PatBO leva Latinidade à Passarela em Nova York

Durante a Semana de Moda em Nova York, a PatBO exalta sua herança e expressão cultural ao lançar a coleção “Alma Latina” para o verão de 2026. A única marca brasileira no calendário oficial, a grife de Patricia Bonaldi apresenta bordados, franjas e estampas inspiradas em ícones latino-americanos, em um ato de pertencimento que valoriza o orgulho, a ancestralidade e a feminilidade em destaque.

Estética, Inspiração e Narrativa Cultural

Patricia Bonaldi faz alusão a personalidades como Carmen Miranda, Frida Kahlo, Elza Soares e Shakira, entre outras, incorporando elementos da cultura latina. A coleção transcende o aspecto visual, incorporando bordados artesanais, realizados com a precisão já reconhecida da marca, assumem o papel principal ao lado de franjas que se movem como uma extensão do corpo humano, dando vida à história de mulheres que lutam, criam e se reinventam todos os dias.

A opção por modelagens que evocam os anos 80 fortalece ainda mais a conexão entre passado e presente, tradição e modernidade, trazendo volume, contrastes e um clima festivo.

 


Desfile verão 2026 PatBO na Semana de Moda de Nova York (Vídeo: reprodução/Instagram/@jasonwu)

Mangas volumosas, cinturas definidas e construções dramáticas conversam com uma feminilidade exuberante que não hesita em ocupar espaço. O espírito festivo se manifesta nos contrastes de cores e na suavidade dos tecidos, ao passo que a ancestralidade se expressa nas texturas e na linguagem visual repleta de significado.

A narrativa se concretiza na passarela por meio da combinação entre técnica e emoção, representando a mulher latina como um símbolo de força, criatividade e intensidade.

Cores, Materiais e a Flor de Lótus como Emblema

A paleta de cores da coleção “Alma Latina” percorre paisagens emblemáticas. Os tons terrosos evocam raízes, pertencimento e ligação com a ancestralidade, fazendo referência à terra como fonte e força criativa. Simultaneamente, aparecem cores vibrantes e luminosas, quase em um estado de explosão, uma celebração visual da diversidade presente nos corpos e histórias das mulheres da América Latina.

Os materiais selecionados enriquecem esse discurso sensorial: o tule, o tafetá e as rendas bordadas criam uma textura densa e tátil, na qual a sofisticação técnica se encontra com a expressão artesanal. Na moda contemporânea, os detalhes feitos à mão, como aviamentos exclusivos, destacam a importância do trabalho manual como instrumento de identidade e resistência.

 


Modelos em desfile para PatBO verão 2026 na NYFW (Foto: reprodução/Instagram/@nyfw)

Dentre os símbolos da coleção, a flor de lótus se destaca como emblema. Presente tanto nas vestimentas quanto na nova coleção de calçados da marca, a flor simboliza não só o florescimento feminino, mas também a habilidade de emergir com beleza e força mesmo diante de situações adversas.

Com “Alma Latina”, PatBO declara que pertencimento e autenticidade não são tendências passageiras, mas pilares da expressão cultural. Ao apresentar sua visão na NYFW, Patricia Bonaldi não só exibe peças, mas também compartilha histórias que ressoam com aqueles que buscam ver sua identidade refletida na moda. A nova coleção e a linha de acessórios destacam que a marca brasileira segue ultrapassando limites, mantendo suas origens e sua força poética.

A Fazenda 17: Saory critica Fabiano Moraes por falta de carisma

No reality show A Fazenda 17, Saory provoca agitação ao declarar que Fabiano Moraes, pai da influenciadora digital e ex-BBB Viih Tube, “faltou carisma” durante a convivência entre os participantes. O comentário surge em meio a disputas, alianças e olhares atentos. A fala da peoa intensifica a tensão no ambiente e gera debates nas redes sociais sobre quem concorda ou questiona a importância de ser carismático para o sucesso no programa.

