Trump diz que cessar-fogo em Gaza continua em vigor, após ataque de Israel

Ao ser questionado por repórteres, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que foi como um intermediador do cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, afirmou que o acordo ainda continua de pé. “Sim, está”, disse Trump, a bordo do Air Force One, quando foi questionado e acrescentou que o caso “será tratado com firmeza”.

Israel bombardeou Gaza, deixando dezenas de mortos, além de suspender temporariamente ajuda humanitária até a “segunda ordem”. O governo de Israel afirma que o ataque foi em resposta à morte de dois soldados pelo Hamas, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. O Hamas nega e afirma que Israel utiliza “pretextos frágeis” para atacar Gaza.


Momento do ataque de Israel contra o Hamas (Vídeo: reprodução/YouTube/O POVO)

Israel confirma ataque

Em comunicado nas redes sociais, as Forças de Defesa de Israel afirmaram o ataque, em resposta ao ataque sofrido pelo grupo terrorista, que foi classificada como “violação flagrante do acordo de cessar-fogo”. Segundo os israelenses, o bombardeio foi para “eliminar a ameaça”, além de “desmantelar estruturas militares usadas para atividades terroristas”.

Além do ataque, Israel suspendeu o envio de 600 caminhões, como eram previstos cessar-fogo até a retomada do acordo. A ONU havia afirmado que o fornecimento de alimentos, combustível e medicamentos haviam aumentado significativamente, após o acordo.

O acordo de cessar-fogo

O plano de cessar-fogo, que entrou em vigo no dia 10 de outubro, diz que o Hamas teria que libertar os 20 reféns vivos, além dos 28 corpos dos mortos israelenses, em troca da libertação de 2 mil prisioneiros palestinos e 150 palestinos mortos.

Até o momento, Israel confirmou a entrega dos 20 reféns vivos e a devolução de 12 corpos, que estão sendo identificados aos poucos. Ministério da Saúde de Gaza confirma a entrega de 30 corpos.

Mesmo com os constantes ataques, Israel afirma que irá retomar o cessar-fogo e que as ações foram pontuais. O próximo ponto é decidir o futuro do  governo de Gaza, a entrega dos armamentos do Hamas e o recuo dos militares israelenses no território palestino.

Israel bloqueia ajuda humanitária em Gaza após Hamas não cumprir acordo

O governo de Israel avisou a Organização das Nações Unidas (ONU), que decidiu suspender uma parte da ajuda humanitária na faixa de Gaza. A decisão ocorreu após o grupo terrorista Hamas não devolver os corpos de todos os 28 reféns mortos após o ataque de 7 de outubro de 2023.

Hamas devolveu nesta segunda-feira (13), quatro corpos de reféns, e na terça-feira (14), foram devolvidos mais quatro corpos de reféns envolvidos na guerra. O grupo se comprometeu a libertar todos os 48 reféns que estavam em Gaza, incluindo os corpos de 28 vítimas.

Ajuda humanitária é ‘bloqueada’ por Israel

Segundo informações divulgadas pela agência de notícias internacionais Reuters nesta terça-feira (14), o governo israelense permitirá apenas a entrada de 300 caminhões de ajuda humanitária, metade do que foi previamente acordado no acordo de paz proposto por Trump.

Israel também não autorizou a entrada de nenhum combustível ou gás no território de Gaza, exceto para necessidades específicas relacionadas à infraestrutura humanitária. Hamas justificou que não entregou o restante dos corpos porque não encontrou os restos mortais dos outros reféns mortos em combate.

A Turquia se comprometeu a ajudar Israel e os Estados Unidos em uma força tarefa para localizar os restos mortais que ainda faltam.



Cruz Vermelha e ONU pedem abertura de passagem

A ONU e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediram a abertura de todas as passagens para a fronteira da Faixa de Gaza para o envio de mais ajuda humanitária. O porta-voz da Cruz Vermelha, Christian Cardon destacou em uma coletiva de imprensa que ações precisam ser tomadas em caráter de urgência para salvar vidas.

O porta-voz do Escritório da ONU, Jens Laerke, destacou que a organização possui 190 mil toneladas de ajuda humanitária pronta para ser entregue, mas que precisa do aval das autoridades israelenses para chegar ao local e fazer a distribuição necessária.

