Sobre Rafael Medeiros

Sou estudante de jornalismo e gosto de falar sobre cultura pop, celebridades, cinema, séries de TV, músicas e ainda te deixo atualizado sobre tudo que acontece no mundo, em geral.

STF condena Mauro Cid por 2 anos em regime aberto

Mauro Cid atualmente é um tenente-coronel da ativa do Exército brasileiro e foi condenado hoje (11/09) pelos mesmos cinco crimes de Bolsonaro, mas teve uma pena bem diferente e reduzida por ser beneficiado por uma delação premiada. Cid entregou Bolsonaro e seus aliados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

Condenação de Mauro Cid foi reduzida


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Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (Foto: Reprodução/Evaristo Sá/AFP/Getty Images Embed)

O STF definiu na data de hoje, (11/09) que Mauro Cid cumprirá dois anos de prisão, em regime aberto, por colaborar com as investigações, em troca de delação premiada, ele contou o que sabia sobre reuniões, planos e documentos que colocavam o nome de Bolsonaro e de seus aliados em um plano golpista, as informações foram confirmadas e usadas como provas por Moraes no processo contra os réus, onde foram apreendidos registros e mensagens  para impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Cid era ajudante de ordens no governo de Bolsonaro, era o braço direito do ex-presidente, e estava disponível 24 horas por dia para ajudá-lo.

Cid e outras acusações

Mauro Cid também foi acusado de fazer saques nos cartões corporativos da presidência da República, e em sua delação premiada, ele confessou que os gastos feitos por motociatas, em apoio ao governo de Bolsonaro, foram financiadas por esses cartões ilegalmente. Cid também foi acusado de tentar tirar as joias sauditas que foram detidas no Aeroporto de Guarulhos em São Paulo, por serem declaradas à Receita Federal como item pessoal, as isentando de impostos, mas depois em depoimento disse que as joias eram para o acervo de patrimônio público de Jair Bolsonaro. Cid também acumula em seu currículo acusações de ataque hacker ao STF e envolvimento com milícias digitais, em que ele espalhava fake news na pandemia que a vacina da Covid-19 teria relação com o vírus do HIV, (Aids) disseminando notícias falsas durante esse período conturbado na história do Brasil.

Jair Bolsonaro passa por cirurgia neste domingo

Bolsonaro passará por uma pequena cirurgia para retirar pequenas lesões na pele, no próximo domingo (14/09). Um esquema de segurança foi montado para a ida e a volta do ex-presidente, que será acompanhado pela escolta da Polícia Penal e três seguranças do Gabinete de Segurança Institucional, e de sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).

Pequena cirurgia será neste domingo

Alexandre de Moraes, que é relator do caso de Bolsonaro, autorizou a ida do ex-presidente nesta quarta-feira, (10/09) para o Hospital particular em Brasília no domingo, (14/09). Bolsonaro irá passar por um procedimento médico para a remoção de uma pele benigna e de um procedimento para realização de uma biópsia, que será enviada para um ambulatório especializado. Ele receberá alta no mesmo dia e será liberado para voltar para casa. A defesa terá 48 horas para apresentar um detalhando tudo sobre a ida de Bolsonaro ao hospital. O STF condenou hoje, (11/09), o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e mais 7 réus por 5 crimes, entre os mais graves estão: golpe de Estado e a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Moraes sugeriu uma pena reduzida para o réu Bolsonaro, de 70 anos, por conta da idade avançada, para 27 anos e 3 meses.

Atentado contra Bolsonaro


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Ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/Sergio Lima/AFP - Getty Images Embed)

O ex presidente já realizou diversas cirurgias após um atentado que sofreu em 2018, quando ele era Deputado Federal, em um comício em que ele disputava as eleições do mesmo ano em que venceu. Bolsonaro passou por diversas cirurgias abdominais após o ataque, e o que se sabe até hoje foi que o culpado foi o mineiro Adélio Bispo de Oliveira, na época com 40 anos, foi autuado por praticar atentado pessoal por inconformismo político, a Polícia Federal concluiu que ele agiu sozinho, e está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), até os dias de hoje.

Vereadores de Belo Horizonte decidem citar Moraes como “persona non grata”

Vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte, aprovaram ontem, segunda-feira (08/09), uma moção que cita o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, como umapersona non grata”. Decisão vem em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e da aproximação das Eleições de 2026.

Moraes x bolsonarismo

Em meio a um julgamento histórico contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (acusado de Golpe de Estado e outros crimes), uma atitude do vereador mineiro Pablo Almeida (PL-MG) gerou repercussão nas redes sociais no começo desta semana. Ele propôs uma moção que torna o Ministro do STF uma “persona non grata”. O termo, traduzido do latim, significa pessoa “indesejada”, “não bem-vinda” ou “não agradável”.

