A seleção brasileira de futebol feminino viajou, na madrugada desta segunda-feira (3), para a Austrália para a disputa da Copa do Mundo de futebol feminino, que será sediada na Nova Zelândia. De acordo com informações da Forbes juntamente com o Soccerdonna, portal notícias de futebol feminino da empresa Transfermarkt, o valor de mercado da seleção brasileira está estimado em 2,03 milhões de euros (R$ 10.607.765,00 no câmbio atual).
Este valor leva em conta os preços de mercado das jogadoras titulares e substitutas que foram convocadas pela técnica da seleção brasileira, Pia Sundhage. O cálculo do valor é feito pela equipe Soccerdonna, baseado nos critérios que normalmente servem de referência para times interessados em selecionar atletas, como salário, idade, desempenho atlético, potencial de desenvolvimento, valores de transferência, preço de marketing, e outros.
Quase metade do time é formado por jogadoras estreantes na Copa do Mundo, a seleção brasileira tem jogadoras com valores de mercado bastante sólidos e cinco jogadoras que o valor de mercado ainda não foi pesquisado pelo Soccerdonna. A veterana Marta e a Bia Zaneratto, atacante do time, custam respectivamente 80 mil euros (R$ 418,04 mil) e 110 mil euros (R$ 574,5 mil).
As atacantes Debinha e Geyse são as jogadoras mais caras, valendo 250 mil euros (R$ 1,306 milhão) e 225 mil euros (R$ 1,175 milhão), respectivamente. A meio-de-campo Kerolin, 23, e a zagueira Lauren, 20, são as duas apostas de Pia na renovação da seleção, e também têm preços altos no mercado, mesmo ainda sendo bem jovens, valendo respectivamente 200 mil euros (R$ 1,047 milhões) e 125 mil euros (R$ 654,7 mil). Já a zagueira Mônica e a lateral Tamires, estando em outro patamar de experiência, estão com valor de mercado de 50 mil euros (R$ 261,9 mil) e 40 mil euros (R$ 209,5 mil), respectivamente.
De qualquer forma, a desigualdade entre homens e mulheres no futebol ainda é uma questão que reflete nos preços de mercado das equipes. Para as brasileiras, o valor de mercado é de 2,03 milhões de euros, um número bem mais baixo em relação ao grupo masculino, que atualmente é de 899,5 milhões de euros (R$ 4,7 bilhões). E não só os salários das jogadoras femininas são muito mais baixos do que os jogadores do sexo masculino, que em vários casos recebem milhões de reais por mês, como também valores para transferência, poder aquisitivo das ligas e times e a duração dos contratos assinados contribuem para os baixos valores de mercado no futebol feminino.
Até hoje, a jogadora de maior valor foi a Adriana, que saiu do Corinthians para o Orlando Pride por um valor de US$ 100 mil (R$ 478,7 mil), e o maior valor negociado em transferência no futebol feminino foi a de Keira Walsh, que saiu do Manchester City para ser vendida ao Barcelona por um valor de 350 mil libras (R$ 2,126 milhões). Valores realmente muito abaixo dos já negociados em equipes do futebol masculino.
Foto destaque: Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Reprodução/Thais Magalhães/CBF