Donald Trump diz que pode fazer bons acordos com o Brasil após encontro com o presidente Lula

Na tarde deste domingo(26), os presidentes Donald Trump e Lula se encontraram na Malásia, fuso horário local e madrugada no horário de Brasília.  No primeiro momento da reunião, os dois conversaram com jornalistas durante 10 minutos. O governante dos EUA informou que é uma honra estar com o presidente do Brasil. Disse, ainda, que se sente mal pelo que o ocorreu com Jair Bolsonaro, porém afirmou que não sabia se isso entraria em pauta de discussão, apenas se ateve ao foco da conversa.

Donald Trump carreira

O atual presidente dos Estados Unidos, nasceu em Nova York e estudou na Universidade da Pensilvânia no ano de 1971, e recebeu do seu pai, Fred, o controle da empresa, a The Trump Organization. Ao londo da sua trajetória, ele construiu empreendimentos utilizando a sua marca. Fez breves participações em filmes e series de televisão apresentando e coproduzido o reality show The Apprentice. Em junho de 2015 resolveu se candidatar para a presidência para as eleições de 2016, em que acabou derrotando Hillary Clinton.

Em 1968, ele foi empregado na Trump Management, que na época possui moradias por aluguel de classe média, segregadas racialmente, localizado nos bairros periféricos de Nova York. No ano de 1992, ele, seus irmãos Maryanne, Elizabeth e Robert, e seu primo John W.Walter, cada um com 20% de participação, formaram a All County Building Supply e Mainteance Corp, empresa que não tinha sede física e havia sido acusado de servir como fachada para pagar os fornecedores de serviços e suprimentos.


Donald Trump e Lula em conversa na Malásia no dia 26 de outubro(Foto: reprodução/Andrew harnick/Getty Images Embed)

Presidente Lula trajetória

Nascido em 27 de outubro de 1945, em Caetés, o então presidente do Brasil atual migrou com sua família para o litoral do estado de São Paulo como o objetivo de encontrar com o seu pai, Aristides, ao chegarem, porém, perceberam que, na verdade, descobriram que Jaime tinha mandado a carta, pedindo que fossem para São Paulo. Após a separação dos pais, Lula perdeu o contato com seu pai e só soube da morte dele, que ocorrerá em 1978, alguns dias após ter sido enterrado como indigente.

Sua carreira política se iniciou nos anos 80. Ele disputou a presidência em 1989, derrotado por Fernando Collor, após isso em 1998, tentou novamente para o mesmo cargo, agora contra Fernando Henrique Cardoso em 1998, porém foi derrotado novamente, ele conseguiu se tornar presidente nas eleições de 2002, conseguindo ainda ficar 2 mandatos até 2010 quando saiu do cargo, em 2022 derrotou Jair Bolsonaro e hoje é o presidente do Brasil.

Matéria por Lucas da Silva Fiuza (In Magazine)

Trump anuncia tarifa de 25 % para caminhões médios e pesados

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira que a partir de 1º de novembro todas as importações de caminhões médios e pesados sofrerão uma tarifa de 25 %. A informação foi postada em sua plataforma de mídia social, com o objetivo de “proteger” a indústria nacional frente à competição externa.

No mês anterior, Trump já havia indiciado que pretendia aplicar tarifas sobre caminhões pesados com vigência a partir de 1º de outubro, mas desta vez o anúncio se estende a veículos médios, ampliando a medida.

Justificativas e críticas

Trump argumenta que essa tarifa é necessária para assegurar que os fabricantes nacionais, como Peterbilt, Kenworth, Freightliner e Mack Trucks, não sejam “atacados por interrupções externas” e para garantir que os caminhoneiros americanos permaneçam “financeiramente saudáveis e fortes”.  Ele também menciona “segurança nacional e outros motivos” como justificativas para proteção à produção interna.

No entanto, especialistas em comércio exterior e economistas alertam que tarifas elevadas podem gerar uma série de repercussões negativas na economia global. Uma das principais preocupações é o risco de retaliações comerciais, já que países afetados pelas novas tarifas podem responder impondo barreiras a produtos norte-americanos, o que intensificaria as disputas comerciais entre as nações.