Parlamentares da oposição, do PT e do PSOL, foram contra a decisão da Câmara, e disseram que essa ação poderia ser usada para uma situação ou algo mais grave e não por “capricho político”, ou como “instrumento de perseguição política”.

A justificativa usada pelos aliados do vereador do PL foi que Alexandre de Moraes se manifestou de forma obscena em uma partida de futebol, no dia 30 de julho de 2025, em um vídeo que viralizou na Arena Neoquimica, em São Paulo. Outra pauta usada foi a aplicação da lei Magnitsky em Moraes, usada pelo presidente dos Estados Unidos Trump a estrangeiros corruptos e que ferem os Direitos Humanos.


Pablo Almeida, autor da proposta (Vídeo: reprodução/Instagram/@pabloalmeidabh)

Alexandre de Moraes x golpe de Estado

Moraes será o vice do STF a partir do dia 29 de setembro de 2025 e quem assume a presidência do tribunal será o Ministro Flavio Dino. Mas antes disso, nos dias  9, 10, 11 e 12, Moraes e mais quatro ministros da primeira turma do STF, (Flavio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux) julgam oito réus acusados de dar um golpe de Estado no Brasil. São eles:

  • Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente;
  • Alexandre Ramagem, deputado federal;
  • Almir Garnier, comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI  de Bolsonaro;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro;
  • Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil de Bolsonaro.

A decisão final do julgamento sai na sexta-feira (12/09).

Alexandre de Moraes vota pela condenação de Jair Bolsonaro e mais 7 réus

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, abriu o processo e citou que Bolsonaro e organização criminosa queriam instituir Golpe e a volta da Ditadura Militar no Brasil, por não querer reconhecer a derrota nas urnas nas Eleições de 2022. Moraes foi firme nas palavras e ainda disse que o ex-presidente não aceitou a derrota e não sabe perder as eleições.

Voto de Moraes abre julgamento de Bolsonaro

Alexandre de Moraes é o relator do caso e foi o primeiro ministro a votar na condenação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, e mais outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Moraes abriu a sessão do julgamento de ontem, (09/09) e mostrou um slide em que Bolsonaro e aliados, além de tentar dar um golpe de Estado, cometeu mais dois crimes, o de liderar uma organização criminosa e o de Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Flavio Dino votou também a favor da condenação, hoje, (10/09)  o voto do ministro Luiz Fux, contrariou os dois primeiros votos, ele votou para a absolver todos os réus do crime de organização criminosa; outros crimes ainda serão analisados, faltam votar os ministros Carmén Lúcia e Cristiano Zanin.


Jair Bolsonaro, ex-presidente da República (Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)

Possível pena que Bolsonaro pode pegar

Se condenado pela maioria dos ministros, Bolsonaro e mais sete réus podem pegar até 43 anos de prisão, pela primeira vez na história da política brasileira, um ex-presidente é julgado pelo crime de Golpe de Estado, além desse o ex-presidente será julgado por mais quatro crimes contra o país, ainda faltam votar os demais ministros – Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Moraes disse que, em 7 de setembro de 2021, Bolsonaro utilizou o ato público do Dia da Independência para instigar milhares de apoiadores contra o STF, dirigindo-se ao ministro e o chamando de “canalha”. Lives e manifestações feitas pelo ex-presidente Bolsonaro em que ele e seus apoiadores políticos estavam inflamaram atos golpistas, no 8 de janeiro de 2023, em que vários patrimônios públicos foram destruídos em Brasília, e manifestantes pediam Intervenção Militar e o AI-5.


Jair Bolsonaro em manifestação na Av Paulista (Foto: reprodução/MIGUEL SCHINCARIOL/Getty Images Embed)

As penas dos crimes que tornaram Bolsonaro réu

As penas para os crimes cometidos por Bolsonaro e os 7 réus são:

  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito: pena de 4 anos (mínimo) a 8 anos (máximo);
  • tentativa de golpe de Estado: pena de 4 anos (mínima) a 12 anos (máxima);
  • participação em organização criminosa armada: pena de 3 anos (mínima) a 8 anos (máxima) – pode chegar a 17 anos, com as agravantes de uso de arma de fogo e participação de agentes públicos;
  • dano qualificado: pena seis meses (mínima) a 3 anos (máxima); e
  • deterioração de patrimônio tombado: um ano (mínima) a 3 anos (máxima).

As divergências de voto entre os ministros abre espaço para a defesa dos réus achar brechas maiores e melhores para se defenderem.