O presidente americano, Joe Biden, voltou a impor sanções contra os produtos de importação da China. Metade dos 400 produtos poupados anteriormente serão afetados com a nova taxação, que pode chegar a até 100%. A medida visa controlar o avanço da entrada de produtos baratos fabricados no país asiático e proteger a fabricação interna do país.
A alegação das montadoras americanas, por exemplo, é a impossibilidade de concorrer de forma justa, já que a matéria-prima e a mão de obra chinesa são mais baratas. Além disso, o excesso de produtos manufaturados dificulta a produção americana. Muitos desses produtos eram isentos de imposto ou tinham taxação baixa, porém nesta sexta-feira (24), o órgão responsável divulgou uma nota informando que tais produtos passarão a ser taxados ou sobretaxados.
Os itens analisados variam desde cadeiras escolares, produtos alimentícios, produtos médicos e até veículos elétricos. Em alguns casos, a taxação só entrará em vigor no próximo mês, para que as alfândegas tenham tempo de se ajustarem às novas exigências.
Moeda corrente dos Estados Unidos e China (Foto: reprodução/Getty Images EmbedSutthipong Kongtrakool)
Governo Trump também já taxou a China
Durante o governo Trump, a China também passou por sanções. Em publicação em seu twitter em agosto de 2019, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os US$ 300 bilhões de produtos chineses importados na ocasião sofreriam um aumento de imposto de 10% para 15%.
Em várias mensagens publicadas, o americano culpava os governos anteriores por terem permitido que a China estivesse tão à frente do comércio americano. “Como presidente, não posso mais permitir que isso aconteça”, enfatizou Trump na época.
Segundo o político, o ato seria uma retaliação à China por ter taxado U$ 75 bilhões em produtos americanos que incluíam petróleo, carros e aviões de pequeno porte.
Montadora de veículos chinesa (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Costfoto/Nur)
Relação atual entre os países
Estados Unidos e China há anos travam uma batalha pela economia global, as tensões diplomáticas já fazem parte do histórico das duas potências mundiais. Vários fatores podem interferir na relação entre os países, como a atual crise no governo Biden. O ex-presidente Donald Trump retrucou, dizendo que, se eleito, irá taxar a China em até 200%. Além da batalha internacional, os Estados Unidos mantêm uma batalha interna entre as diferentes frentes políticas.
As eleições presidenciais americanas em novembro e a guerra tecnológica são dois fatores importantes que podem mudar o rumo da economia mundial.
Foto destaque: presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Reprodução/Anna Moneymaker/GettyImages Embed)