Possibilidade de perdão a Diddy é analisada por Trump

Trump considera perdoar o rapper Diddy, condenado por transporte para fins de prostituição. Sentença sai em outubro; decisão ainda está em análise

30 jul, 2025
P. Diddy pode ser perdoado por Donald Trump | reprodução/Globoplay/Anna Moneymaker/Getty Images Embed
P. Diddy pode ser perdoado por Donald Trump | reprodução/Globoplay/Anna Moneymaker/Getty Images Embed

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está considerando seriamente conceder um perdão presidencial ao rapper SeanDiddy Combs, que enfrenta condenação por transportar pessoas para fins de prostituição. Apesar de ainda não haver uma decisão formal, a possibilidade ganhou força nos bastidores da Casa Branca, onde fontes afirmam que o caso está sendo avaliado com atenção.

Trump vai olhar os fatos

Trump admitiu publicamente que não recebeu nenhum pedido oficial para o indulto, mas reconhece que a ideia tem circulado entre aliados de Combs. Em entrevista na Casa Branca, o chefe de estado americano, afirmou que “certamente olharia os fatos se achasse que alguém foi maltratado, gostando de mim ou não”, explicando que não seria uma questão de preferência pessoal, mas de justiça.

Julgamento de Diddy

O julgamento de Diddy em Nova York teve início em maio de 2025, no Tribunal Distrital do Distrito Sul de Nova York. Em 2 de julho, o júri o absolveu de acusações graves, como tráfico sexual e conspiração de organização criminosa, mas o condenou em duas acusações de transporte para fins de prostituição, com base na Lei Mann. A pena máxima prevista por cada conduta pode chegar a até dez anos de prisão, e a sentença deverá ser oficialmente proferida em outubro de 2025.

Apesar da condenação parcial, especialistas jurídicos ressaltam que um perdão presidencial pode ser concedido a qualquer momento—mesmo antes da sentença—o que colocaria Combs em liberdade quase imediatamente. Essa possibilidade tem gerado polêmica, inclusive entre outras figuras públicas do rap. O rapper 50 Cent, por exemplo, se posicionou publicamente contra o indulto, declarando que tentará convencer Trump a não concedê-lo.

Na entrevista, Trump também afirmou que não mantém contato com Combs há anos e que o relacionamento entre eles se esfriou quando entrou na política. “Ele gostava muito de mim, mas acho que, quando me candidatei, esse relacionamento acabou”, comentou o presidente.


Entrevista de Trump falando sobre perdão presidencial a Diddy (video;reprodução/Instagram/@metropoles)

E reforçou que independentemente de qualquer relação, sua decisão seria baseada nas circunstâncias do caso e não em lealdade pessoal.

O cenário político e cultural alimenta o debate sobre o uso do poder de clemência presidencial. Os comentários recentes de Trump ocorrem no contexto de um histórico de concessões polêmicas, como indultos previamente dados a celebridades e figuras ligadas à sua base de apoio. A possibilidade de um perdão a Combs, caso concretizada, poderia destacar ainda mais a polarização entre defensores da pena como forma de justiça e os que argumentam por uma revisão de possíveis excessos no sistema judicial.

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