Falha na Cloudflare preocupa especialistas sobre concentração de dados online

Na última terça-feira (18), uma queda no serviço de internet afetou praticamente todo o mundo. Isso porque o provedor de infraestrutura web Cloudflare, considerado a maior nuvem de conectividade, sofreu uma interrupção e fez com que os principais sites estivessem fora do ar – do Spotify ao ChatGPT.

A empresa emitiu um comunicado em seu blog e alegou que o incidente não teve nenhuma ligação com ataque cibernético, e sim com um problema técnico que a afetou a rede em todo mundo, já que 20% dos sites utilizam o serviço da Cloudflare. O ocorrido, no entanto, preocupa especialistas que alertam para o perigo da alta concentração de informações em um único provedor.

Incidente e comunicado

Na manhã da última terça-feira (18), por volta de 8:50 (horário de Brasília), diversos portais estiveram indisponíveis ou apresentaram mensagens de erro. Inclusive, o próprio DownDetector (site que detecta falha de serviços de internet) esteve fora do ar por alguns momentos.

Após o incidente, o CTO (sigla em inglês para Chief Technology Officer, ou Chefe de Tecnologia) da Cloudflare, Dane Knecht, emitiu um comunicado em seu perfil no X pedindo desculpas aos usuários da nuvem: “Falhamos com nossos clientes e com a internet em geral”.

O CEO da Cloudflare, Matthew Prince, também se manifestou em seu perfil no X: “Deixamos a Internet na mão hoje. Aqui está nossa análise técnica post mortem do que aconteceu. Em nome de toda a equipe da @Cloudflare, peço desculpas”.

Prince fez uma publicação extensa e detalhada no blog da empresa para explicar o ocorrido. Ele disse que a falha não foi ocasionada por ataque cibernético, mas “por uma alteração nas permissões de um de nossos sistemas de banco de dados, o que fez com que gerasse múltiplas entradas em um ‘arquivo de recursos’ usado pelo nosso sistema de gerenciamento de bots. Esse arquivo de recursos, por sua vez, dobrou de tamanho. O arquivo de recursos, maior do que o esperado, foi então propagado para todas as máquinas que compõem nossa rede”. Foi isso que o que ocasionou a queda na rede.


Matthew Prince, CEO da Cloudflare (Foto: reprodução/Steve Jennings/TechCrunch/Getty Images Embed)


Perigo na concentração digital

Esta não é a primeira vez em que a internet sofre com este tipo de “apagão”. Recentemente, um problema na Amazon Web Services interrompeu a rotina diária de milhões de pessoas, em alguns casos impedindo-as de realizar até mesmo tarefas simples como pedir café ou controlar eletrodomésticos inteligentes. Apenas alguns dias depois deste fato, o serviço Azure da Microsoft também sofreu uma interrupção.

A Cloudflare afirma processar, em média, 81 milhões de requisições HTTP por segundo — ou seja, quando os navegadores precisam de determinados dados para executar uma ação, como carregar uma página da web. Em virtude dos fatos ocorridos em um curto espaço de tempo, especialistas alertam para a alta concentração digital em uma única nuvem.

Segundo Eileen Haggerty, vice-presidente de marketing de produtos e soluções da Netscout, empresa de TI e cibersegurança, interrupções tecnológicas como essas são “problemas muito, muito comuns”. Contudo, reconheceu que a sensação é de que essas interrupções estão acontecendo com mais frequência, principalmente devido à escala do seu impacto.

Para Rodrigo Gava, diretor criativo do 360 BC Group, a internet foi projetada para evitar pontos únicos de falha. O conceito de redes com comutação de pacotes e rotas alternativas surge precisamente dessa necessidade de resiliência.

Porém, é feito exatamente o oposto: concentração, aplicações, segurança, DNS, distribuição de conteúdo, autenticação e observabilidade em poucos provedores globais. E quando um deles falha, o “efeito dominó” se alastra sobre as mais diversas operações. Segundo ele, o problema está na dependência estrutural sem um plano de contingência.

AWS: entenda o apagão cibernético

Na madrugada desta segunda-feira (20), uma grande instabilidade do Amazon Web Services (AWS), plataforma de serviços de computação em nuvem oferecida pela Amazon, acabou derrubando um número significativo de sites e serviços populares da internet, assim, afetando bancos, companhias aéreas, mídia, aplicativos de entrega e muitos outros sites e aplicativos. Alguns dos mais visíveis foram a assistente virtual Alexa, o serviço PicPay e jogos como Fortnite e Roblox.