Outro efeito esperado é o aumento nos custos de transporte. Importadores que dependem de caminhões médios e pesados estrangeiros poderão repassar o custo adicional das tarifas para indústrias que utilizam esses veículos, provocando um encadeamento de reajustes nos preços de insumos e produtos finais.

Há também o risco de distúrbios na cadeia global de suprimentos. Muitas empresas que fabricam veículos ou componentes nos Estados Unidos utilizam peças importadas e podem enfrentar rupturas no fornecimento ou aumento significativo nos custos logísticos, afetando a competitividade e a produtividade do setor.

Além disso, especialistas destacam possíveis questionamentos legais e na Organização Mundial do Comércio (OMC). Medidas tarifárias unilaterais, como a proposta pelo governo norte-americano, podem ser contestadas por outros países ou organismos internacionais, gerando disputas jurídicas e diplomáticas que ampliam a incerteza no comércio global.

Reações esperadas no Brasil e na América Latina

Para o Brasil e demais países da América Latina, a medida anunciada por Donald Trump pode representar um obstáculo significativo às exportações de caminhões e componentes pesados para o mercado norte-americano. O aumento das tarifas tende a reduzir a competitividade dos produtos estrangeiros, encarecendo os custos para compradores nos Estados Unidos e tornando menos atrativas as importações da região. Montadoras instaladas no Brasil, como Volkswagen Caminhões e Ônibus, Mercedes-Benz e Scania, que exportam parte de sua produção para mercados externos, poderão enfrentar dificuldades para manter volumes de venda e contratos com parceiros norte-americanos.


Nota sobre o encontro de Trump com Lula (Reprodução/CNN Brasil/Youtube)

Além disso, fornecedores latino-americanos integrados à cadeia produtiva dos EUA, incluindo fabricantes de autopeças, motores e sistemas eletrônicos, podem sentir o impacto de forma indireta. A imposição das tarifas pode levar empresas americanas a rever acordos de fornecimento, reduzir pedidos ou buscar alternativas em seu país, o que traria efeitos negativos sobre a produção, o emprego e a balança comercial da região no curto prazo.

Por outro lado, há quem veja possíveis oportunidades estratégicas decorrentes dessa mudança. Caso a indústria norte-americana consiga expandir sua capacidade de produção interna para suprir a demanda antes atendida por importações, poderá abrir espaço para novas parcerias tecnológicas e investimentos locais. Fabricantes dos EUA que desejem fortalecer suas cadeias de suprimento podem buscar acordos com empresas latinas-americanas para produção conjunta ou transferência de tecnologia, desde que as regras comerciais permitam.

Ainda assim, analistas avaliam que os efeitos positivos dependerão da estabilidade das relações comerciais entre os países e da habilidade dos governos da região em negociar exceções ou incentivos. Sem medidas de compensação, o protecionismo americano pode ampliar as desigualdades competitivas e limitar o acesso dos produtos latino-americanos ao maior mercado consumidor do mundo.

Cenário político e econômico

Essa nova imposição de tarifas ocorre em momento de elevado debate sobre protecionismo e disputas comerciais globais. Trump, ao tomar essa medida, reforça uma postura de forte intervenção comercial e de priorização da indústria doméstica durante seu governo.

A vigência marcada para o início de novembro indica que empresas importadoras e industriais têm pouco tempo para se adaptar ou buscar alternativas antes da aplicação efetiva da medida.

Trump ameaça impor tarifa sobre filmes produzidos fora dos Estados Unidos

Após impor tarifaços no Brasil e ameaçar colocar tarifa na Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma publicação recente nesta segunda-feira (29), ameaçando impor uma tarifa de 100% em qualquer filme que seja produzido fora do país, sendo a primeira vez que é imposto uma tarifa sobre um serviço, caso a ameaça seja cumprida. Trump não explicou como a tarifa será promulgada ou quando vai ser.

