Justiça dos EUA define libertação de Sean Diddy para maio de 2028

Nesta segunda-feira (27), o Departamento Federal de Prisões dos Estados Unidos anunciou que o rapper Sean Diddy Combs poderá ser libertado da prisão em 8 de maio de 2028, caso mantenha bom comportamento. O artista cumpre uma pena de 50 meses de reclusão após ser condenado, em julho de 2024, por transporte para fins de prostituição.

Preso desde setembro de 2024, o músico já cumpriu pouco mais de um ano da sentença e permanece em uma penitenciária federal de segurança média. O cálculo da data de liberação leva em conta a legislação americana, que permite redução de pena por boa conduta e participação em programas de trabalho ou educação oferecidos dentro das prisões.

De acordo com autoridades do sistema prisional, Diddy não apresentou infrações disciplinares e tem mantido comportamento cooperativo. Essa postura pode garantir a liberação antecipada e evitar sanções adicionais, caso ele mantenha o mesmo histórico até o fim da pena.

Defesa aguarda decisão sobre recurso

Fontes ouvidas pelo site Deadline afirmam que a data de soltura depende de uma série de revisões internas e pode mudar caso o tribunal acate o recurso apresentado pela defesa. Os advogados do rapper afirmam que o julgamento teve irregularidades e que a condenação foi baseada em interpretações exageradas das provas apresentadas.


Sean Diddy espera por recurso (foto: reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed)

A promotoria, por outro lado, sustenta que as investigações comprovaram o envolvimento do artista em logística e transporte de mulheres para eventos com fins de prostituição. Ainda segundo o Ministério Público, a pena de 50 meses é uma medida proporcional e adequada.

Rapper foi condenado por duas acusações

Durante o julgamento de 2024 ,Diddy foi considerado culpado em duas das cinco acusações apresentadas. Ele foi condenado por transporte para fins de prostituição, mas absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão.

A pena máxima poderia chegar a 20 anos de prisão, mas o tribunal optou por uma sentença menor. O governo americano havia recomendado 135 meses de prisão, enquanto a defesa pedia 14 meses. O juiz fixou o prazo em 50 meses, equilibrando os pedidos.

Carreira e impacto da prisão

Figura central do hip-hop dos anos 1990, ele foi responsável por lançar grandes nomes da música americana, como The Notorious B.I.G. e Faith Evans. Além de produtor e empresário, ele acumulou fortuna com marcas de roupas e bebidas.

Com a prisão, diversos contratos publicitários foram encerrados, e sua gravadora perdeu parcerias importantes. O caso reacendeu discussões sobre a relação entre fama, poder e impunidade no cenário artístico norte-americano. A previsão de saída em 2028 deve marcar o início de uma nova fase na trajetória do rapper, que tenta reconstruir sua imagem pública após as acusações.

Juiz destaca poder de Diddy para manter abusos e aplica pena de quatro anos

Sean “Diddy” Combs enfrentará mais de quatro anos atrás das grades após ser condenado a 50 meses de prisão por duas acusações relacionadas ao transporte para fins de prostituição. O veredito marca um dos capítulos mais graves da trajetória do produtor musical, que já vinha sendo alvo de investigações e polêmicas recentes envolvendo sua vida pessoal e profissional.

Além da pena de prisão, o juiz Arun Subramanian aplicou uma multa de US$ 500 mil, valor máximo permitido pela lei nesse caso. A quantia representa não apenas uma sanção financeira, mas também um símbolo da postura rigorosa do tribunal diante das acusações.

Juiz avalia conduta de Diddy

Ao anunciar a sentença, o juiz Arun Subramanian destacou a gravidade das ações cometidas por Sean “Diddy”, classificando-as como ofensas que deixaram marcas permanentes em duas mulheres. Segundo o magistrado, os crimes não foram episódios isolados, mas sim um padrão de conduta que se estendeu por mais de uma década, sustentado pelo poder e pelos recursos do artista.