Segundo o Downdelector, que monitora interrupções na Internet, uma ”lista crescente de sites” apresentou problemas. Para a CNN, o site afirmou que recebeu cerca de 6,5 milhões de relatórios globais relacionados à interrupção.

Ainda não se sabe como ocorreu

Ainda não se está esclarecido o causou a interrupção do DNS (sistema de nomes de domínio), porém durou apenas algumas horas. Às 8h (horário de Brasília), a empresa informou mediante um comunicado que a instabilidade foi resolvida.

A AWS disse que, embora a maioria das operações já esteja restabelecida, algumas regiões ainda podem sofrer com erros elevados. Se for este o caso, o conselho aos clientes é que limpem os caches por meio das configurações de seus navegadores. A empresa provavelmente irá realizar uma autópsia e explicará a origem do erro em seu sistema DNS nos próximos dias.

A Amazon tinha os dados armazenados com segurança, mas ninguém mais conseguiu encontrá-los por várias horas, deixando os aplicativos temporariamente isolados de seus dados”, afirmou Mike Chapple, da Universidade de Notre Dame. ”É como se grandes porções da internet sofressem amnésia temporária.”


Bruno De Blasi, editor de tecnologia do Canaltech, explicando o pane da AWS para CNN
(Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Sobre a Amazon Web Services

A AWS (Amazon Web Services) se trata do serviço de nuvem da Amazon na internet, que trabalha conectando empresas a pessoas que utilizam seus aplicativos ou plataformas online. Essas empresas pagam uma taxa de assinatura à Amazon para permitir uma comunicação online confiável nessa relação empresa-cliente.

Segundo um relatório da HG Insights publicado este ano, a AWS possui uma participação de 30% no mercado global de infraestrutura em nuvem, com uma base de clientes de mais de quatro milhões.

Kéfera desabafa sobre ataques na internet e fala sobre efeitos na saúde mental

Nesta quarta-feira (15), a atriz e youtuber Kéfera Buchmann usou seu Instagram para fazer um sincero desabafo sobre os efeitos do ódio virtual, em sua saúde mental. Aos 32 anos e com 15 de carreira, ela revelou como a exposição constante na internet, desde os 17, cobrou um preço alto em sua vida ao longo do tempo. Kéfera também relembrou o início de sua trajetória no Youtube e expôs comentários maldosos que recebeu.

Kéfera expõe ataques na internet

No post, a atriz relembrou o início da carreira em 2010, quando criou o canal “5inco Minutos” no Youtube: ela foi uma das pioneiras na criação de conteúdo digital no Brasil e seu canal foi um dos primeiros a chegar a um milhão de seguidores. Kéfera destacou, que embora tenha escolhido esse caminho não previa na época à proporção que a internet tomaria, nem as consequências da fama repentina: “Sim gente, eu sei que fui que liguei a câmera… Foi uma escolha que me trouxe muita coisa boa… Principalmente, me proporcionou mudar a vida de toda a minha família…, mas isso teve consequências.”

Kéfera ressaltou que, apesar dos benefícios da carreira, os ataques virtuais se tornaram uma constante dolorosa: “A gente não escolheu ser massacrado todos os dias, com comentários extremamente agressivos de pessoas que nunca vimos na vida.”

Durante o desabafo ela compartilhou mensagens ofensivas recebidas, que incluíam xingamentos, como: “bipolar não tratada” e frases como “odeio a Kéfera simplesmente sem motivo”. Ela questionou o impacto dessa hostilidade: “Vocês têm ideia de quantas pessoas já foram destruídas emocionalmente pela internet?”.

A influenciadora disse que refletiu muito antes de expor toda situação, já se antecipando à críticas que minimizariam seu sofrimento. Ela concluiu o texto com um recado para os haters: “Vocês precisam entender de uma vez por todas que não existem pessoas públicas. Pessoas são pessoas. Eu sou uma pessoa.”


Desabafo e alguns comentários que Kéfera recebeu (Foto: reprodução/Instagram/@kefera)

Enxurrada de críticas

Tudo começou após Kéfera publicar um vídeo na segunda-feira (13), no próprio Instagram, no qual refletia sobre o peso da exposição desde a juventude. No vídeo ela questiona: “Como você era com 17 anos? O que você seria se tivesse uma câmera acompanhando cada passo seu durante toda a sua juventude?” […] “O mundo esperava que eu fosse um exemplo, que eu fosse perfeita. Mas eu era só uma adolescente usando uma câmera como diário. Como você se sairia no meu lugar?”