Motivo da tarifa

A principal razão de Trump começar a impor tarifa nos filmes do exterior, é devido aos países de fora estarem oferecendo incentivos fiscais para atraírem os especialistas do cinema para o exterior. Ele afirma que esse modelo teria “roubado” mercado de Hollywood, prejudicando empregos e a própria identidade cultural dos Estados Unidos. O presidente havia apresentado a tarifa ainda neste ano, em maio, e volta com essa ameaça mais uma vez, deixando Hollywood mais uma vez surpreendido e na sua publicação no Truth Social, Trump acaba destacando que a Califórnia foi afetado por esses incentivos.


Notícia sobre Trump impor a tarifa (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNbrasil)

Impacto para estúdios e indústria global

A proposta causa apreensão em estúdios americanos que dependem de coproduções internacionais, locações externas e mercados estrangeiros para realizar parte do seu faturamento. Muitos filmes modernos envolvem equipes e locações em outros países, elementos que, com a tarifa, passariam a ser penalizados. Preços de ingressos, serviços de streaming e direitos de distribuição poderiam subir, e contratos já fechados com parceiros fora dos EUA ficariam em risco.

Dúvidas sobre implementação

Embora Trump tenha anunciado a intenção, ainda não ficou claro quando a tarifa entrará em vigor nem qual será o mecanismo legal utilizado. Questões chaves permanecem abertas: como definir se um filme é “feito fora dos EUA”, se a tarifa incidirá sobre produção, distribuição ou exibição, e como lidar com filmes com as partes gravadas em diferentes países.

Trump anuncia novas taxas de importação de até 100%

Donald Trump, presidente dos EUA, anunciou, por meio de rede social, novas taxações nas importações de caminhões pesados, móveis e produtos farmacêuticos, com a justificativa de proteger os fabricantes do país, citando que seria por “razões de segurança nacional”.

As tarifas variam de 25% a 100%, sendo os produtos farmacêuticos os mais afetados, ficando com a maior porcentagem, menos aqueles que já iniciaram a construção de uma fábrica nos EUA.

Detalhes das novas taxas

Caminhões Pesados: Sofrerão tarifas de importação de 25%, com a justificativa de proteger fabricantes locais de uma concorrência que o presidente classificou como “desleal”. O país mais afetado será o México, já que é o principal exportado de caminhões para os EUA e que no ano passado importou quase US$ 128 bilhões de peças, representando 28% das importações do país;

Móveis: Sofrerão tarifas de importação de 30%, justificando que o país está sofrendo uma “inundação” de produtos de outros países, como a China e o Vietnã, os quais são os principais exportadores. Itens de cozinha e banheiro sofrerão com taxas de 50%;

Produtos Farmacêuticos: Medicamentos de marca e patenteados sofrerão com taxas de 100% de importação, exceto as empresas que iniciaram obras de construção de fábricas nos EUA. A Associação de Pesquisa e Fabricantes de Produtos Farmacêuticos (PhRMA) foi contrária à decisão de Trump, alegando que mais da metade dos US$ 85,6 bilhões nos ingredientes utilizados nos medicamentos foram produzidos no próprio país. Países europeus como a Irlanda e Alemanha serão os principais prejudicados, por serem os principais exportadores de medicamentos para os Estados Unidos.


Trump anuncia novas taxas para outubro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

As taxações de Donald Trump

O presidente americano tem realizado algumas tarifas em alguns produtos, se baseando na Lei de Expansão Comercial, onde, na Seção 232, permite realizar taxas sem a necessidade de aprovação do Congresso, em produtos considerados como ameaça à segurança nacional.

Produtos como automóveis, cobre e alumínio já sofreram com novas tarifas de importações. A Suprema Corte dos EUA irá analisar se as novas tarifas impostas por Trump estão ultrapassando sua autoridade nos próximos meses.

Japão afirma que acordo comercial com os EUA ainda não foi concluído

O Japão reafirmou que o amplo acordo comercial com os Estados Unidos ainda não foi concluído, conforme a declaração do ministro da Política Econômica e revitalização, Ryosei Akazawa. Segundo ele, ordenar que os EUA emitam conclusões formais por meio de ações presidenciais continua pendente para setores estratégicos como o farmacêutico e de semicondutores.

Embora já tenha sido divulgada uma ordem presidencial com ajustes tarifários gerais e específicos para automóveis e autopeças, não houve emissão de ordens equiparando os produtos farmacêuticos e de semicondutores ao status de “nação mais favorecida”, necessário para finalizar o acordo. Em suas declarações, Akazawa afirmou que esse acordo não está resolvido.