Para Subramanian, essa realidade evidencia não apenas a dimensão do abuso, mas também como a influência e o prestígio de Combs permitiram que tais práticas. A fala do juiz reforçou a necessidade de responsabilização exemplar, destacando que o tribunal não tem plena confiança de que, em liberdade, o réu não voltaria a reincidir.


O rapper Sean "Diddy" condenado (Foto: reprodução/Instagram/@lorenamagazine)

O processo de definição da pena foi marcado por divergências entre acusação, defesa e o departamento de liberdade condicional. Enquanto os promotores federais defendiam uma condenação superior a 11 anos de prisão, como forma de estabelecer um precedente mais rigoroso, os advogados de Combs pediam apenas 14 meses, incluindo o tempo já cumprido, o que poderia resultar em sua libertação imediata.

Já o relatório do departamento de liberdade condicional recomendava um período entre 70 e 87 meses. Diante desse impasse, Subramanian optou por uma decisão fixando a pena em 50 meses e acrescentando uma multa.

Justiça nega fiança e mantém Diddy detido desde 2024

Preso desde setembro de 2024, Diddy teve todos os seus pedidos de liberdade sob fiança negados pela Justiça americana, permanecendo detido até a audiência final. O caso, acompanhado de perto pela imprensa, expôs tanto a gravidade das acusações quanto a resistência da Justiça em flexibilizar as condições diante do histórico apresentado.

No momento de falar ao tribunal, o rapper tentou demonstrar arrependimento, dizendo que “as pessoas podem mudar” e que ele próprio teria mudado. Segundo Diddy, experiências difíceis o abalaram de tal forma que transformaram sua trajetória “para melhor”. Ainda assim, o juiz destacou que somente o cumprimento da pena mostrará se essa mudança é genuína, reforçando o caráter de responsabilização da sentença.

Promotores pedem que pena de P.Diddy chegue a mais de 11 anos de prisão

O magnata do hip-hop Sean “Diddy” Combs, 55 anos, será sentenciado nesta sexta-feira em Manhattan. ​Em 2 de julho, após um julgamento de dois meses, um júri considerou Combs culpado por duas acusações de transporte de prostitutos masculinos entre estados. Segundo os promotores, o objetivo era fazê-los participar de encontros sexuais com suas namoradas, muitas vezes regados a drogas, enquanto Diddy assistia e gravava.

​Embora o júri o tenha absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e extorsão (que poderiam resultar em prisão perpétua), Combs ainda pode pegar uma pena máxima de até 20 anos. Ele se declarou inocente e deve recorrer.

​Promotores vs defesa

​O pedido dos promotores de mais de 11 anos é o ponto de partida para a condenação. No entanto, a defesa de Diddy luta por um desfecho muito mais rápido.

​Os advogados de Combs solicitaram na semana passada uma pena de apenas 14 meses de prisão. O argumento central é que o juiz Arun Subramanian não deveria considerar no cálculo da pena as provas de abusos contra as ex-namoradas, já que o júri o absolveu das acusações de coagi-las sexualmente.

​Se o juiz aceitar a sugestão da defesa, Combs poderia ser libertado até o final do ano. Isso porque ele teria o benefício do tempo já cumprido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, desde que foi preso em setembro de 2024.


Sean 'Diddy' Combs (Foto: reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed)

Pontos de tensão no julgamento

​Durante o julgamento de Diddy, a questão da coerção por parte dele foi central. Promotores apresentaram depoimentos de ex-namoradas que alegaram que Combs as agrediu fisicamente e as ameaçou financeiramente caso recusassem participar dos “Freak Offs” (os encontros sexuais).

​Mas a defesa conseguiu convencer o júri a separar a alegada “violência doméstica” das acusações de tráfico sexual e extorsão. Essa estratégia resultou na absolvição de Diddy das acusações mais graves, mas a condenação por transporte de prostitutos se manteve.