Autoridades israelenses confirmaram que o país vai manter fechada a passagem de Rafah. A região é a principal porta de entrada de ajuda humanitária no sul do território palestino. A Reuters informou que essa passagem vai permanecer fechada até quarta-feira (15). As autoridades israelenses não informaram por quanto tempo essa medida vai durar.

Ex-refém Israelense reencontra família após ser libertado pelo Hamas

Nesta segunda-feira (13), Omri Miran e mais 19 pessoas foram libertadas pelo grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza. Omri havia sido sequestrado pelo grupo no dia 7 de outubro de 2023, exatos dois anos atrás e desde então estava em cativeiro. Após ter a sua liberdade, as Forças de Defesa de Israel divulgaram um vídeo mostrando o reencontro com a família após ficar muito tempo preso e longe de seus entes queridos.

Libertação e confronto de emoções

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o instante exato em que um refém israelense, libertado por forças do Hamas, retorna ao lar e se reencontra com sua família. A cena é carregada de emoção: no momento em que o portão se abre, o refém entra e abraça parentes que aguardavam ansiosos. Lágrimas, expressões de surpresa e alegria marcam cada segundo do reencontro.


Momento do reencontro do Omri Miran com a família (Vídeo: reprodução/YouTube/@nypost)

O contexto do sequestro

O refém havia sido mantido em cativeiro por meses em território controlado pelo Hamas. A libertação ocorreu depois de negociações diplomáticas acompanhadas por agências internacionais. A condição física e emocional da pessoa demonstrava desgaste, mas o momento de volta à liberdade trouxe alívio e alento para sua família e comunidade. Não só Omri, mas as outras 19 pessoas libertadas também terão o privilégio deste momento especial com suas famílias.

Impacto social e repercussão

O vídeo viralizou rapidamente, servindo como símbolo de esperança em meio ao conflito contínuo entre Israel e grupos palestinos. Organizações humanitárias que observam a guerra comentam que reencontros como esse humanizam a guerra e mostram que, além de estratégias militares, há vidas diretamente afetadas.

O simbolismo do instante

Para muitos que assistem ao vídeo, a cena não representa apenas um ato de liberdade, mas de resistência. O refém retorna vivo, apesar de violências, e abraça o futuro incerto, enquanto a família reafirma que, mesmo em meio ao caos, o vínculo humano e o amor resistem.

Hamas liberta 20 reféns israelenses em Gaza

Após mais de 700 dias mantidos em cativeiro, em Gaza, os 20 israelenses vivos foram libertados na madrugada desta segunda-feira (13). Os outros 28 reféns ainda em solo palestino estão mortos, confirma Israel.

O plano de paz proposto por Donald Trump, para acabar com a guerra, foi anunciado na última quarta-feira (8), quando o Hamas concordou em libertar todos os reféns vivos e devolver os restos mortais das vítimas já falecidas. O grupo terrorista tinha até as 6h (de Brasília) para libertar todos os 48 reféns, mas pediu mais tempo para localizar todos os 28 corpos já mortos e contará com a ajuda da Turquia, que fará uma força-tarefa para ajudar a encontrar  os restos mortais das vítimas em Gaza.

Plano para encerrar a guerra

Foi iniciado a primeira parte do acordo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que conta com o apoio do Egito, Catar e da Turquia. Este ponto conta com a libertação de todos os reféns israelenses sob o domínio do Hamas e também conta com o fim dos ataques à Gaza, com o recuo gradual das tropas militares de Israel.

Israel iniciou a libertação de quase 2 mil palestinos que estavam detidos, incluindo os prisioneiros condenados à prisão perpétua. Todos estão sendo levados para a cidade de Ramallah, na Cisjordânia, onde fica a sede da Autoridade Palestina.


Hamas liberta os 20 reféns israelenses vivos (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A próxima parte do acordo ainda não está definido

A próxima etapa ainda está em negociação, pois Israel quer a garantia de que o Hamas entregue todas as suas armas, e o grupo palestino quer que Israel retire suas tropas por completo e que não tenha a permissão de realizar novos ataques. Também é preciso definir como será feito a transição do governo na Faixa de Gaza, já que o Hamas ainda não aceitou a ideia de um governo estrangeiro temporário e Israel não quer que o local seja dominado pelo grupo terrorista e nem pela Autoridade Palestina.

Palestinos retornam ao norte de Gaza após cessar-fogo

Milhares de palestinos começaram a voltar para o norte da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (10), após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas. A trégua foi ratificada durante a madrugada pelo governo israelense e marca o início da retirada parcial das tropas do território, encerrando dois anos de conflito.

