Taylor Swift, Kim Kardashian e LeBron James não entram para o Forbes 400
O corte do Forbes 400 chega a US$ 3,8 bi e deixa fora da lista de mais ricos nomes como Taylor Swift, Kim Kardashian e LeBron James.

A cada ano, a tradicional lista Forbes 400, que reúne os 400 indivíduos mais ricos dos Estados Unidos, se torna mais restrita. Em 2025, o corte mínimo para fazer parte do ranking chegou a US$3,8 bilhões (cerca de R$20,5 bilhões), um aumento de meio bilhão em relação ao ano passado. Isso significa que nomes com fortunas de vários bilhões de dólares, embora impressionantes, continuam “pobres demais” para integrar o clube mais exclusivo da elite financeira americana.
Os Estados Unidos contabilizam hoje cerca de 900 bilionários, segundo a Forbes. Apesar do número recorde, mais da metade deles estão fora da lista principal. Ou seja, 500 pessoas com patrimônios acima de US$1 bilhão ainda não alcançaram o valor exigido para integrar os 400 mais ricos.
Esse crescimento reflete o grande crescimento dos setores como tecnologia, inteligência artificial, saúde e mercado financeiro, que geraram fortunas bilionárias em tempo recorde. Por outro lado, essa classificação evidencia também o abismo que separa a elite da própria elite, fazendo eles se perguntarem se estar entre os bilionários já não é suficiente.
Bilionários que ficaram de fora
Entre os nomes mais conhecidos do público estão Taylor Swift, Kim Kardashian e LeBron James. Suas fortunas, embora superiores a US$1 bilhão, não chegam perto do corte estabelecido em 2025.
Taylor Swift acumula cerca de US$1,6 bilhão, grande parte graças ao sucesso da turnê Eras Tour, que já movimentou mais de US$2 bilhões em bilheteria. Ainda assim, a estrela pop precisaria mais que dobrar sua fortuna para sonhar com um lugar no Forbes 400.
Kim Kardashian figura com US$1,7 bilhões, impulsionada por sua marca de shapewear Skims, avaliada em bilhões, além de empreendimentos no setor de beleza. A empresária e influenciadora digital, é um dos rostos mais reconhecidos do planeta, também segue distante do corte estabelecido.
LeBron James, com US$1,2 bilhão, tornou-se o primeiro atleta em atividade a atingir o status de bilionário. Suas empresas, investimentos em mídia e participações acionárias já rendem mais do que o seu salário dentro da NBA. Apesar disso, seu patrimônio continua muito aquém dos maiores magnatas.
Outros nomes ilustres também aparecem na “lista dos de fora”, como Trey Parker e Matt Stone, criadores da série South Park, cada um com cerca de US$ 1,2 bilhão; além de jovens empreendedores da tecnologia como Dylan Field (Figma), Joe Lonsdale (Palantir) e Alexandr Wang (Scale AI), cujas fortunas oscilam entre US$ 2,9 bilhões e US$ 3,5 bilhões.
Concentração extrema de riqueza
O fato de celebridades globais, empresários inovadores e atletas históricos ficarem fora da lista demonstra o nível de concentração de riqueza nos EUA. O corte de US$3,8 bilhões significa que apenas os bilionários mais consolidados em setores como tecnologia (Amazon, Microsoft, Google, Meta) ou investimentos de longo prazo conseguem se manter no topo.
Segundo a Forbes, grande parte do aumento no patrimônio dos mais ricos veio da valorização das ações de empresas de tecnologia e da expansão de negócios ligados à inteligência artificial. Assim, mesmo aqueles que parecem muito ricos aos olhos do público precisam competir em um cenário onde as fortunas crescem em escala quase exponencial.
O desafio de entrar para a elite da elite
Estar na Forbes 400 tornou-se uma marca de status quase tão importante quanto a própria fortuna. Para muitos empreendedores, celebridades ou investidores, entrar no ranking simboliza mais do que dinheiro e sim um reconhecimento de relevância econômica e poder global.
Surgimento do Forbes 400 (Vídeo: reprodução/YouTube/Forbes Brasil)
Porém, como mostra a lista de 2025, mesmo nomes que já figuram entre os mais ricos e influentes do mundo ainda estão distantes. Para Taylor Swift, Kim Kardashian ou LeBron James, chegar à lista dependerá da expansão de seus impérios empresariais e de novos investimentos estratégicos ou de mudanças significativas na avaliação de suas marcas.
Uma nova régua para medir a desigualdade
Se, por um lado, o ranking celebra o sucesso empresarial e a inovação, por outro, reforça a percepção da desigualdade crescente. A cada ano, o corte mais alto sinaliza como a concentração de riqueza se intensifica em poucos setores e nas mãos de um grupo cada vez menor de pessoas.
Enquanto milhões de americanos enfrentam desafios econômicos, a corrida bilionária mostra que, no topo, o jogo é de outra dimensão, apenas fortunas superiores a US$3,8 bilhões garantem entrada na sala mais exclusiva da elite financeira.