​A decisão de sexta-feira definirá se o fundador da Bad Boy Records, que popularizou o hip-hop, passará mais de uma década na prisão ou será libertado em meses.

 

Advogada de Diddy confirma conversas com governo Trump sobre perdão presidencial

A advogada Nicole Westmoreland, da equipe de defesa do rapper Sean “Diddy” Combs, confirmou à CNN que conversou com o governo de Donald Trump sobre a possibilidade de um perdão presidencial para seu cliente. Combs foi condenado em  2 de julho de 2025 por transporte de pessoas para fins de prostituição, embora tenha sido absolvido de acusações mais graves de tráfico sexual.

Trump já havia levantado a possibilidade de perdão antes da condenação de Combs, durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval, em maio de 2025. A menção ao perdão foi interpretada como uma resposta às pressões de aliados do rapper, que já naquela época buscavam apoio para sua causa, e continuam, enquanto a sentença dele se aproxima.

Defesa busca clemência após condenação parcial

A condenação mantém o rapper detido desde setembro de 2024. A defesa, que já se considera vitoriosa por ter obtido a absolvição das acusações mais graves, tenta agora garantir a liberdade de Combs.


Nicole Westmoreland, advogada de Sean "Diddy" Combs, após a audiência de fiança (Foto: reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed)

Nicole Westmoreland declarou que a equipe está “muito esperançosa” e “otimista” sobre um perdão presidencial, que poderia extinguir os efeitos penais da condenação e libertá-lo imediatamente. No entanto, os advogados principais de Combs têm mantido silêncio sobre o assunto.

Relação com Trump

A busca por um perdão presidencial coloca em evidência a complexa relação entre Combs e Trump. Antigos amigos, o relacionamento azedou quando Combs apoiou Joe Biden em 2020. Apesar disso, o presidente se mostrou disposto a considerar um perdão, afirmando que analisaria o caso se achasse que Combs foi tratado de forma injusta. A pressão sobre a Casa Branca tem sido constante, com aliados do rapper se aproximando de figuras próximas a Trump.


50 Cent em imagem de IA ao lado de Trump com a legenda ironizando o pedido de perdão de Combs (Foto: reprodução/Instagram/@50cent)

Um perdão poderia ser visto como uma manobra política de Trump, que já usou a prerrogativa para beneficiar aliados e celebridades no passado. Com sua rivalidade de longa data com Diddy já sendo de conhecimento público, o rapper 50 Cent criticou a situação e se posicionou contra a possibilidade. Ele está produzindo uma série documental na Netflix sobre as acusações contra Combs e prometeu doar os lucros obtidos às vítimas de abuso sexual. A Casa Branca, por sua vez, tem se mantido reservada, afirmando que não comentará o caso. O julgamento de Combs está marcado para 3 de outubro de 2025. A decisão de Trump sobre um possível perdão, caso aconteça, só será confirmada com a assinatura do documento.

Juíz nega fiança de Diddy após ser considerado culpado

Depois de ser considerado culpado em duas acusações das cinco que enfrenta, Sean Diddy teve fiança negada pela justiça dos Estados Unidos na última quarta-feira (2). A defesa de Diddy havia pedido a soltura em meio a pagamento de fiança de US$ 1 milhão (mais ou menos 5,5 milhões de reais), mas o juíz do caso, Arun Subramanian, rejeitou o pedido.
De acordo com a revista People o juíz negou o pedido alegando que a defesa não conseguiu comprovar que Diddy não representa um risco para a sociedade. Caso repercute mundialmente, e levou fãs a manifestarem na porta do tribunal.

