "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", o país terá um ano de liderança para implementar uma agenda com destaque para a construção de soluções globais em áreas como comércio, inteligência artificial (IA), mudanças climáticas e saúde pública.
Cinco prioridades para o Brasil no BRICS
A presidência brasileira terá cinco áreas principais de atuação: facilitar o comércio e investimentos entre os países do bloco, promover uma governança inclusiva e responsável da IA, criar estruturas de financiamento para enfrentar as mudanças climáticas, incentivar projetos de cooperação em saúde pública entre os países do Sul Global, e fortalecer a institucionalidade do BRICS. Segundo o embaixador Eduardo Saboia, sherpa do Brasil no BRICS, a cooperação entre as nações emergentes será fundamental para enfrentar os desafios globais e promover um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo.
Líderes do Brasil, China, África do Sul, Índia e Rússia se reúnem na cúpula do BRICS (Foto: reprodução/Leon Sadiki/Getty Images Embed/Bloomberg)
Além disso, o Brasil assumirá a coordenação de mais de 100 reuniões entre fevereiro e julho de 2025, período em que serão discutidas as prioridades da presidência. A Cúpula do BRICS, com a participação de chefes de Estado e de Governo, está marcada para julho, no Rio de Janeiro, e será um momento importante para as discussões e deliberações.
Ampliação do BRICS e desafios geopolíticos
A ampliação do BRICS, que em 2023 passou a contar com novos membros, também será um tema relevante durante a presidência brasileira. Com a entrada de países como o Irã e a Arábia Saudita, o bloco se torna uma parte ainda mais importante na geopolítica global, e as disputas por áreas de influência entre China, Rússia e o Ocidente devem intensificar o debate sobre a futura direção do agrupamento.
Foto destaque: o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da China, Xi Jinping (Reprodução/Per-Anders Pettersson/Getty Images Embed)