Opinião de Saory gera reações entre colegas e público

A crítica de Saory não se limitou ao ambiente da casa A Fazenda 17; rapidamente ganhou destaque entre os demais participantes, que reagiram de maneiras variadas. Alguns ficaram surpresos com a assertividade do comentário, enquanto outros defenderam Fabiano, argumentando que confiança, postura e engajamento em provas também são importantes.


Saory comentando sobre o participante Fabiano Moraes “faltou carisma” (Vídeo: reprodução/YouTube/@A Fazenda)

Além disso, fora do reality show, o público nas redes sociais teve opiniões divididas entre aqueles que acreditam que Saory estava certa e aqueles que consideram a observação injusta. O debate evidencia que carisma vai além de um sorriso ou simpatia visível; ele se manifesta na forma como alguém se comporta, participa, dialoga e influencia o ambiente.

Importância do carisma no jogo social da Fazenda

O carisma desempenha um papel fundamental em reality shows como A Fazenda, pois, além de atrair a atenção do público, pode influenciar quem forma alianças e quem evita ser votado. No caso de Fabiano Moraes, a acusação de falta desse atributo destaca sua capacidade de articulação dentro da casa. Se ele for percebido como pouco expressivo ou distante, pode perder visibilidade e influência, o que pode impactar sua segurança nos paredões ou até mesmo sua reputação entre os outros peões.

A habilidade de ser querido, ou pelo menos tolerado, pelos demais moradores da sede costuma ser um fator decisivo para quem sobrevive às eliminações iniciais.


Fabiano Moraes fala sobre as expectativas do jogo (Vídeo: reprodução/Instagram/@afazendarecord)

A declaração de Saory sobre a falta de carisma de Fabiano Moraes revela uma tensão latente em A Fazenda 17 que vai além das provas e votações. Isso destaca a relevância do jogo social, que geralmente acontece nos bastidores, nos olhares, nos gestos e nos comentários silenciosos entre os confinados.

Os participantes precisam conquistar espaço no convívio diário e na percepção dos outros, pois, no final, aqueles que se tornam mais simpáticos, próximos ou influentes tendem a permanecer mais tempo no jogo. O episódio deve servir como um alerta para Fabiano, que pode precisar repensar sua postura se quiser mudar seu destino nesta temporada.

A Fazenda 17 revela cronograma da primeira semana do reality

O reality show “A Fazenda 17” começa a agitar o público nesta segunda-feira com uma programação planejada para garantir conflitos, desafios e tensão entre os concorrentes. Com 26 peões, o reality show da Record promete uma semana cheia de provas importantes, descobertas de infiltrados e formações de Roça que devem trazer bastante drama já nos primeiros dias. A seguir, confira a distribuição da agenda de eventos ao vivo, imunidade e eliminação, e saiba o que esperar da estreia deste novo ciclo.

Desafios e Provas definem o ritmo inicial

Nos primeiros dias de A Fazenda 17, provas ao vivo desempenham um papel crucial na definição das posições de poder e imunidade entre os peões. Na terça-feira (16), ocorrerá a seletiva para a Prova do Fazendeiro, seguida pela formação da Baia. Na quarta-feira (17), a Prova oficial do Fazendeiro contará com três peões competindo diretamente, permitindo que quem pode afetar o curso da casa tenha influência.


Os portões de A Fazenda 17 foram abertos para nova temporada (Vídeo: reprodução/Instagram/@afazendarecord)

Na quinta-feira (18), haverá um teste de imunidade que pode mudar alianças e intensificar rivalidades. Essa sequência mostra que os primeiros momentos da atração não permitirão acomodação: quem não se posicionar rapidamente poderá perder vantagens estratégicas.

Revelações, Roça e transmissões ao vivo mantêm tensão

Além das provas, a semana indica o que está por vir em relação ao mistério e ao conflito com a revelação dos infiltrados personagens externos introduzidos para testar as alianças internas. A formação da Roça vai dar início aos mecanismos de eliminação bem cedo, forçando os competidores a mostrar jogo de cintura e habilidade para se articular.