Um grande número de pessoas foi visto caminhando em meio à poeira em direção à Cidade de Gaza, principal centro urbano da região, que sofreu fortes bombardeios nos últimos dias. A maior parte da população havia se deslocado para o sul durante as ofensivas militares israelenses. 

Cessar-fogo e libertação de reféns

O Exército israelense confirmou que o cessar-fogo começou ao meio-dia, no horário local, e que as tropas estão se posicionando ao longo das novas linhas de implantação. O acordo prevê a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas em até 72 horas, em troca da soltura de centenas de prisioneiros palestinos.

Na primeira fase do plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prevista a retirada das tropas israelenses de regiões urbanas estratégicas da Faixa de Gaza, ainda que mais da metade do território permaneça sob domínio de Israel.

Com o início da implementação do acordo, comboios com alimentos e suprimentos médicos devem entrar na região para atender a população civil, que em grande parte vive em tendas após a destruição de cidades inteiras pelos bombardeios israelenses.



Retirada e tensões persistentes

As tropas israelenses recuaram e agora ocupam cerca de 53% do território palestino, uma redução em relação aos 75% controlados antes do cessar-fogo. Cidades como Khan Younis e a própria Cidade de Gaza foram desocupadas, mas continuam sob vigilância militar.

Em pronunciamento, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que as forças permanecerão prontas para agir e reafirmou o compromisso de “cercar e desarmar o Hamas”, ainda que “pela maneira difícil”.

Apesar do anúncio de trégua, a agência Reuters registrou bombardeios na faixa central de Gaza cerca de uma hora após o início do cessar-fogo. Vídeos mostram colunas de fumaça no céu, mas ainda não há informações sobre vítimas. Até o momento, o governo de Israel não se pronunciou sobre o assunto.

Brasil elogia cessar fogo entre Israel e Hamas e destaca atuação dos EUA

Por meio de uma nota do Itamaraty, o governo federal brasileiro saudou nesta quinta-feira (09), o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Hamas, e destacou os esforços dos EUA e de países mediadores que atuaram em conjunto para um acordo de paz para acabar com a guerra.

Em comunicado, o governo disse: “O governo brasileiro saúda o anúncio de acordo entre Israel e o Hamas para novo cessar-fogo na Faixa de Gaza, no Estado da Palestina, por meio da implementação da primeira fase de plano para pôr fim ao conflito, transcorridos dois anos de seu início”.

Anúncio de cessar fogo

A confirmação de um  cessar-fogo foi anunciado por Israel e o grupo Hamas na última quarta-feira (08), um acordo de paz, intermediado pelos EUA.

O governo americano exigiu que o grupo Hamas liberte todos os reféns detidos desde 7 de outubro de 2023 e que todos os armamentos sejam retirados da faixa de Gaza.

O acordo de paz proposto pelo presidente Donald Trump pressionou Israel e o grupo Hamas a aceitar os termos de uma guerra que já deixou 67 mil mortos e quase 170 mil feridos e tirou milhares de palestinos de seus lares.



Reação brasileira

O governo brasileiro destacou que a medida deverá garantir a liberação de todos os reféns, a troca de prisioneiros palestinos, a entrada de ajuda humanitária para os mais necessitados e a retirada das tropas israelenses na faixa de Gaza.

Em nota, o governo ainda destacou que o acordo traz esperança para criar condições políticas e pacíficas para a reconstrução imediata de Gaza, e com o apoio da comunidade internacional, e futuramente a formalização do Estado da Palestina, com o apoio da comunidade internacional.

O governo ainda finalizou destacando a importância de todas as partes cumprirem todos os termos do acordo e agirem de boa-fé para que as negociações sejam cumpridas.

Acordo de paz encerra guerra entre Israel e Hamas após dois anos de conflito

Nesta quinta-feira (09), Khalil Al-Hayya, um dos líderes do Hamas, declarou que a guerra com Israel chegou ao fim. De acordo com ele, o grupo recebeu promessas de um cessar-fogo permanente, apresentadas pelos Estados Unidos e intermediários de nações árabes.

Essa declaração surge após um período de intensas discussões sobre o plano de paz sugerido pelos EUA, que começou a ser analisado no final de setembro. Espera-se que todos os reféns que permanecem vivos sejam liberados até a próxima segunda-feira (13), enquanto membros do governo israelense se reúnem para oficializar a aprovação do acordo.