Além disso, Akazawa informou que o Japão iniciará uma análise sobre o impacto econômico das mudanças nas tarifas automotivas dos EUA e também ainda avaliará como as condições comerciais japonesas se comparam às de outros países.

Contexto e impacto em outros países

Esse impasse ocorre em um momento negociações intensas entre os dois países. Conforme informações da Reuters, o acordo busca incluir reduções tarifárias e outras concessões, mas ainda depende de definições importantes, sobretudo no setor de tecnologia de ponta e farmacêuticos.

Enquanto isso segui em análise, alguns analistas internacionais destacam que a Coreia do Sul está pretendendo usar o modelo dessas negociações como base no seu próprio acordo que deve ser negociado com os Estados Unidos, enfatizando que não aceitará os mesmos termos e continuará negociando com foco nos interesses nacionais.

O que isso significa?

Essa incerteza nas negociações, traz a ausência de ordens presidenciais formais mantendo a situação indefinida até o exato momento, especialmente para os setores mais afetados, com os semicondutores e farmacêuticas, isso está gerando críticas tanto para o Japão quanto para a competitividade global.


Solange Srour (Reprodução/CNN Brasil Money/YouTube)

O impacto econômico interno, mostra uma análise que será conduzida pelo Japão deverá avaliar os efeitos das novas tarifas automobilísticas e a posição competitiva dos países no cenário internacional, as informações vitais para os ajustes de políticas econômicas e industriais.

Isso leva a uma repercussão regional, a postura cautelosa do Japão pode influenciar outros países asiáticos, como evidenciado pela estratégia sul-coreana de adaptar o modelo sem replicar passivamente os mesmos termos.

Trump afirma que, sem tarifas, os EUA serão destruídos

Em comunicado à recente decisão do tribunal federal dos Estados Unidos, Donald Trump fez declarações dramáticas e polêmicas, afirmando que sem as tarifas impostas por sua administração, o país correria risco de destruição econômica e militar, por falta de fundos e controle.

Decisão judicial e contexto

No dia 29 de agosto de 2025, o Tribunal de Apelações do Circuito Federal dos EUA decidiu, por 7 votos a 4, que a aplicação das tarifas globais determinadas por Trump violou a International Emergency Economic Powers Act (IEEPA). Segundo o tribunal, essa lei não autoriza o presidente a impor tarifas, pois à prerrogativa constitucional de tributar cabe ao Congresso, e não ao Executivo.

A decisão conflita com a visão da administração de Trump, que suspendeu os efeitos das tarifas apenas a partir de 14 de outubro de 2025, prazo durante o qual Trump planeja recorrer à Suprema Corte, para manter o seu plano e execução.

A declaração de Trump

Em uma postagem na plataforma Truth Social, Trump denunciou a decisão como fruto de uma “juventude radical de esquerda” e agradeceu ao único juiz que votou contra o veredito, intitulado como um “ato de coragem”.

Donald Trump afirmou que, sem a manutenção das tarifas, os Estados Unidos estariam impondo riscos à sua existência. Segundo ele, a ausência dessas medidas levaria à completa destruição do país e além de abalar a economia, resultaria na “instantânea obliteração” do poderio militar norte-americano.


Postagem de Trump (Foto: reprodução/@realDonaldTrump/Thuth)

Além disso, em outras publicações, ele alertou que a suspensão das tarifas poderia resultar em um colapso econômico semelhante à Grande Depressão e transformar os EUA em uma “nação do terceiro mundo”.

A repercussão e consequências

Especialistas alertam que a reversão da política tarifária pode implicar na devolução de até US$200 bilhões em receitas já arrecadadas, afetando seriamente o orçamento nacional. Além disso, a medida ameaça desestabilizar a confiança e a estabilidade das negociações comerciais internacionais.

Por outro lado, analistas jurídicos destacam que o entendimento de que o executivo não pode legislar sobre tarifas sem o respaldo do congresso criando um importante precedente que limita o uso de poderes de emergência com base no major questions doctrine, uma doutrina usada por cortes para barrar interpretações excessivas de autoridade executiva.

