Após um mês da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, que ocorreram no dia 08 de janeiro, ainda faltam respostas sobre a omissão de agentes de segurança e uma possível participação organizada de lideranças políticas.
Um dos focos das investigações da PF e do Judiciário seria uma possível influência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos atentados. Pessoas próximas a Alexandre de Moraes, ministro, que conduz os inquéritos, e membros de órgãos ligados às investigações, como o Ministério da Justiça, dizem que a influência do ex-presidente precisa ser esclarecida.
De acordo o Uol, O advogado Frederick Wassef afirmou que Bolsonaro “sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos” e negou participação no que chamou de “movimentos sociais espontâneos”.
Atos golpistas destruíram prédios dos Três Poderes. (Foto: Reprodução/Reuters/Antonio Cascio)
Nos bastidores da classe política e no Judiciário a avaliação é que as investigações tendem a fechar cerco contra o ex-presidente, algo visto como certa expectativa pelo Palácio do Planalto. Já no Congresso, políticos da situação acreditam que as apurações tendem ganhar força assim que Bolsonaro retornar ao Brasil.
Alexandre de Moraes incluiu o ex-presidente no inquérito sobre a autoria dos atos golpistas, após um vídeo questionando o resultado da eleição foi postado e apagado das redes sociais de Bolsonaro.
Até o momento o que mais pesa contra o ex-presidente:
- Denúncia do senador Marcos do Val (Podemos-ES}) sobre uma suposta trama para grampear Moraes e impedir a posse do presidente Lula;
- Relação próxima com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que está preso e tinha uma minuta golpistas em sua casa;
- Mandado de busca e apreensão contra Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro, que participou dos atos golpistas.
A Polícia Federal já prendeu ao menos 20 suspeitos e cumpriu 37 mandados de busca e apreensão em operações contra envolvidos na participação, organização e financiamento dos atentados golpistas. Além disso, mais de mil pessoas presas em frente aos quartéis após os atos. Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF), sem estrutura para processar tantos nomes, avalia como prosseguir com os acusados.
Foto Destaque: Atos golpistas. Reprodução/O Globo.