 Adriane Galisteu sobre o cronograma da a fazenda (Vídeo: reprodução/Instagram/@afazendarecord)

A transmissão ao vivo de muitos desses eventos assegura uma resposta imediata e interação do público, que acompanhará cada decisão em tempo real. O formato aposta bastante nesse impacto inicial para engajar o público, gerar curiosidade e incentivar discussões desde os primeiros episódios.

Quem são os participantes da 17ª temporada de A Fazenda

A nova temporada de A Fazenda conta com 18 participantes oficiais e 8 infiltrados, que devem agitar a dinâmica do reality desde o começo. Entre os participantes confirmados, há figuras públicas reconhecidas, como ex-BBBs, influenciadores, cantores e ex-integrantes de outros realities. Esse elenco variado foi selecionado de maneira estratégica para provocar conflitos, alianças surpreendentes e entretenimento.


Participantes de A Fazenda 17 (Foto: reprodução/Instagram/@afazendarecord)

A presença de personalidades controversas e queridas nas redes sociais assegura um elevado nível de envolvimento, tanto no interior quanto no exterior da sede. Com perfis diversos, desde os mais explosivos até os estrategistas silenciosos, os competidores da 17ª edição garantem uma temporada intensa e cheia de surpresas. O mistério envolvendo os infiltrados acrescenta uma dimensão adicional de suspense, mantendo os peões e o público alerta a cada ação.

Com a estreia da primeira semana de “A Fazenda 17”, o planejamento estratégico apresenta um panorama nítido: desafios que exigem escolhas, revelações que desafiam convicções e momentos ao vivo que geram grande emoção. Esse conjunto de provas, infiltrações e Roça caracteriza um reality show que não aguarda os episódios finais para proporcionar tensão.

O público se prepara para ver alianças sendo formadas, traições surgindo e participantes sendo testados sob os holofotes desde o começo. Quem souber jogar rápido poderá ganhar vantagem e quem vacilar poderá ver o jogo virar já nos dias iniciais.

The Town 2025: Backstreet Boys encantam fãs em noite histórica repleta de sucessos

A noite de sexta feira (12) do The Town, foi marcada por um show inesquecível dos Backstreet Boys no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, sendo realizado no palco Skyline. A grande apresentação deu início com a música “Larger Than Life”, apresentando a banda para o mundo, evocando os fãs com músicas como “As Long As You Love Me” e “I Want It That Way”, e homenageando as obras-primas do álbum Millennium . Ficou evidente que o Brasil é mais do que apenas um lugar de turnê para o grupo: é um lar .

Celebração dos 25 anos de Millennium reacende nostalgia e energia

Durante o show, os Backstreet Boys recriaram os grandes sucessos que definiram sua carreira e adolescência para milhões de fãs no mundo todo. A celebração de uma das obras mais icônicas da música pop é celebrada não apenas pela escolha do repertório , mas também por momentos simbólicos , como ter uma cópia do álbum em posse. Invocando lágrimas, vozes afinadas e memórias reavivadas sob o céu paulistano, cada faixa ressoou como parte de uma coleção de memórias.


Umas das músicas mais aguardadas pelo público "I WANT IT THAT WAY" (Vídeo: reprodução/Instagram/@multishow)

Conexão com o público reafirma compromisso do grupo com fãs brasileiros

Não foi apenas a música que agitou o terreno do The Town, mas também a interação genuína entre palco e público. Brian, Howie, Nick, AJ e Kevin afirmaram diversas vezes que consideram o Brasil como sua casa. “Sempre pensamos em vocês… aqui é nossa casa”, disse Nick. Howie usou uma camisa da seleção brasileira, os fãs se emocionaram ao ouvir “Siberia” e, durante o show, a energia do público foi correspondida pelos gestos de agradecimento da banda. Foi um instante de pertencimento, uma daquelas apresentações que estabelece conexões.