Kéfera reflete sobre exposição na internet (Vídeo: reprodução/Instagram/@kefera)

O vídeo dividiu opiniões, enquanto muitos seguidores elogiaram a reflexão feita por Kéfera, outros passaram a criticá-la nos comentários, dizendo que seu trabalho na internet tem incontáveis vantagens se comparado a outros empregos e dizendo que ela escolheu a vida pública. No fim do texto postado hoje, Kéfera reforçou que figuras públicas também são seres humanos, e nenhum ser humano merece passar por esse tipo de tratamento.

Após críticas, Neymar elogia mudança no cabelo de Bruna Biancardi

Neymar voltou a aparecer nas redes sociais, desta vez comentando a publicação de sua parceira, Bruna Biancardi, sobre o novo visual. A mudança no cabelo da influenciadora chamou a atenção do público e gerou expectativa sobre a reação do jogador, que, após um período sem se manifestar, publicou um breve elogio destacando a alteração.

O episódio reacendeu o interesse pela vida pessoal do casal, que é frequentemente acompanhado por seguidores nas plataformas digitais, e mostra como qualquer interação de figuras públicas com postagens pessoais tende a gerar repercussão imediata entre os internautas.

Reação tardia do jogador

O jogador de futebol Neymar se manifestou sobre o novo visual de sua companheira, a influenciadora Bruna Biancardi, de 31 anos, após críticas de internautas pela ausência de comentário em uma publicação recente da parceira. Bruna compartilhou, na segunda-feira (29), fotos exibindo os cabelos mais claros, com tonalidades que variam entre castanhos intensos e nuances quentes, como dourado, caramelo e acobreado, tendência adotada por diversas celebridades brasileiras, incluindo Juliette e Jade Picon.

A ausência de elogios do esportista gerou repercussão na internet, com seguidores comentando a demora. Na noite de terça-feira (30), Neymar publicou um comentário simples na postagem de Bruna: “Doce de leite”, acompanhado de um emoji de coração. A interação chamou a atenção de internautas, que reagiram de forma bem-humorada à espera pelo reconhecimento público. “Até que enfim!”, escreveu um seguidor. “Sacanagem com uma mulher linda”, comentou outro.


Novo visual de Bruna Biancardi (Foto: reprodução/Instagram/@Brunabiancardi)

Antes da manifestação de Neymar Jr., usuários das redes sociais especularam sobre a postura do pai de Davi Lucca, observando que ele costuma manter certa distância de interações públicas nas postagens de Bruna. Alguns questionaram se a ausência de comentários indicava desinteresse, enquanto outros ressaltaram o comportamento discreto do atleta em relação à vida pessoal.

O relacionamento e a vida em família

Bruna e Neymar estão juntos desde 2021 e têm duas filhas: Mavie, que completou dois anos recentemente, e Mel, de dois meses. Neymar também é pai de Davi Lucca, de 14 anos, com Carol Dantas, e de Helena, de 1 a Amanda Kimberlly.

Neymar não sabe o que fazer para frear conflitos entre Biancardi e Kimberlly

O portal Léo Dias, informou que amigos próximos de Neymar, já não aguenta mais a mediar os conflitos que vivem sua ex affair e sua atual esposa, ambas mães das filhas do craque. O jogador chegou a desabafar com os amigos como essa situação esta o desgastando, pois ambas não param de se desentender, o que tem gerado polêmicas na internet e acaba afetando o ambiente familiar.

O estopim

O que gerou o desabafo foi a última confusão envolvendo os nomes de Bruna Biancardi e Amanda Kimberlly. Neymar teria ficado desconfortado com a atitude de Bruna ao expor na internet o motivo de ter excluído a foto da sua filha Helena das redes sociais com Kimberlly.

Kimberlly pediu para que Bruna não publicasse fotos de sua filha sem sua autorização e que sempre que postasse foto com da criança, era para marca-lá de forma oculta ou ao menos a avisasse, o que não foi cumprido por Bruna e quando foi cobrada, ela apagou a foto.

A exclusão da postagem chamou a atenção dos seguidores do casal, e Bruna foi questionada por qual motivo havia apagado a foto: “Apaguei porque a mãe dela pediu” respondeu ela. Essa atitude de expor o motivo irritou Kimberllly que fez questão de falar sobre o assunto e essa exposição colocou o Neymar em uma situação desconfortável com as mães de suas filhas.