O que vem pela frente

O governo indicou que recorrerá à Suprema Corte, onde Trump tenta obter uma derrubada da decisão do tribunal de apelações. A data limite para isso é 14 de outubro de 2025, quando o efeito suspensivo será revogado.

Caso a Suprema Corte decida a favor de Trump, o Executivo pode reafirmar seu poder de impor medidas unilaterais em nome da “segurança econômica”. Se decidir o contrário, limitará consideravelmente o alcance das ações presidenciais em crises futuras.

Produtos brasileiros provenientes do aço e alumínio terão alívio em tarifas dos EUA

Durante essa última quarta-feira (20), Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil, filiado ao PSB, comunicou que haverá um descanso nas taxas que os Estados Unidos impuseram nas importações de mercadorias brasileiras, provenientes do material de aço e alumínio.

Nova ordem gera benefícios

Alckmin, que atualmente também exerce a função de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, se reuniu com Hugo Motta, do Republicanos-PB, na câmera dos deputados, para exibir projetos que beneficiem o comércio exterior do Brasil, criando novas oportunidades.

No momento em que se encerrava o encontro com o presidente da câmara dos deputados Hugo Motta, Alckmin comunicou a nova ordem apresentada pelo Departamento de Comércio dos EUA, que integrou as exportações de produtos provenientes do aço e alumínio na Seção 232 do Ato de Expansão Comercial, essa ação irá beneficiar o comércio brasileiro, e diminuir um pouco da tensão entre os países.


 Hugo Motta (Foto:reprodução/EVARISTO SA/Getty Images Embed)

Aço e alumínio já faziam parte dos produtos que foram tarifados em 50% pelo Donald Trump, que assumiu o cargo de presidente dos EUA no primeiro trimestre desse ano. Agora, as mercadorias exportadas pagaram as mesmas taxas que outras nações. A nova medida vai instaurar uma estabilidade comercial, comparada com os outros países, melhorando a disputa dos manufaturados.

Produtos importantes

O vice-presidente também destacou que máquinas, ferramentas e motocicletas fazem parte do grupo de mercadorias que sofreram o maior impacto positivo com a ordem. Conforme o anúncio de Alckmin, o alívio afetará US$ 2,6 bilhões dos US$ 40 bilhões exportados para os EUA, isto é, 6,4% do valor integral das exportações.


Vice-presidente Geraldo Alckmin (Foto:reprodução/EVARISTO SA/Getty Images Embed)

O governo dos EUA comunicou sobre a imposição de taxas de 50% em mercadorias brasileiras no terceiro trimestre desse ano. A nova ação surpreendeu o comércio internacional com essa medida drástica, que uma das defesas usadas pelo presidente Donald Trump seria as últimas atitudes do governo brasileiro, que, segundo ele, atacam a democracia e ameaçam a segurança nacional.

As tarifas afetaram diversos produtos importantes para a economia brasileira, sendo alguns deles o café, a carne bovina e também frutas como manga, uva e o açaí. Foram selecionados produtos estratégicos comercialmente. Apesar disso, tivemos em torno de 700 produtos excluídos das tarifas.

Governo brasileiro envia hoje resposta a Trump sobre investigação comercial

O Brasil enviará nesta segunda-feira (18) resposta oficial aos EUA sobre investigação comercial aberta por Washington contra o país. A informação foi dada pelo Ministério das Relações Exteriores. O documento será protocolado pela embaixada do Brasil em Washington e representa a posição do país diante das acusações levantadas pela administração do presidente Donald Trump. A investigação comercial instaurada pelos EUA questiona práticas comerciais brasileiras, entre os temas está o Pix, um sistema de pagamento instantâneo muito utilizado pelos brasileiros por sua rapidez e facilidade.

EUA alegam prática desleal do Brasil

A investigação comercial foi iniciada no dia 15 de julho pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), após o governo norte-americano acusar que o Brasil estaria aderindo às práticas comerciais vistas como “desleais”, levando a impacto negativo sobre a economia dos EUA.  Com isso, o presidente Donald Trump autorizou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre alguns produtos brasileiros exportados para o mercado americano, entre eles a carne bovina e o café.

