A equipe de transição do presidente eleito para seu segundo mandato, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (12) que convites foram feitos para governantes de vários países comparecerem em sua posse, entre os convidados há figuras inesperadas como Xi Jinping.
Líderes mundiais convocados para cerimônia
A celebração da posse do presidente acontecerá no dia 20 de janeiro e é esperado que muitos líderes possam comparecer. Fontes próximas de Trump divulgaram que os presidentes da Argentina e El Salvador, Javier Milei e Nayib Bukele respectivamente, e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni estão entre aqueles chamados à comemoração.
A controvérsia está na decisão de convidar o presidente chinês, Xi Jinping, sendo que as duas nações podem se considerar rivais no cenário político mundial.
A porta-voz do presidente americano, Karoline Leavitt, explicou a escolha em uma entrevista na Fox News. "Este é um exemplo do presidente Trump criando um diálogo aberto com líderes de países que não são apenas aliados, mas também nossos adversários e concorrentes", entretanto, algumas fontes especializadas neste tipo de assunto pensam que o líder da China não estará presente na cerimônia, sendo provável que uma representação de altos funcionários chineses estejam em seu lugar.
De acordo com informações passadas na CNN, muitos convites não eram enviados diretamente de um líder para outro e sim, por meios secretos ou informais. Tal modo livre em que os convites foram enviados fez com que os assessores de Trump tivessem dificuldades de identificar quem havia sido convidado ou não.
Após ser indagado sobre se Xi havia aceitado seu convite para a cerimônia, Trump não deu uma resposta precisa, mas afirmou que os dois líderes possuíam um "relacionamento muito bom", o presidente acrescentou que convidou muitas pessoas ótimas e todas aceitaram.
Donald Trump antecipa os convites para sua futura posse (Foto: reprodução/Justin Lane/Getty Images)
Possível nova era para a diplomacia nos EUA
Quando se vê a este tipo de situação, é normal chamar os diplomatas para comparecerem diante do Comitê Parlamentar Conjunto bipartidário sobre Cerimônias de Posse (JCCIC, na sigla inglesa) e o Departamento de Estado. Apesar de o JCCIC já ter começado a enviar convites para os chefes de missão de cada país, é rara ocasião ter líderes fazendo visita na capital para a posse do presidente.
A ação de convidar chefes de estados, além dos aliados ocidentais dos EUA, pode ser uma indicação de uma nova era para a diplomacia americana.
É notável o interesse de Trump em realinhar suas relações com países como a Rússia e Coreia do Norte, após quatro anos afastado do governo. Ao ser entrevistado pela revista Time ao final de novembro, Trump discutiu um pouco sobre suas relações com Vladimir Putin e Kim Jong Un.
Porém, o presidente americano se recusou a falar se houve algum diálogo entre ele e Putin desde sua vitória eleitoral em novembro, dizendo apenas à revista que sua relação com a Rússia é ótima.
Foto Destaque: Donald Trump e Xi Jinping conversam durante G20 de 2018, em Buenos Aires (Reprodução/Nicolas Asfouri/AFP/Getty Images)