Negociações contaram com a participação de diversos mediadores

A proposta de acordo foi organizada com a mediação dos governos do Egito, Catar e Turquia, e prevê que Israel solte aproximadamente 2 mil prisioneiros palestinos, em troca da devolução de reféns, sejam eles vivos ou mortos, sequestrados durante os ataques em 2023.

Além disso, a proposta contempla a retirada das tropas israelenses de Gaza, a interrupção dos bombardeios e um aumento no envio de assistência humanitária, incluindo alimentos, água e medicamentos. A mídia internacional indica que o cessar-fogo deverá ser iniciado em até 24 horas depois da validação do acordo.

Dificuldades relacionadas aos corpos dos reféns falecidos

Um dos assuntos mais complicados do acordo é a devolução dos corpos dos reféns que perderam a vida durante o cativeiro. Segundo reportagens da mídia dos EUA, o Hamas declarou que não conseguiu encontrar todos os corpos das vítimas, o que pode adiar o início oficial do cessar-fogo.


Mulheres lamentando as mortes causadas pela guerra (Foto: reprodução/Said Khatib/ Getty Images Embed)

Para superar esse impasse, a Turquia anunciou a formação de uma força-tarefa internacional que irá ajudar nas buscas em várias áreas da Faixa de Gaza. O grupo conta com a participação de representantes dos Estados Unidos, Egito, Catar e Israel.

Pontos e incertezas do acordo

Apesar do anúncio do cessar-fogo, muitos aspectos do acordo ainda não foram tornados públicos. Entre esses aspectos estão a estrutura de governo em Gaza, a anistia para membros do Hamas e a desmilitarização da região.

A proposta elaborada pela Casa Branca também inclui a formação de um governo palestino provisório, composto por um comitê técnico e sem vínculos políticos, até que o poder seja transferido para a Autoridade Palestina  sob a condição de que reformas internas sejam realizadas.

De acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o plano representa “os primeiros passos para a paz duradoura” na região do Oriente Médio. Através de uma plataforma de redes sociais, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu celebrou o acordo, referindo-se a ele como uma “vitória moral e diplomática” para o país.

Israel e Hamas anunciam acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA

Israel e o grupo Hamas formalizaram na última quarta-feira (8) um acordo de trégua intermediado pelos Estados Unidos, segundo informações divulgadas pelo presidente Donald Trump em suas redes sociais e confirmadas por mediadores envolvidos nas negociações. O presidente norte-americano declarou que a primeira etapa do plano de paz foi aceita por ambas as partes e que todos os reféns detidos pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023 em Gaza serão libertos.

De acordo com autoridades israelenses, ainda permanecem 48 reféns sob custódia do Hamas, sendo 20 deles vivos. A proposta da Casa Branca, apresentada em setembro, estipulava um prazo de 72 horas para a liberação completa das vítimas. Um porta-voz do governo de Israel afirmou que espera iniciar a libertação dos reféns a partir de sábado (11). Em contrapartida, o Hamas solicitou mais tempo para a devolução dos corpos daqueles que faleceram durante o conflito. Israel, por sua vez, deve soltar prisioneiros palestinos e reduzir gradualmente suas tropas na Faixa de Gaza, embora a posição exata das forças militares ainda não tenha sido definida. Segundo Trump, a assinatura do tratado representa o primeiro passo em direção a uma paz duradoura.

Este é um dia histórico para o mundo árabe, muçulmano, Israel, países vizinhos e para os Estados Unidos da América“, escreveu o presidente americano em suas redes sociais, destacando a justiça como princípio do acordo.

Majed Al-Ansari, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, afirmou que o acordo contempla todos os mecanismos necessários para implementar a primeira fase do cessar-fogo, permitindo o fim imediato das hostilidades e a chegada de ajuda humanitária a Gaza. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, celebrou a assinatura do tratado, ressaltando a importância da libertação dos reféns e anunciando reunião com sua equipe de governo na quinta-feira (9) para validação interna do acordo.

Um dia significativo para Israel, um triunfo diplomático e moral“, declarou Netanyahu. “Agradeço aos corajosos soldados das Forças de Defesa de Israel e a todas as equipes de segurança. Graças à dedicação e ao sacrifício deles, conseguimos alcançar este momento. Com a ajuda de Deus, seguiremos avançando em direção à paz e ao cumprimento de nossos objetivos.”