Julgamento, absolvição e comemorações

O julgamento do rapper aconteceu em Nova York envolvendo depoimentos, vídeos e imagens explícitas. Por decisão do tribunal, Diddy foi absolvido de acusações mais graves como tráfico sexual e conspiração para extorsão, mas ele recebeu duas acusações e foi condenado por transportes usados para fins de prostituição.
Mesmo com as conquistas de absolvições parciais no julgamento, o artista permanece detido. A espera da determinação final da sentença, Diddy pode receber até 20 anos de prisão com a decisão judicial.
De acordo com a CNN, rapper comemorou com alívio a absolvição das acusações mais rigorosas. Relatos dizem que ele se ajoelhou em oração diante a cadeira do tribunal, e ainda trocou olhares emocionados a mãe e a irmã, presentes no julgamento, além de receber aplausos do público.
Fãs do cantor também se manifestaram em comemoração, na porta do tribunal eles usavam óleo de bebê, que ganhou novo significado no caso. Diversas testemunhas disseram que óleo de bebê era usados nas festas privadas do rapper para fins de práticas sexuais.

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Sean Diddy (Foto: reprodução/ShareifZiyadat/GettyImagesEmbed)

Acusações e seus pareceres

O rapper conhecido como P. Diddy recebeu cinco acusações em seu julgamento. As três às quais ele foi absolvido foram de conspiração a extorsão, por administrar sua empresa de modo criminoso, dando acesso ao tráfico sexual, coerção, distribuição de drogas e violência que poderia levar a prisão perpétua.
A segunda acusação foi de tráfico sexual usando força, fraude e coerção, acusado pela ex-namorada Cassie Ventura, ele foi inocentado e prisão poderia chegar a 15 anos, essa também foi a acusação do terceiro caso em que foi inocentado agora envolvendo Jane, nome divulgado pela ex-namorada que preferiu depor anonimamente, e prisão poderia ser perpétua.
Já as duas acusações a qual foi condenado seguem as acusações de transporte para fins de prostituição, que também envolvia Cassie, e pode levar a 10 anos de prisão e outro que envolvia Jane e pode levar a mais 10 anos, totalizando 20 anos de prisão.

P. “Diddy” deixa mensagem emotiva à mãe dia antes do veredito

Sean “Diddy” Combs enfrentou, nesta terça-feira (2), o último dia do julgamento em que responde por cinco acusações. No entanto, um momento específico chamou a atenção: o rapper se aproximou da mãe, Janice Combs, antes de deixar o tribunal. Pouco antes de sair da sala, ele sussurrou algo para os seis filhos, que estavam sentados na fileira de trás — o conteúdo não foi compreendido — e, em seguida, dirigiu-se brevemente à mãe.

A mensagem de Sean

O magnata foi notado enquanto falava com sua mãe Janice, de 84 anos, dentro do Tribunal Daniel Patrick Moynihan U.S. “Relexa, eu vou ficar bem. Eu te amo,” afirmou Sean, enquanto batia no próprio peito, como noticiado através da ‘CNN’. Janice já havia se aberto sobre suas sensações em relação às acusações contra seu filho.

É de partir o coração ver meu filho julgado não pela verdade, mas por uma narrativa criada a partir de mentiras. Testemunhar o que parece ser um linchamento público do meu filho antes que ele tenha oportunidade de provar sua inocência é uma dor insuportável demais para ser expressa em palavras.”, escreveu ela em uma declaração à “People” em outubro.


Esboço da reação de P.Diddy no tribunal (Vídeo: reprodução/YouTube/@AssociatedPress)

O júri iniciou as deliberações na segunda-feira (30), após a acusação e a defesa apresentarem suas alegações finais na semana passada. Diddy enfrentou 5 acusações, sendo elas: uma de conspiração para extorsão, duas de tráfico sexual e duas de transporte para prostituição, e se autodeclarou inocente em cada uma delas, negando todas as alegações contra ele.

O veredito

Após sete semanas de julgamento, o júri informou ter chegado a um veredito sobre a segunda, terceira, quarta e quinta acusações, mas ainda tinha dúvidas em relação à primeira — conspiração para extorsão. Em relação à quinta acusação, o júri indicou, nesta terça-feira (1), que não conseguiria chegar a um consenso. As deliberações do júri permaneceram confidenciais, pois o juiz determinou que os jurados continuassem discutindo o caso diante da falta de unanimidade. “Eu recebi a nota de vocês sobre terem chegado a um comum acordo de 2 a 5 acusações, mas não a primeira. E eu peço desta vez para continuarem discutindo”, disse o juíz Arun Subramanian.

