Na semana passada, inspirado pelo recuo do dólar, os preços do petróleo chegou a aumentar mais de 1%, sendo comercializados a US$ 85,26 o barril. Agora presenciamos outro aumento, desta vez chegando a mais de 2%.
Estes são os maiores números do ano até agora, chegando a superar até mesmo as taxas de abril.
Os novos números
É normal nesta época do ano ocorrer um aumento nos preços do óleo, principalmente por conta da chegada da alta temporada de verão nos Estados Unidos. Porém desta vez temos um outro fator: os conflitos no oriente médio. Com o aumento das intrigas geopolíticas no continente, os especialistas se encontram preocupados de que a oferta do recurso possa diminuir.
Além destes motivadores, temos que levar em conta também o acordo de cortes da Opep+ ( Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), que estipulou uma diminuição voluntária na oferta de petróleo para um melhor controle dos preços. O acordo foi prolongado até outubro deste ano e deve se manter aberto durante todo o ano de 2025.
Reagindo ao momento atual o petróleo chegou nesta segunda feira ( 01) aos seguintes números:
- Brent ( classificação de petróleo cru): subiu 1,9% custando US$ 86,60 por barril;
- West Texas Intermediate (WTI, fluxo de petróleo bruto produzido nos EUA): subiu 2,3% custando US$ 83,38 por barril.
Pessoas manuseando petróleo ( foto: reprodução/divulgação/CPG Clik Petróleo e Gás)
Especialistas apontam que este preço pode não se manter
É esperado que a partir de outubro deste ano a Opep+ volte a coletar petróleo em larga escala, podendo chegar a até 2,2 milhões de barris por dia, aumentando a quantidade do produto no mercado. Além disso o mercado chinês de construção, um dos maiores consumidores de petróleo do mundo, estará em baixa no segundo semestre de 2024, diminuindo a demanda pelo óleo. Tudo isso deve levar os preços a cair novamente.
Foto destaque: estação de petróleo (foto: reprodução/Wirestock/Freepick/folhape)