Momento emocionante do Backstreet Boys cantando juntamente ao público (Vídeo: reprodução/Instagram/@multishow)

Ao apagar das luzes, o show dos Backstreet Boys deixou claro que sua relevância transcende décadas: não se trata apenas de revisitar sucessos, mas de manter viva uma aliança afetiva com o público. Embalados pela nostalgia de Millennium, pela emoção de ver fãs se emocionando e pelo convite para uma provável volta, a banda reafirmou sua posição de ícone incontestável do pop. Resta agora esperar para ver quando o próximo capítulo dessa história será escrito e quantos corações ainda baterão no ritmo dos Backstreet Boys no Brasil.

Setlist do Backstreet Boys no The Town 2025

Larger Than Life, It’s Gotta Be You, As Long as You Love Me, More Than That, I Need You Tonight, Siberia, Don’t Want You Back, Get Another Boyfriend, Show Me the Meaning of Being Lonely, Don’t Wanna Lose You Now, Hey, The One, Back to Your Heart, Spanish Eyes, No One Else Comes Close, The Perfect Fan, All I Have to Give, Drowning, Quit Playing Games (With My Heart), Shape of My Heart, I Want It That Way, Get Down (You’re the One for Me), We’ve Got It Goin’ On, The Call, Everybody (Backstreet’s Back)

 

NYFW Verão 2026 abre temporada com tradição e apostas ousadas

De 11 a 16 de setembro, Nova York se prepara para mais uma edição emocionante da New York Fashion Week, evento que marcará o início das principais semanas de moda do mundo. Com mais de 60 desfiles e exibições agendadas para a temporada primavera/verão 2026 feminina, a programação inclui marcas consagradas, retorno de grifes que estavam ausentes e espaço para marcas emergentes que buscam reconhecimento. As expectativas são elevadas tanto para quem participa do desfile quanto para quem assiste, em relação às tendências estéticas e comerciais que surgirão no cenário internacional.

Proenza Schouler minimalismo urbano na passarela

Durante a NYFW Verão 2026, a Proenza Schouler reafirmou sua identidade sofisticada e contemporânea com uma coleção caracterizada por cortes precisos, alfaiataria desconstruída e uma paleta de cores neutras. Os diretores criativos Jack McCollough e Lazaro Hernandez investiram em peças que harmonizam estrutura e fluidez, priorizando a utilização de tecidos naturais e silhuetas que destacam o movimento. A proposta destaca a essência urbana da marca e se conecta com uma consumidora atual que procura sofisticação discreta e praticidade na vestimenta.

 


Modelo em desfile para maison Proenza Schouler no primeiro dia da NYFW  (Foto: reprodução/Instagram/@proenzaschouler)   

        

Ralph Lauren com toque western

Embora não estivesse no calendário oficial, Ralph Lauren apresentou uma coleção com grande impacto, celebrando as origens do estilo americano com uma elegância digna do cinema. Inspirado no Velho Oeste, o desfile apresentou franjas, couro envelhecido, botas de montaria e vestidos fluidos em tons terrosos, tudo com a elegância distintiva da marca. Com um ambiente intimista e a presença de celebridades, o desfile destacou a habilidade de Lauren em converter referências históricas em desejo atual, mantendo sua assinatura clássica.

 


Desfile primavera/verão 2026 da maison Ralph Lauren no NYFW (Vídeo: reprodução/Instagram/@cfda)


A temporada de primavera/verão 2026 da New York Fashion Week se apresenta não apenas como uma vitrine de tendências emergentes, mas também como uma oportunidade para analisar quais marcas irão reconfigurar seus posicionamentos e como o equilíbrio entre tradição, inovação e responsabilidade será estabelecido.

As decisões tomadas atualmente por estilistas, curadores de moda e organizadores do calendário não apenas refletem tendências futuras, mas também atendem às expectativas do mercado e aos anseios por mudanças sociais. Em um mundo onde a moda é um diálogo, cada desfile será um componente de uma conversa mais ampla  e, sem dúvida, a atenção estará voltada para aqueles que conseguirem equilibrar ousadia e consistência.