O júri ficou marcado para retornar na manhã desta quarta-feira (2) para concluir a deliberação, de acordo com “ABC News”, trazendo assim uma resposta conclusiva para o julgamento escandaloso que abalou a indústria musical em 5 de maio.

“Diddy” é considerado culpado em duas das cinco acusações

Após semanas de um julgamento intenso e amplamente noticiado, Sean “Diddy” Combs, o lendário magnata do hip-hop, foi considerado culpado em duas das cinco acusações que pesavam contra ele. Este desfecho, embora o absolva dos crimes mais severos, ainda representa um golpe significativo para sua carreira e imagem. As acusações iniciais contra Diddy incluíam conspiração para extorsão, duas acusações de tráfico sexual por força, fraude ou coerção, e duas acusações de transporte para fins de prostituição.

Entenda o veredito misto

O júri, composto por oito homens e quatro mulheres, deliberou por dias antes de anunciar seu veredito. Diddy foi considerado culpado em:

Transporte para fins de prostituição (referente a Cassandra Ventura): essa acusação se baseia em alegações de que Combs transportou sua ex-namorada, Cassie Ventura, através de fronteiras estaduais ou internacionais para fins de prostituição. A pena máxima para essa acusação é de 10 anos de prisão.

Transporte para fins de prostituição (referente a uma segunda vítima, conhecida como “Jane”): similar à acusação anterior, esta envolveu o transporte de outra mulher para os mesmos fins. A pena máxima para esta acusação também é de 10 anos de prisão.

Por outro lado, Diddy foi absolvido das três acusações mais graves:

Conspiração para extorsão (Racketeering Conspiracy): esta era a acusação mais abrangente e complexa, alegando que Combs operava uma “empresa criminosa” que utilizava para cometer crimes como sequestro, incêndio criminoso e suborno, além de tráfico sexual. A pena máxima para esta acusação era de prisão perpétua.

Tráfico sexual por força, fraude ou coerção (referente a Cassandra Ventura): esta acusação implicava que Combs forçou ou coagiu Cassie Ventura a atividades sexuais. A pena para essa acusação tinha um mínimo obrigatório de 15 anos e máximo de prisão perpétua.

Tráfico sexual por força, fraude ou coerção (referente a “Jane”): similar à acusação anterior, também com pena mínima de 15 anos e máximo de prisão perpétua.



Sean Diddy é absolvido em três de cinco acusações criminais (Foto: reprodução/X/@AP4Liberty)

Futuro ainda incerto

Apesar de não ter sido condenado pelas acusações que poderiam resultar em prisão perpétua, as duas condenações por transporte para fins de prostituição significam que Sean Combs ainda pode enfrentar até 20 anos de prisão (somando as penas máximas de 10 anos para cada acusação). A sentença final será determinada pelo juiz, levando em conta diversos fatores.

Julgamento de Diddy trava em acusação grave e mantém desfecho indefinido

O rapper Diddy enfrentou nesta terça-feira (01), a última etapa de seu julgamento federal, envolvendo acusações de violência sexual, coerção psicológica, trafico sexual e abusos facilitados por influência de drogas contra supostas vítimas.

O caso, que invoca a Lei RICO, promotores incluíram depoimentos de testemunhas, evidências como provas em vídeo, enquanto o júri permanece dividido quanto à acusação mais grave, deixando o resultado sem um veredito final no momento.

Impasse no júri dificulta desfecho do caso

Nesta terça-feira (01), O julgamento criminal do magnata do hip-hop Sean “Diddy” Combs chegou a um momento de incerteza. Apesar de terem decidido sobre as quatro decisões das cinco acusações contra o rapper, os jurados não conseguiram um acordo unanime sobre a acusação mais grave: conspiração para cometer extorsão.