Alguns produtos, como suco de laranja e derivados de aço, foram retirados da lista original e passaram a compor um grupo de exceções. Apesar dessa flexibilização, diplomatas brasileiros consideram que as negociações não evoluíram significativamente, pois o então presidente Donald Trump não teria delegado a nenhum assessor autoridade para negociar diretamente as tarifas, o que tem dificultado avanços concretos.

O governo brasileiro também impugna a alegação de que a balança comercial seria desfavorável aos Estados Unidos. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os números mostram o oposto, nos últimos 15 anos, os EUA arrecadaram o valor superior a US$ 400 bilhões.


Pronunciamento do presidente Lula sobre taxação dos 50% (Vídeo: reprodução/Instagram/@itamaratygovbr)

Veja os detalhes da investigação

A investigação comercial dos Estados Unidos contra o Brasil tem como base legal a Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana, de 1974, uma lei que autoriza o governo americano a investigar e reagir a práticas de outros países consideradas injustas ou prejudiciais aos interesses econômicos dos EUA.

Entre os principais alvos da investigação estão o funcionamento do sistema de pagamentos PIX, a concessão de tarifas preferenciais, o tratamento dado à propriedade intelectual e as políticas de comercialização do etanol brasileiro.

Caso a investigação conclua que o Brasil está adotando práticas comerciais desleais, o governo de Trump poderá aplicar novas tarifas, retirar benefícios já concedidos ao país e implementar outras formas de retaliação.

Trump recua novamente e adia tarifas contra a China por mais 90

Em mais um movimento que reforça a sua característica de negociação marcada por avanços e recuos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (11) que irá adiar por mais 90 dias a implementação de tarifas sobre os produtos chineses. Essa decisão ocorre no momento em que os dois países tentam retomar o diálogo comercial que está desgastado depois de anos de tensões e medidas retaliatórias.

A suspensão dessas medidas evita as tarifas sobre centenas de bilhões de dólares em mercadorias, que poderiam chegar a 145% em alguns casos, entrem em vigor nesta semana. O nível atual, mantido após de várias prorrogações, é de 30%, resultado da combinação de uma alíquota-base de 10% com um adicional de 20% relacionado ao combate ao tráfico de fentanil, que Washington atribui parcialmente a cadeias de distribuição que passam pela China.

O que motivou o recuo

Segundo fontes ligadas à Casa Branca, o adiamento visa dar espaço para negociações construtivas com Pequim e evitar novos conflitos na economia global. Trump, em discurso no Salão Oval, afirmou que acredita ser possível chegar a um acordo justo para ambos os lados e que prefere a vitórias negociadas do que vitórias forçadas.

Já do outro lado, o governo chinês anunciou que também manterá suas tarifas retaliatórias em 10% e suspenderá, temporariamente, as restrições às empresas norte-americanas de tecnologia e agronegócio que estavam na lista de sanções comerciais.


Tentativa de acordo entre Donald Trump e Xi Jinping(Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Histórico de avanços e recuos

A política tarifária adotada por Trump com a China tem sido marcada por idas e vindas desde 2018, quando o então presidente iniciou a chamada “guerra comercial” alegando práticas desleais vindas de Pequim. Ao longo dos anos, foram impostas tarifas pesadas sobre setores como aço, alumínio, produtos eletrônicos e agrícolas.

Mas por diversas vezes, Trump anunciou aumentos drásticos, só que recuou às vésperas da implementação. Essa estratégia muitos dos críticos chamam de “jogo de pressão” e seus apoiadores consideram uma forma de manter a China na mesa de negociação, já analistas descrevem essa tática como um “efeito ioiô”: uma alternância entre ameaças e adiamentos, que muitas vezes mantém incertezas no comércio internacional.

Reação dos mercados

A notícia do adiamento foi recebida com otimismo imediato nas principais bolsas do mundo, como o índice japonês Nikkei 225 subiu 2,2%, O britânico FTSE 100 avançou 0,3%, além dos mercados europeus que tiveram leves altas e os S&P 500 e o Dow Jones que abriram a semana com margens positivas.