 

Dior anuncia Greta Lee como a nova embaixadora da maison

Em um passo que reforça sua posição no mundo da moda internacional, a atriz Greta Lee foi oficialmente designada como nova embaixadora global da maison Dior. A colaboração ocorre após diversas aparições de Lee em red carpets vestindo a marca, solidificando uma conexão que resulta nesta parceria de branding. Com essa nova honraria, a Dior não só valoriza a visibilidade da atriz, como também investe em sua influência cultural e estilo como representações de modernidade e sofisticação.

Estilo autêntico como ponte para o novo Dior

Greta Lee já vinha se destacando nos tapetes vermelhos com escolhas que equilibram sofisticação e modernidade: vestidos que combinam tecidos tradicionais como cetim e organza, silhuetas inspiradas no New Look, mas reinterpretadas com cortes contemporâneos, cores modernas e uma atitude pessoal marcante. Essa mescla de respeito ao legado da maison com uma estética contemporânea e personalizada se alinha perfeitamente ao perfil que Anderson busca para personificar a Dior nesse período de transição criativa.


Greta Lee participa do 82º Festival de Cinema de Veneza (Foto: reprodução/Laurent Hou/Hans Lucas/AFP/ Getty Images Embed)

Embaixadora Greta Lee

A nomeação de Greta Lee faz parte de uma estratégia de branding audaciosa: a criação de um “squad” de embaixadoras que transcende a simples presença em campanhas publicitárias. A Dior já tem outras personalidades selecionadas por Anderson, como Mikey Madison, integrando esse grupo que visa transmitir os valores da marca,  autenticidade, herança e inovação para variados mercados e públicos culturais.

Em um tempo em que as redes sociais, visibilidade e engajamento têm tanto peso quanto o glamour dos desfiles, essas mulheres atuam como intermediárias entre a alta-costura e a rotina de quem consome moda ao redor do mundo.


A nova embaixadora da maison Dior (Vídeo: reprodução/Instagram/@jonathan.anderson)

Ao escolher Greta Lee, a Dior indica que sua nova fase será caracterizada não apenas por coleções e silhuetas, mas por histórias pessoais, culturais e estéticas que se alinham com os tempos contemporâneos. O desfile em Paris promete ser mais do que uma vitrine de peças; será um manifesto do que Jonathan Anderson deseja implementar: tradição reinterpretada, identidade renovada e presença constante no imaginário global. Uma coisa é certa: a atenção estará voltada não apenas ao que será apresentado, mas também a quem irá representar as diversas faces da Dior no futuro.

 

Fux vota para manter delação de Mauro Cid no STF

Na última quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), alinhou-se aos colegas Alexandre de Moraes e Flávio Dino e votou a favor da manutenção da delação premiada de Mauro Cid. Esse voto fortaleceu a maioria na Primeira Turma do STF em favor da manutenção da validade da colaboração, que fundamenta as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 réus. Embora houvesse críticas em relação à quantidade de depoimentos fornecidos por Cid, a decisão foi unânime.

Fux segue o voto de Moraes e Dino

O ministro Luiz Fux, que a princípio era considerado um possível voto divergente, surpreendeu ao se juntar aos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Ele admitiu que, apesar do grande número de depoimentos, Cid havia esclarecido as omissões e contradições identificadas pela Polícia Federal. Fux também indicou que, ao avaliar a dosimetria da pena, poderia concordar com a análise de Dino a respeito da preservação dos benefícios estabelecidos no acordo de colaboração premiada.


 Luiz Fux elogiou Moraes, mas questionou o tempo para as defesas que receberam um "tsunami de dados"(Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)

A defesa de Bolsonaro contesta a validade da delação

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro alegou que o número de depoimentos de Cid apontava inconsistências na delação premiada. Eles afirmaram que o ex-ajudante de ordens foi negligente ao fornecer informações essenciais, o que afetaria a validade da colaboração. Contudo, o STF não aceitou esses argumentos, considerando a delação válida e admissível para as investigações em curso.