No tribunal federal de Manhattan, o júri relatou este divido. Parte dos jurados não consegue chegar a um acordo sobre Combs ter liderado uma rede criminosa, um ponto-chave da acusação baseada sob a Lei RICO, uma lei voltada originalmente para desmantelar o crime organizado. Segundo a promotoria, Diddy teria chefiado uma estrutura coordenada envolvendo seguranças e funcionários próximos que ajudaram a intimidar, manipular e abusar de mulheres ao longo de vários anos.

O juiz responsável do caso, Arun Subramanian foi informado sobre o impasse. Apesar da falta de consenso, tanto a equipe de acusação quanto a defesa pediram que o júri continuasse deliberando na tentativa de chegar a um veredito unânime. O juiz ainda analisa se aceita um veredito parcial ou exige por uma conclusão completa sobre todas as acusações.


Caso Diddy segue sem veredito final (video:reproduçao/youtube/CBS News)

Depoimentos de ex-parceiras revelam violência e coerção

Dentro do tribunal, Combs parecia visivelmente nervoso. O artista estava sentado com a postura cabisbaixa, com as mãos cruzadas, longe da imagem confiante que demonstrava no início do julgamento. Em dado momento, o dono da Bad Boy Records enxugou os olhos, um gesto que poderia indicar pressão, desgaste ou tensão emocional. No início do processo, as testemunhas principais do caso foram as ex-namoradas de Combs.

Uma delas, a cantora Cassie Ventura, detalhou os cenários de agressão sexual, manipulação emocional e abuso de drogas que a mantiveram sob domínio do Artista. Outra mulher, não identificada, que a promotoria usou o pseudônimo de “Jane”, descreveu experiências semelhantes.

Riscos legais: penas e prisão perpétua em caso de condenação

Apesar das evidências, incluindo vídeos e mensagens antigas, os advogados de P.Diddy sustentaram que todas as interações foram consensuais. Porém, segundo os promotores, os promotores argumentaram que o abuso seguia uma lógica constante, com ações intencionais e sistemáticas, orquestradas’ ao longo do tempo. Caso seja declarado culpado por conspiração sob a Lei RICO, Combs poderá pegar prisão perpétua. As outras acusações já avaliadas pelo júri acarretam penas de até 15 anos cada.

Julgamento de Diddy entra em fase de deliberação de veredito

O júri do julgamento de Sean Combs, também conhecido como Diddy, se reuniu nesta segunda-feira (30), para entrar na fase final do processo. Os jurados do caso estiveram na corte de Justiça para deliberar o veredito do artista, acusado de cometer atos de conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição.

O juiz do caso, Arun Subramanian, detalhou aos membros do júri cada uma das acusações contra Vombs, e cada jurado deverá manter uma cópia das instruções dadas ao longo dos dias que levarem para as deliberações serem concluídas.

Dúvidas sobre acusação pautam júri

Após cerca de 5 horas de deliberações, próximo ao final do primeiro dia de deliberação, o júri, em reunião privada, enviou duas notas ao juiz. A que mudou o curso da deliberação foi a segunda delas, que questiona a distribuição de substâncias controladas nas festas do rapper, no caso: se uma pessoa, a vítima neste caso, pedir substâncias controladas e outra pessoa as entregar, eles questionam se esse entregador pode ser considerado como um distribuidor.


O rapper Kid Cudi testemunhou contra Diddy (Foto: Reprodução/Instagram/@pitchfork)

Após a nota, o juiz Arun Subramanian solicitou que os promotores e advogados de defesa se reunissem e discutissem como responder à pergunta do júri, que foi dispensado pelo restante do dia.