Especialistas ressaltam que a decisão ajuda a conter estabilidade no curto prazo, mas não elimina o risco de um colapso nas negociações. Além disso, dados divulgados nos EUA mostram inflação de 2,8% em julho, o que mantém a pressão e já avalia se novos aumentos de juros serão necessários.

Impacto para consumidores e empresas

O congelamento das tarifas é particularmente relevante para setores que dependem de insumos chineses, como tecnologia, têxtil, eletrodomésticos e automotivo.

Para consumidores, a medida evita aumentos imediatos nos preços de produtos importados, desde smartphones até peças de carros que poderiam ser repassados ao varejo nos próximos meses.

Empresas exportadoras dos EUA também respiram aliviadas com a manutenção do status para evitar as retaliações adicionais por parte da China, especialmente no setor agrícola, que já foi duramente atingido em anos anteriores.

Próximos passos

Nos bastidores, fontes diplomáticas indicam que há expectativa de um encontro entre Donald Trump e Xi Jinping antes do fim do ano, possivelmente em território neutro. Esse encontro poderia resultar em um acordo ou ao menos em novas medidas para reduzir tarifas gradualmente.

Enquanto isso, analistas alertam que o adiamento é apenas um alívio temporário, sem nenhum avanços concretos, a possibilidade das tarifas recordes em 2026 continuam bem próximas.

JP Morgan diz que não há possibilidade do fim das tarifas de Trump

O banco JP Morgan criou recentemente o Centro para Geopolítica, cujo objetivo é auxiliar empresas a lidar com a instabilidade econômica global. A instituição divulgou um relatório na última quarta-feira (6), revelando que a possibilidade do retrocesso das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é praticamente nula, mesmo após o seu mandato.

Conforme publicado no documento, há consenso no setor político americano de que as tarifas são importantes para a economia do país, especialmente no setor industrial. Esse fator faz com que o recuo ao modelo anterior seguido pelos Estados Unidos não seja visto com bons olhos.

Tarifa estabilizada

O Centro de Geopolítica divulgou que o valor das tarifas de importação para os Estados Unidos deve se estabilizar na faixa dos 22%. Um das razões apontadas são os diversos acordos comerciais realizados até o momento.

Com o tarifaço estável, uma reversão ao modelo anterior é tratada como quase que impossível de acontecer. Segundo aponta o documento, “Seria um erro supor que os Estados Unidos retornem a uma era de tarifas baixas e à busca de acordos abrangentes de livre comércio”.

O valor arrecadatório também pesa na decisão de não extinguir o tarifaço no futuro. O JPMorganChase Institute publicou um relatório onde aponta que a implementação das taxas do Liberation Day, anunciadas 2 de abril, chegaria a US$ 187,7 bilhões (o equivalente a R$ 1,02 trilhão)em custos de importação para média-empresas.


Donald Trump comemora início da implementação do tarifaço (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)

Bilhões de dólares fluindo

Na última quarta-feira (6), Trump anunciou, de modo efusivo, que “bilhões de dólares em tarifas estão agora fluindo para os Estados Unidos da América”. O republicano declarou em postagem no Truth Social. Produtos que já estavam nos navios e em direção ao país estarão isentos da nova tarifa, caso cheguem até o dia 5 de outubro.

Os países com as maiores tarifas são Brasil (50%), Suíça (39%), Canadá (35%) e Índia (25%). Recentemente, Trump renegociou as tarifas com o Japão e a União Europeia, estabelecendo o valor de 15% em seus produtos.


Donald Trump e o CEO da Apple, Tim Cook, em anúncio de investimento da empresa nos Estados Unidos (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)

Taxa de 100%

Nesta última quarta-feira (6), o presidente americano fez novo anúncio sobre mais tarifas. Desta vez, o alvo é a importação de chips. Segundo declaração de Trump, somente estarão isentas as empresas que estiverem fabricando seus produtos nos Estados Unidos. A declaração aconteceu no Salão Oval da Casa Branca.

Trump realizou esta citação após aceno da Apple de investir mais U$ 100 bilhões no país nos próximos quatro anos, além dos US$ 500 bilhões que a gigante da tecnologia havia prometido anteriormente.