Neymar posa para foto com suas filhas Mavie e Helena (Foto:Reprodução/instagram/@neymarjr)

O que diz a outra parte

Kimberlly decidiu dar sua versão da situação, ela mostrou os prints das conversas com Biancardi, onde ela pedia para a madrasta postar as fotos somente com a sua autorização, pois a exposição de sua filha Helena nas redes sociais pela modelo tem gerado ataques a criança e montagens fotográficas feitas por internautas para tentar humilhar sua filha de apenas 1 ano.

Mesmo após esse desentendimento, ambas tentam manter uma boa relação pelo menos para a internet em prol de preservar a imagem das crianças, mas por trás das câmeras elas não mantem nenhum tipo de relacionamento e Neymar chegou a classificar essa situação toda de “mimimi” segundo amigos próximos.

Rodrigo Santoro revela motivo de não expor as filhas nas redes sociais

Em entrevista ao “Fantástico”, no último domingo (17), o ator Rodrigo Santoro falou sobre a decisão de manter a intimidade da família preservada e longe dos holofotes.

O ator também falou sobre sua carreira e a relação que tem com a fama. Rodrigo explicou que ele e sua esposa, Mel Fronckowiak, optaram por não exibir os rostos das filhas, Cora, de 1 ano, e Nina, de 7 anos, na internet para preservar a imagem das crianças.

O motivo

Casado desde 2017 com a atriz Mel Fronckowiak, conhecida pelo grande público ao interpretar a protagonista Carla na versão brasileira de Rebelde, o ator contou que o casal optou pela preservação da imagem das filhas e pontuou que isso é uma “extensão do seu jeito de ser”.

Apesar de compartilharem imagens de momentos com as filhas nas redes sociais, Mel e Rodrigo não exibem os rostos das filhas, o que acaba gerando uma curiosidade nos seus seguidores.

Quando questionado sobre o assunto durante a entrevista, Santoro explicou que a decisão tem a ver com o modo que ele é e de como ele sempre lidou com a exposição de sua vida pessoal: “Isso é uma reverberação de como sou, de como sempre fui na minha vida, na minha relação como o mínimo de intimidade que preciso para minha saúde mental”, afirmou.

Rodrigo ainda reforçou que a escolha de não exibir publicamente as filhas é dele e não das crianças.


Rodrigo em entrevista ao Fantástico (Vídeo: reprodução/YouTube/@g1)

A carreira

Perto de completar seus 50 anos e com 30 de carreira, Santoro também falou sobre como é difícil lidar com a fama e os holofotes e como está o momento atual de sua vida.

Segundo ele, apesar da fama, ele nunca quis se afastar das pessoas que ama, de suas raízes, do que o “alimenta e sustenta”, de quem é. Rodrigo nunca deixou de morar no Brasil e há vinte anos vive uma espécie de ponte área constante para Los Angeles.

O início de sua carreira na TV foi na novela “Olho no olho” da TV Globo, em 1993, mas se destacou com o personagem Frei Malthus, em “Hilda Furacão”, minissérie também exibida pela TV Globo em 1998.

O ator também deu vida a personagens que abordaram temas de saúde mental, como Neto em “Bicho de Sete Cabeças”, filme de 2000, “Heleno”, de título homônimo, filme de 2011, e o Louco, no filme “Turma da Mônica: Laços”, de 2019.

Em sua carreira internacional, participou dos filmes “As Panteras: detonando”, em 2003, “Simplesmente Amor”, também de 2003, e “300”, em 2006. Já no segmento de séries, esteve presente na terceira temporada de “Lost”, em 2006 e Westworld, de 2016.

Atualmente ele está no elenco de “Runner”, um thriller de ação onde interpreta o filho de um chefe de cartel com estreia prevista para 2026.

Fernanda Gentil revela como a saída da Globo abriu portas para sua liberdade criativa

Após deixar a Globo, Fernanda Gentil compartilha em entrevista com Fátima Bernardes como a mudança para a internet superou suas expectativas, oferecendo mais autonomia e espaço para explorar sua criatividade, mesmo diante dos desafios de deixar a televisão tradicional.

Da TV para a internet: a transformação de Fernanda Gentil

A jornalista e apresentadora Fernanda Gentil, de 38 anos, abriu o coração sobre a decisão de deixar a TV Globo e seguir novos caminhos na internet. Em bate-papo com Fátima Bernardes no programa Nossas Vivências, disponível no YouTube, ela compartilhou os bastidores dessa transição profissional, que apesar dos desafios, trouxe mais liberdade e satisfação do que ela esperava.

