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Assessor de Trump diz que Alexandre de Moraes é a maior ameaça à democracia ocidental

Jason Miller opinou sobre o ministro do STF no X; em 2021 a mando de Moraes, o americano fora detido pela PF e interrogado sobre os atos de 7 de setembro

16 Abr 2025 - 08h06 | Atualizado em 16 Abr 2025 - 08h06
Assessor de Trump diz que Alexandre de Moraes é a maior ameaça à democracia ocidental  Lorena Bueri

A maior ameaça à democracia do Ocidente. Foi assim que o conselheiro do Governo de Donald Trump, o americano Jason Miller, classificou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por meio de publicação no X (antigo Twitter) no último domingo (13). Na mensagem oficial em seu perfil, Jason Miller ainda disse que Moraes considera isso engraçado.

Miller complementa o breve texto com uma frase dita em tom de deboche pelo próprio ministro brasileiro: “As pessoas vão começar a dizer que eu estou perseguindo todo mundo agora”, brincou Alexandre na ocasião. A frase fazia referência a uma declaração dele feita durante uma entrevista concedida ao jornal americano The New Yorker.

A publicação original de Jason Miller no X:


O conselheiro de Trump, Jason Miller, publicou mensagem em seu perfil na rede social X (Foto: reprodução/X/@JasonMiller)


Opiniões de Alexandre de Moraes

Em matéria publicada pelo The New Yorker no início deste mês, o ministro afirmou que existe um tipo novo de populismo bem estruturado, digital, inteligente e extremista. “Infelizmente, no Brasil e nos Estados Unidos, ainda não aprendemos a revidar”, concluiu o Moraes.

Na opinião de Alexandre, o ponto divisor de águas foi durante a famigerada Primavera Árabe (de dezembro de 2010 a meados 2012). Para ele, os defensores do ideário direitista perceberam que poderiam mobilizar apoiadores por meio do uso das mídias sociais.

Segundo o ministro, tais mídias são uma poderosa ferramenta para moldar a sociedade atual. “Se Goebbels estivesse vivo e tivesse acesso ao X, estaríamos condenados. Os nazistas teriam conquistado o mundo”, comparou Moraes ainda em declaração ao “The New Yorker”. A menção ao alemão Paul Joseph Goebbels foi feita porque ele foi o Ministro da Propaganda do Regime da Alemanha nazista de Adolf Hitler entre 1933 e 1945.

Conforme matéria do site da CNN, Alexandre de Moraes foi procurado para comentar sobre a declaração recente de Jason Miller, mas ele não deu resposta.

Relembre a detenção do atual conselheiro de Trump

Jason Miller é uma figura já conhecida das autoridades federais brasileiras e do Ministro do STF. Em 2021, a Polícia Federal (PF), a mando de Alexandre de Moraes, protagonizou um episódio no mínimo controverso com o aliado de Trump. Na ocasião, os agentes detiveram Miller no aeroporto de Brasília para um interrogatório, sem qualquer justificativa, quando ele já estava prestes a embarcar de volta para os EUA.


Jason Miller é o assessor do atual governo de Donald Trump e foi detido em 2021 a mando de Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/X/@JasonMiller)


Jason ficou detido por mais de duas horas em sala da PF para ser submetido a questionamentos como parte de um inquérito aberto para investigar o que o Judiciário brasileiro tem classificado como atos antidemocráticos. Dentre as supostas graves violações à democracia, o STF cita as manifestações populares do dia 7 de setembro de 2021. Mesmo sem indícios suficientes, a suprema corte brasileira considerou que Jason Miller teve algum tipo de envolvimento na organização e no financiamento de tais atos, o que ensejou sua detenção para averiguações no aeroporto.

Na época, o atual Conselheiro do Governo dos EUA, que também é empreendedor, tinha passado alguns dias em Brasília, a fim de participar da Conferência de Ação Política Conservadora (na sigla em inglês, CPAC – Conservative Political Action Conference) e promover sua rede social, a "GETTR".


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A edição de 2025 do CPAC teve a presença de líderes políticos como Donald Trump (Foto: reprodução/WinMcNamee/GettyImagesEmbed)


Fundada por Jason Miller, a nova plataforma digital ("GETTR") foi criada como alternativa de exercício de liberdade de expressão para usuários censurados ou sumariamente banidos apenas por darem suas opiniões no então "Twitter" — atual "X", hoje, com novo dono, Elon Musk, e nova política para o uso da ferramenta.

A detenção do americano tornou-se ainda mais injustificável dada a atuação incomum da PF. Afinal, tratava-se apenas de um empresário estrangeiro fundador de uma rede social, envolvido com a questão política dos EUA, que visitou o Brasil para um evento de conservadores e também para se encontrar com o então Presidente da República, Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada. Isto é, não havia quaisquer indícios de sua ligação com os supostos atos antidemocráticos alegados pelo STF que justificassem a ação da Federal. Ainda assim, Miller foi detido.

Ao ser levado, então, pela Polícia e passar por um longo interrogatório, Jason foi subitamente sugado para dentro de uma questão de política doméstica, à qual o empresário estava alheio, sem qualquer justificativa legal e plausível apresentada pelas autoridades do Brasil, senão a suposição de um ministro do STF de que o americano estava ligado a supostos crimes contra a democracia brasileira.

Por conta do tempo em que passou detido, o empresário perdeu o voo, obrigando-o a providenciar outro. Até hoje não há confirmação se a PF ajudou-o ou não a conseguir embarcar. O que se sabe é que, após ser liberado, o americano conseguiu chegar ao seu país. 

Esse episódio, ocorrido em 2021, ainda durante a administração do então Presidente dos EUA, Joe Biden, nunca foi esquecido nem ignorado pelo próprio Miller, tampouco por Donald J. Trump, que é atualmente o presidente eleito pela segunda vez. Isso fez com que o atual governo americano, em 2025, passasse a observar mais e a considerar a possibilidade de adotar medidas para neutralizar, legalmente, a força do ministro brasileiro em suas ações consideradas arbitrárias, segundo as Leis americanas, contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos da América.


Jason Miller deixou claro que não esqueceu o episódio de sua detenção arbitrária ordenada por Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/X/@ALBERTOIANNUZZ6)


CPAC

O evento CPAC é um encontro tradicional que acontece desde o ano de sua fundação em 1974 e reúne conservadores do mundo inteiro. Dentre eles estão: líderes políticos e chefes de governo, ativistas de direita, espectadores da sociedade civil comum e grupos conservadores. O CPAC é considerado o maior e mais influente evento político do segmento.

A edição brasileira do ano de 2021, da qual Jason Miller participou, foi organizada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do então Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.


Foto Destaque: o ministro Alexandre de Moraes em sessão no STF em Brasília (Reprodução/X/@JefersonMoraisF)

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