O Hamas, em nota oficial, elogiou o papel de Catar, Egito e Turquia na mediação do cessar-fogo e agradeceu os esforços de Trump para encerrar o conflito. O grupo reforçou a exigência de que os países garantidores assegurem o cumprimento integral do tratado por Israel, sem atrasos na implementação dos acordos.

As concessões e sacrifícios do nosso povo não serão desperdiçados. Permaneceremos firmes em nossas promessas, defendendo os direitos nacionais até conquistar liberdade, independência e autodeterminação“, afirmou o grupo.

O conflito teve início em 7 de outubro de 2023, quando ataques do Hamas resultaram na morte de mais de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 reféns. Desde então, mais de 60 mil palestinos morreram em Gaza, segundo dados divulgados por autoridades ligadas ao Hamas. Ao longo do embate, dois acordos de trégua anteriores foram firmados, um no final de 2023 e outro no início deste ano, ambos de curta duração, sem encerrar efetivamente os combates.

Estrutura e detalhes do plano de paz

O plano de 20 pontos divulgados pela Casa Branca em setembro prevê a Faixa de Gaza como área livre de milícias e grupos armados. A primeira fase do acordo ainda carece de detalhes oficiais, incluindo se todos os itens da proposta foram aceitos. Segundo o documento, membros do Hamas poderiam receber anistia desde que entregassem armas e se comprometessem com a convivência pacífica, sem participar do governo local.

Gaza seria administrada temporariamente por um comitê palestino técnico e neutro, supervisionado pelo “Conselho da Paz”, liderado por Trump, responsável pela gestão dos serviços públicos e pela reconstrução da região. O Hamas e demais facções ficariam impedidos de ocupar cargos no governo, direta ou indiretamente, e a administração futura seria transferida para a Autoridade Palestina, condicionada a reformas internas.


Palestinos celebram anúncio do cessar-fogo entre Israel e Hamas, marcando o início de uma trégua mediada pelos Estados Unidos (Foto: Reprodução/Moiz Salhi/Anadolu/Getty Images Embed)

O plano ainda inclui pacotes econômicos e de desenvolvimento, supervisionados por especialistas internacionais que já trabalharam na construção de cidades no Oriente Médio. Em relação à segurança, Gaza passaria por desmilitarização completa, com destruição de toda infraestrutura bélica, criação de perímetro de segurança e supervisão de monitores independentes. A Força Internacional de Estabilização (ISF) seria responsável por treinar a nova polícia Palestina, enquanto as Forças de Defesa de Israel se retirariam gradualmente.

Possibilidade de Estado palestino

Embora o tratado seja vago quanto à criação imediata de um Estado palestino, a proposta norte-americana indica que isso poderia ocorrer futuramente, dependendo da reconstrução de Gaza e de reformas na Autoridade Palestina. Reconhecimentos recentes do Estado palestino por aliados dos EUA foram criticados por Trump e pelo governo israelense, que os consideram uma recompensa ao terrorismo.

A solução de dois Estados, com Israel e Palestina coexistindo pacificamente, é considerada pela comunidade internacional como a única alternativa para uma paz duradoura, embora setores do governo de Netanyahu ainda rejeitem a proposta.

Israel e Hamas avançam em negociações, Casa Branca exige rapidez

As negociações entre Israel e o grupo Hamas registraram avanços significativos nas últimas horas, segundo diplomatas que acompanham o processo no Egito. Mediadas por representantes do Catar e dos Estados Unidos, as conversas buscam estabelecer um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza, além de um plano concreto para reconstrução do território devastado. A Casa Branca, por sua vez, tem pressionado por agilidade nas tratativas, afirmando que cada dia sem acordo representa novas perdas humanas e o agravamento da crise humanitária.

Discussões avançam, mas impasses persistem

Fontes ligadas às negociações afirmam que os diálogos se concentram em pontos considerados sensíveis, como a retirada gradual das tropas israelenses, a entrada irrestrita de ajuda humanitária e o retorno das famílias palestinas deslocadas. O Hamas insiste em garantias internacionais de que o cessar-fogo seja definitivo, e não apenas uma trégua temporária. Já o governo israelense quer assegurar mecanismos de segurança que impeçam novos ataques vindos da Faixa de Gaza.

A proposta em análise também inclui a criação de corredores humanitários monitorados pela ONU, além do acesso a suprimentos médicos e energia elétrica para hospitais locais. Especialistas em política internacional avaliam que, embora o clima seja mais favorável do que em meses anteriores, o avanço depende de concessões mútuas.