Foi uma escolha que partiu de muitos sentimentos acumulados ao longo do tempo”, contou Fernanda. “Eu já sentia que não estava mais alinhada com o ritmo que minha vida pedia. Estava inquieta, presa a uma rotina que já não fazia tanto sentido. Senti que era hora de assumir o controle da minha agenda e do que eu queria comunicar.

Um dos momentos mais marcantes da sua carreira foi justamente a mudança do jornalismo esportivo — onde se consagrou — para o entretenimento. Seu último projeto na Globo foi o Zig Zag Arena, exibido nas tardes de domingo em 2021.

Sair do esporte foi, sem dúvida, a decisão mais difícil da minha trajetória”, revelou. “Mas eu tinha a sensação de missão cumprida. Já tinha apresentado todos os programas que sonhava, coberto grandes eventos. Era hora de me reinventar.


Fernanda Gentil dando uma entrevista à Fátima Bernardes no programa "Nossas Vivências" (Vídeo: Reprodução/YouTube/Fátima Bernardes)

Nova fase digital: liberdade criativa e sucesso além da TV

Fora da televisão, Fernanda encontrou no ambiente digital uma nova forma de expressão. Hoje, ela comanda um canal no YouTube onde realiza entrevistas descontraídas com figuras conhecidas do público. Já participaram do projeto nomes como Caio Blat, Lucas Guedez, Virgínia Fonseca e Diogo Defante.

Segundo ela, a internet trouxe não só mais autonomia criativa, mas também a oportunidade de explorar temas e formatos que a empolgam. “Eu já tinha vontade de fazer esse movimento há bastante tempo. Quando finalmente tomei a decisão, foi libertador. Não me arrependo nem por um segundo. O mundo digital é dinâmico, cheio de possibilidades, e me permite ser exatamente quem eu sou.

Fernanda é casada com Priscila Montandon e segue entusiasmada com os caminhos que tem trilhado fora da TV. Seus vídeos são publicados semanalmente e conquistam cada vez mais público, reforçando que, às vezes, se jogar no novo pode ser o melhor passo rumo à realização pessoal e profissional.

STF altera o Marco Civil da Internet e responsabilidade das plataformas digitais

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade do Artigo 19 da Lei 12.965/2014, Marco Civil da Internet. A decisão é uma clara inflexão na jurisprudência brasileira no que se refere à responsabilidade das plataformas de aplicações na internet.

Com maioria formada por 8 votos a 3, a Corte decidiu pela responsabilização civil dos provedores por conteúdos ilícitos gerados por terceiros, mesmo sem ordem judicial prévia, porém, deve ser feita uma notificação extrajudicial para casos específicos.

Alterações e implicações

A nova tese aprovada estabelece que conteúdos como incitação ao ódio, terrorismo, atos antidemocráticos, apologia à automutilação ou ao suicídio, discriminação por raça, religião, gênero, pornografia infantil e tráfico de pessoas passam a exigir, das plataformas, uma atuação proativa, que deve ser baseada em notificações extrajudiciais. No caso dos delitos contra a honra, fica mantida a necessidade de decisão judicial para remoção. Esse novo entendimento promove mudança na lógica original do Marco Civil da Internet, que considerava o princípio da neutralidade das plataformas, só permitindo sua responsabilização mediante decisão judicial.

Com a decisão, o STF impõe implicações diretas às empresas, obrigando-as a adotar mecanismos e ferramentas que ajam de forma preventiva e rápida à circulação de conteúdos ilícitos, sob pena de responsabilização.


Post sobre decisão do STF retratada na matéria (Vídeo: reprodução/Instagram/@supremotribunalfederal)

Opinião de especialistas

As opiniões dos especialistas divergem sobre as consequências impostas pela decisão. Juristas como Antonielle Freitas entendem a nova interpretação como um avanço no fortalecimento da proteção de direitos fundamentais no ambiente digital. Por outro lado, críticos como Luis Fernando Prado e Alexander Coelho chamam a atenção para os riscos de censura privada, moderação excessiva e aumento da insegurança jurídica, principalmente para pequenas empresas sem capacidade técnica para cumprir as exigências.

Pressão sobre o Congresso

A mudança impacta todo o Judiciário e estabelece um novo paradigma regulatório, aumentando a pressão sobre o Congresso Nacional para definir, por meio de lei, as responsabilidades e os limites das plataformas digitais na moderação de conteúdo. Não havendo uma lei específica, o entendimento do STF se torna o principal referencial jurídico para o tema, impactando diretamente o universo digital, a liberdade de expressão e o modelo de negócios das plataformas de tecnologia no Brasil.