Fux vota para manter delação de Mauro Cid no STF
Decisão de Ministro sugere unanimidade do STF quanto às declarações do tenente-coronel; decisão mantém depoimento que embasa denúncia contra ex-presidente

Na última quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), alinhou-se aos colegas Alexandre de Moraes e Flávio Dino e votou a favor da manutenção da delação premiada de Mauro Cid. Esse voto fortaleceu a maioria na Primeira Turma do STF em favor da manutenção da validade da colaboração, que fundamenta as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 réus. Embora houvesse críticas em relação à quantidade de depoimentos fornecidos por Cid, a decisão foi unânime.
Fux segue o voto de Moraes e Dino
O ministro Luiz Fux, que a princípio era considerado um possível voto divergente, surpreendeu ao se juntar aos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Ele admitiu que, apesar do grande número de depoimentos, Cid havia esclarecido as omissões e contradições identificadas pela Polícia Federal. Fux também indicou que, ao avaliar a dosimetria da pena, poderia concordar com a análise de Dino a respeito da preservação dos benefícios estabelecidos no acordo de colaboração premiada.
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Luiz Fux elogiou Moraes, mas questionou o tempo para as defesas que receberam um "tsunami de dados"(Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)
A defesa de Bolsonaro contesta a validade da delação
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro alegou que o número de depoimentos de Cid apontava inconsistências na delação premiada. Eles afirmaram que o ex-ajudante de ordens foi negligente ao fornecer informações essenciais, o que afetaria a validade da colaboração. Contudo, o STF não aceitou esses argumentos, considerando a delação válida e admissível para as investigações em curso.
Defesa de Bolsonaro contesta delação de Mauro Cid e nega plano de golpe (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
A decisão do STF de preservar a delação de Mauro Cid destaca a relevância da colaboração premiada como ferramenta de investigação, apesar das críticas em relação ao número de depoimentos. A concordância dos ministros Fux, Moraes e Dino sugere uma posição unificada da Primeira Turma quanto à validade da colaboração. Isso indica que, embora existam algumas divergências, há um consenso sobre a importância de intensificar as investigações ligadas à tentativa de golpe de Estado.