Júri pode sofrer mudanças após nota enviada

Outra nota que impactou o caso foi enviada no começo da tarde. O bilhete foi entregue primeiro à acusação e depois ao advogado de defesa Marc Agnifilo. Nela é dito que um dos jurados pode ser impossibilitado de seguir as instruções prévias feitas pelo juiz.

Após a nota ser entregue, o juiz Arun Subramanian declarou de forma sucinta ao corpo de jurados, dizendo que “todos os jurados devem deliberar” e seguir as instruções dadas. Segundo especialistas em júris, este é um desenvolvimento significativo no caso porque a preocupação está sendo levantada muito cedo nas deliberações, o que não é comum.


 Diddy comemorou aniversário da filha em ligação na prisão (Vídeo: Reprodução/Instagram/@diddy)

O chefe do júri, na mesma nota enviada, também pediu para o juiz entrevistar o jurado nº 25 novamente. Lembrando que este não é o primeiro problema com um membro do júri, visto que no dia 16 de junho o jurado de número 6 foi demitido do júri por inconsistência em suas respostas. Os jurados planejam retornar para continuar com a deliberação às 10h de terça-feira (1), no horário de Brasília.

Caso Diddy: advogado de defesa minimiza abusos sofridos por Cassie Ventura em declaração final

O advogado de defesa do rapper P. Diddy, Marc Agnifilo, fez as declarações finais nesta sexta-feira (27), no julgamento em que o cantor responde por diversos crimes de violência sexual. Entre as vítimas, a sua ex-namorada e também cantora Cassie Ventura, forçada a se envolver sexualmente com vários homens por anos, enquanto Diddy registrava tudo para servir de chantagem.

Diddy e Cassie viviam “história de amor”

A base da argumentação de Marc durante as quatro horas de sua fala era de que Sean Combs e Cassie Ventura viviam uma “grande história de amor moderna”, e que a relação criminosa, que ele chama de “complicada”, era, na verdade, baseada no amor. O advogado ainda afirmou que Diddy deu a Cassie oportunidades para ela sair da relação, mas que não saiu porque estava “apaixonada por ele”, e que a paixão era mútua.

Apesar disso, Agnifilo reconhece o caso de violência doméstica em 2016, flagrada por câmeras de segurança do hotel, onde Diddy arrastou Cassie pelos cabelos. Sobre a agressão, justificou: “Nós somos responsáveis pela violência doméstica”, mas garantiu que seu cliente não cometeu os crimes de tráfico sexual e extorsão, e que ele vai lutar até a morte para se defender.


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Marc Agnifilo, advogado de defesa de Diddy (Reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed)

Ele alegou ainda que o término dos dois em 2018 foi uma “escolha adulta” de Cassie, e que as mensagens trocadas por ambos no dia do término eram lindas e que fariam o júri chorar de emoção.

Sobre as chamadas “freak-offs”, as festas de Diddy regadas a drogas pesadas e sexo, Agnifilo reduziu a um simples “estilo de vida swinger”, e que ambos concordavam em ter relações com múltiplos parceiros, e que todas as relações sexuais eram consentidas por todos os participantes. Sobre os vídeos que Diddy gravava de sua namorada e outras pessoas, o advogado chamou de “pornografia caseira”, e que ele não era o único homem dos Estados Unidos a fazer isso.


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Sean Combs e Cassie Ventura enquanto namoravam (Reprodução/Jeff Vespa/Ethan Miller/Getty Images Embed)

Ventura é uma “gângster”

Marc ainda chamou Ventura de “gângster”, e disse que ela era igual à Diddy. Também mencionou que o caso inteiro não é sobre crime, mas sobre dinheiro, e que Cassie e as outras vítimas querem extorquir Diddy, já que nenhuma delas denunciou à polícia. Marc Agnifilo ainda se referiu ao pedido do processo em US$ 30 milhões, e que Ventura só teria pedido esse valor “porque Sean Combs tem”. No fim, Agnifilo ainda pediu a absolvição da prisão de Diddy, pedindo que a justiça o deixe voltar à sua família.