Com intenção de capitalizar no mercado cada vez mais lucrativo de chipsets, a fabricante de chips norte-americana Intel divulgou em nota que pretende transformar sua unidade de produção de microprocessadores em um braço independente da empresa a partir de janeiro de 2024.
Diversidade na linha de produção
Segundo o porta-voz, a empresa de tecnologia pretende abrir uma oferta pública de ações (IPO) nos próximos dois a três anos.
A linha de chips produzidos pela intel, que podem ser reprogramados após saírem da linha de produção, são componentes essenciais para o funcionamento de diversas tecnologias modernas, dentre elas a inteligência artificial generativa, que captou uma grande fatia do mercado nos últimos meses após um surto de desenvolvimento astronômico cabeceado por empresas como a OpenAI, Alphabet e Microsoft.
O nome da divisão que conquistará um espaço independente no mercado é o Programmable Solutions Group (PSG), que foi inicialmente comprado da Altera em 2015 por uma soma de aproximadamente US$ 17 bilhões. Sandra Rivera, que já trabalha com a companhia há anos, será a líder do projeto.
CEO da Intel explica a novidade
“Nossa intenção ao estabelecer o PSG como um negócio independente e ir atrás de um IPO é outro exemplo de como estamos consistentemente agregando valor aos nossos acionistas”, afirmou Pat Gelsinger, CEO da Intel.
De acordo com o empresário, esse movimento vai dar ao PSG a autonomia que o grupo precisa para continuar crescendo no mercado, diferenciando-se do IFS — outra unidade produtora de chips da Intel — em capacidade e foco de manufatura, portanto permitindo que as equipes de produto da Intel possam focar mais em uma estratégia de longo prazo para a empresa.
Patrick Gelsinger, CEO da Intel (Foto: divulgação/Intel/Linkedin)
Pat Gelsinger já é conhecido na empresa por buscar formas de simplificar a estrutura corporativa da Intel, além de levantar capital para planos de expansão.
O anúncio foi bem-sucedido para a empresa, cujas ações apresentaram uma alta de 0.5% no começo desta quarta-feira, posicionando-a com um ganho total de 8.4% nos últimos seis meses. Espera-se que esse número cresça à medida que a fabricante de chips revelar mais detalhes a respeito de seus planos de expansão.
Foto destaque: Representação gráfica de um chipset em cima de uma placa-mãe. Reprodução/Intel