Bandeira israelense perto de prédios destruídos dentro da Faixa de Gaza (Foto: reprodução/JACK GUEZ/Getty Images Embed)

Pressão global e expectativas crescentes

O governo dos Estados Unidos tem atuado de forma direta, tanto nos bastidores quanto publicamente. O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, reforçou que “a paciência da comunidade internacional está se esgotando” e que a prioridade deve ser a proteção de civis. A secretária de Estado também sinalizou que Washington pretende manter contato diário com as delegações até o fechamento do texto final.

Enquanto isso, o Egito tenta garantir que o acordo contemple medidas práticas de reconstrução, incluindo investimentos internacionais e fiscalização contínua. A expectativa é que um anúncio oficial possa ser feito nos próximos dias, mas diplomatas evitam confirmar prazos. Caso o acordo seja firmado, representará o passo mais concreto rumo à paz desde o início do conflito em 2023.

Consequências de uma guerra prolongada

O conflito entre Israel e Hamas já ultrapassa dois anos, deixando milhares de mortos e milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade extrema. Grande parte da infraestrutura da Faixa de Gaza — como escolas, hospitais e sistemas de energia — foi destruída, tornando a vida na região praticamente insustentável. Organizações humanitárias alertam que uma nova escalada pode levar o sistema de saúde ao colapso total.

Por outro lado, analistas ressaltam que um cessar-fogo duradouro exigirá mais do que diplomacia: será preciso reconstruir a confiança entre os lados e garantir compromissos verificáveis de ambas as partes. A comunidade internacional acompanha de perto, com a esperança de que o Cairo seja o ponto de virada em um dos conflitos mais prolongados e devastadores do século.

Israel e Hamas negociam acordo de paz sob pressão de Trump

Israel e Hamas retomaram nesta terça-feira (07), as negociações para um acordo de paz na faixa de Gaza sob pressão do governo Trump.

Hoje aconteceu no Egito diversas homenagens prestadas no Estado judeu aos mortos no atentado de 7 de outubro, representantes do governo egípcio afirmaram que as equipes trabalham atualmente para estabelecer um mecanismo de segurança que o plano seja executado pelos dois países envolvidos no conflito na faixa de Gaza.

Intervenção americana

O plano para a pacificação foi sugerido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e aceito pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

O acordo inclui termos e obrigações para o fim da guerra entre Israel e o Hamas, a liberação dos reféns e a retirada das tropas do local.

A decisão sobre o que vai acontecer em um pós-guerra nessa região seria a institucionalização da faixa de Gaza em um território palestino, ou seja, o governo americano daria autonomia para a Palestina se tornar um país independente, mas com a supervisão de um “conselho da paz” comandado por Trump para evitar novos confrontos.

Hamas disse em comunicado que aceitou o acordo americano e que libertará todos os reféns vivos da faixa de Gaza, inclusive os corpos dos mortos, mas disse que gostaria de participar das discussões e debates do que aconteceria com a faixa de Gaza após a guerra.



As negociações indiretas começaram na segunda-feira, na cidade de Sharm el-Sheikh, no Golfo de Aqba. Autoridades do Egito e Catar atuam para ajudar no diálogo entre as partes rivais, enquanto esperam a chegada da delegação de Trump na quarta-feira (8).

Entre os principais pontos discutidos pelas delegações são: A ajuda humanitária por meio dos canais da ONU; a distribuição de itens essenciais; o mecanismo de segurança para retirada das tropas israelenses; e a liberação dos reféns israelenses.

Conflito se aproxima do fim

O porta-voz do grupo Hamas, Fawzi Barhum, afirmou que: “tenta superar todos os obstáculos para alcançar um acordo que atenda às aspirações do nosso povo em Gaza”. O povo palestino teme que o grupo aja em benefício próprio e esqueça principalmente dos desejos do povo ao tomar frente das negociações.

Segundo fontes ligadas a BBC, o fim da guerra e das negociações está próximo, os mediadores do conflito entraram em um consenso e o resultado irá surpreender o mundo positivamente.

O conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza começou em outubro de 2023, após o ataque terrorista do grupo palestino em território israelense deixar mais de 1.200 mortos e cerca aproximadamente de 250 serem levados como reféns.

A guerra já deixou mais de 67 mil mortos e quase 170 mil feridos e tirou milhares de palestinos forçados de seus lares.