De acordo com pesquisa do "Instituto Nacional de Estadística y Censos de Argentina (INDEC, na sigla em espanhol)", a inflação mensal da Argentina atingiu seu menor percentual desde 2022. Houve aumento dos preços em 4% no mês de julho; uma queda de 0,6% se comparado a junho. O número está dentro da previsão feita por economistas consultados pela "Bloomberg".
A inflação anual do país também apresentou desaceleração, representada por 263,4% segundo dados do governo publicados nesta quarta-feira (14). A variação nos preços está estável desde maio, quando caiu 4,2% se comparada ao mês de abril. Vale ressaltar que a inflação teve pico de 25,5% em dezembro do ano passado, quando Javier Milei tomou posse como presidente da Argentina.
Impostos foram adiados
O governo da Argentina optou por não adicionar tributações aos combustíveis fósseis e tarifas de serviços públicos em julho. Caso contrário, 1,2% poderiam ser somados a inflação de 4%. Em entrevista a uma rádio, o Ministro da Economia Luis Caputo ressaltou a prioridade do país:
“As tarifas de energia são uma harmonia delicada entre a redução de subsídios e a inflação ... A prioridade é reduzir a inflação.”
Além disso, o fato do governo ter tido superávits consistentes - o primeiro positivo no semestre desde 2008 - também contribui para o controle da inflação. Em comparação a 2023, os subsídios econômicos tiveram queda de 43%.
Capital da Argentina, Buenos Aires sofre com inflação de verduras e legumes (Foto: reprodução/matcuz/Pixabay)
Escândalo de Alberto Fernández
Além da melhora no cenário econômico, há uma cobertura intensa em relação a Alberto Fernández, último presidente do país e figura da oposição. Fabiola Yañez, antiga primeira-dama, denunciou Fernández por agressão e assédio. No documento, ela alega que sofria com “espancamentos habituais” e “violência reprodutiva”.
Atualmente, ela mora em Madrid com seu filho Francisco, tendo se mudado após separação. Alberto Fernández reside no bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires. A polêmica é apontada por especialistas como um fator para aumentar a popularidade de Javier Milei.
Foto Destaque: Presidente Javier Milei foi eleito em 2023 (reprodução/Antonio Masiello/Getty Images Embed)