Defesa de Bolsonaro contesta delação de Mauro Cid e nega plano de golpe (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A decisão do STF de preservar a delação de Mauro Cid destaca a relevância da colaboração premiada como ferramenta de investigação, apesar das críticas em relação ao número de depoimentos. A concordância dos ministros Fux, Moraes e Dino sugere uma posição unificada da Primeira Turma quanto à validade da colaboração. Isso indica que, embora existam algumas divergências, há um consenso sobre a importância de intensificar as investigações ligadas à tentativa de golpe de Estado.

Ministros do STF criticam voto de Fux e questionam foro competente

Na sessão de 10 de setembro de 2025, o ministro Luiz Fux expressou uma opinião contrária ao afirmar que o STF não tem jurisdição ativa para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus, uma vez que eles já não exercem funções públicas. Ele sugeriu a anulação do processo ou, em alternativa, que o julgamento fosse realizado pela turma completa ou por instâncias inferiores, considerando a natureza dos crimes supostamente cometidos.

Fux questiona competência da Primeira Turma

Durante o julgamento realizado em 10 de setembro de 2025, o ministro Luiz Fux surpreendeu ao declarar que a Primeira Turma do STF não possui jurisdição apropriada para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro, uma vez que ele não exercia cargo público no momento dos acontecimentos. Fux afirma que esse cenário elimina a prerrogativa de foro e requer o encaminhamento do processo para instâncias inferiores.


Fux vota pela "incompetência absoluta do STF para julgar trama golpista" (Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)

Como alternativa, se o STF continuasse competente, ele argumentou que o adequado seria realizar o julgamento com o plenário do tribunal, e não por uma composição reduzida, considerando a seriedade das acusações implicadas. Ele fundamentou sua posição divergente no argumento da “ausência absoluta de jurisdição”.

Ministros incrédulos com voto de Fux

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) demonstraram surpresa ao início do voto de Luiz Fux no julgamento da tentativa de golpe. Fux declarou que o STF não tem autoridade para julgar o caso, uma vez que os réus não têm direito ao foro privilegiado. Ademais, propôs que, se o julgamento continuar no STF, deveria ser realizado pelo plenário completo, formado por 11 ministros, e não pela Primeira Turma, que tem cinco ministros. Além disso, ele aceitou os argumentos da defesa sobre cerceamento de defesa, uma vez que houve dificuldade de acesso aos documentos do caso.


Andréia Sadi comenta sobre o voto de Fux e incredulidade dos ministros (Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)

O voto de Luiz Fux ecoa como um apelo à estrita adesão aos princípios constitucionais e processuais. Ao questionar a competência do STF—particularmente da Primeira Turma—para julgar ex-presidentes que já não ocupam mais cargos públicos, o ministro destaca a relevância de preservar tanto a legalidade quanto a legitimidade institucional.

Embora seja isolado, esse posicionamento revela fragilidades na condução do processo e reabre a discussão sobre o quanto o foro privilegiado deve afetar a estrutura de julgamento. Nesse meio tempo, o julgamento continua com uma forte tendência à condenação, porém não sem antes lidar com questionamentos que vão além do mérito e atingem a própria forma.

 

Casa Branca afirma que Trump não teme usar força militar para proteger liberdade de expressão

A Casa Branca declarou que o presidente Donald Trump não hesitaria em empregar recursos militares para salvaguardar a liberdade de expressão, se o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse julgado culpado por tentativa de golpe de Estado.

A declaração foi dada em resposta a perguntas sobre a posição de Trump em relação a possíveis consequências políticas no Brasil. Conforme a assessoria de imprensa da Casa Branca, Trump considera essencial proteger a liberdade de expressão, mesmo que isso exija medidas militares para defendê-la.

Postura firme de Trump diante de possíveis condenações

Essa declaração da Casa Branca destaca uma postura firme do ex-presidente Donald Trump, mesmo frente à possibilidade de seu aliado político, Jair Bolsonaro, ser condenado no Brasil. Em uma declaração oficial, o governo dos Estados Unidos afirmou que Trump estaria pronto para usar meios militares para proteger a liberdade de expressão, um indicativo claro da importância geopolítica que atribui ao assunto.


Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca durante uma coletiva de imprensa (Vídeo: reprodução/YouTube/@Metrópoles)

Essa atitude vai além do discurso. Desde que Bolsonaro começou a enfrentar processos judiciais, a administração Trump implementou ações específicas para salvaguardá-lo e proteger as empresas dos Estados Unidos. Isso inclui elevar as tarifas sobre produtos brasileiros para 50%, aplicar sanções econômicas contra autoridades brasileiras e cancelar os vistos de membros do Judiciário brasileiro, como o ministro do STF Alexandre de Moraes. Essas medidas fortalecem a ideia de que Trump vincula a liberdade de expressão a um direito tanto geopolítico quanto estratégico.

Repercussões internacionais e críticas à postura de Trump

As atitudes do presidente Trump provocaram respostas variadas no contexto internacional. Embora alguns líderes tenham elogiado sua firmeza em promover a liberdade de expressão, outros manifestaram apreensão quanto à possibilidade de militarização de assuntos políticos internos de outros países. Especialistas em relações internacionais alertam sobre os perigos da interferência e o efeito prejudicial que essas declarações podem causar nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos.


Gleisi Hoffmann diz que ameaça dos EUA ao Brasil é o 'cúmulo da conspiração da família Bolsonaro'(Vídeo: reprodução/YouTube/@Rádio CNB)

No contexto de um ambiente político tenso e polarizado, a declaração da Casa Branca ressalta a complexidade das relações internacionais e a delicada fronteira entre a promoção de valores democráticos e a preservação da soberania nacional. O caso de Jair Bolsonaro e a atitude de Donald Trump suscitam dúvidas sobre até onde pode ir à intervenção externa em questões internas de outros países, principalmente no que diz respeito à proteção de direitos básicos, como a liberdade de expressão.

Flávio Dino vota pela condenação de Bolsonaro e mais 7 aliados

Nesta terça-feira (09) o ministro do Supremo Tribunal federal (STF), Flávio Dino, votou a favor da aceitação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado.

Com isso, o placar no STF passou a ser 2 a 0. Reforçando a fundamentação técnica exposta pelo relator Alexandre de Moraes, Dino enfatiza que “golpe de Estado mata” e adverte que minimizar essa seriedade constitui uma ameaça ao Estado democrático.

Embasamento técnico e gravidade do golpe

Durante o debate realizado na Primeira Turma do STF, o ministro Flávio Dino defende o voto da PGR com rigor técnico, ressaltando que a análise dos fatos e não o julgamento moral deve orientar a aceitação da denúncia. De acordo com Dino, “a denúncia possui os atributos fundamentais da materialidade e da viabilidade, porque houve violência, e essa violência poderia ter produzido danos de enorme proporção”.


Flávio Dino em julgamento de Jair Bolsonaro e mais 7 réus (Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)

Ele também observou que um golpe bem-sucedido comprometeria a própria capacidade da Justiça de atuar: “Se fosse consumado, não haveria juízes para julgar.” Dino enfrenta diretamente as alegações que buscam atenuar a seriedade do caso. Golpe de Estado mata, não importa se é no dia, no mês seguinte ou alguns anos depois”, enfatizou, citando a ditadura militar como um alerta histórico.

Cresce expectativa dos próximos votos

Com a aceitação unânime da denúncia pela Primeira Turma, Bolsonaro e os demais envolvidos no processo começam a responder oficialmente à ação penal. O voto de Dino foi o segundo a favor do recebimento, permitindo que os demais ministros decidam o resultado do julgamento.  As sessões agendadas para os dias 9 a 12 de setembro marcarão o começo da fase de votação, uma etapa cujo resultado deve ser finalizado ainda nesta semana.


Flávio Dino vota em julgamento (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNN Brasil)

Conforme o julgamento avança, a postura firme de Flávio Dino reforça uma estratégia legal rigorosa contra as tentativas de desestabilização institucional. Ao afirmar que uma tentativa de golpe, mesmo que frustrada, representa uma ameaça à democracia, o ministro destaca que a Corte enfrenta um momento crucial no qual não está apenas o futuro da ação penal, mas também a resistência das instituições democráticas brasileiras.