Julgamento de Diddy trava em acusação grave e mantém desfecho indefinido

Júri segue dividido na acusação mais séria contra Diddy, acusado de abusos e conspiração sob a lei RICO faz caso ficar sem veredito final

02 jul, 2025
Rapper P Diddy enfrenta longo julgamento | Reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed |
Rapper P Diddy enfrenta longo julgamento | Reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed |

O rapper Diddy enfrentou nesta terça-feira (01), a última etapa de seu julgamento federal, envolvendo acusações de violência sexual, coerção psicológica, trafico sexual e abusos facilitados por influência de drogas contra supostas vítimas.

O caso, que invoca a Lei RICO, promotores incluíram depoimentos de testemunhas, evidências como provas em vídeo, enquanto o júri permanece dividido quanto à acusação mais grave, deixando o resultado sem um veredito final no momento.

Impasse no júri dificulta desfecho do caso

Nesta terça-feira (01), O julgamento criminal do magnata do hip-hop Sean “Diddy” Combs chegou a um momento de incerteza. Apesar de terem decidido sobre as quatro decisões das cinco acusações contra o rapper, os jurados não conseguiram um acordo unanime sobre a acusação mais grave: conspiração para cometer extorsão.

No tribunal federal de Manhattan, o júri relatou este divido. Parte dos jurados não consegue chegar a um acordo sobre Combs ter liderado uma rede criminosa, um ponto-chave da acusação baseada sob a Lei RICO, uma lei voltada originalmente para desmantelar o crime organizado. Segundo a promotoria, Diddy teria chefiado uma estrutura coordenada envolvendo seguranças e funcionários próximos que ajudaram a intimidar, manipular e abusar de mulheres ao longo de vários anos.

O juiz responsável do caso, Arun Subramanian foi informado sobre o impasse. Apesar da falta de consenso, tanto a equipe de acusação quanto a defesa pediram que o júri continuasse deliberando na tentativa de chegar a um veredito unânime. O juiz ainda analisa se aceita um veredito parcial ou exige por uma conclusão completa sobre todas as acusações.


Caso Diddy segue sem veredito final (video:reproduçao/youtube/CBS News)

Depoimentos de ex-parceiras revelam violência e coerção

Dentro do tribunal, Combs parecia visivelmente nervoso. O artista estava sentado com a postura cabisbaixa, com as mãos cruzadas, longe da imagem confiante que demonstrava no início do julgamento. Em dado momento, o dono da Bad Boy Records enxugou os olhos, um gesto que poderia indicar pressão, desgaste ou tensão emocional. No início do processo, as testemunhas principais do caso foram as ex-namoradas de Combs.

Uma delas, a cantora Cassie Ventura, detalhou os cenários de agressão sexual, manipulação emocional e abuso de drogas que a mantiveram sob domínio do Artista. Outra mulher, não identificada, que a promotoria usou o pseudônimo de “Jane”, descreveu experiências semelhantes.

Riscos legais: penas e prisão perpétua em caso de condenação

Apesar das evidências, incluindo vídeos e mensagens antigas, os advogados de P.Diddy sustentaram que todas as interações foram consensuais. Porém, segundo os promotores, os promotores argumentaram que o abuso seguia uma lógica constante, com ações intencionais e sistemáticas, orquestradas’ ao longo do tempo. Caso seja declarado culpado por conspiração sob a Lei RICO, Combs poderá pegar prisão perpétua. As outras acusações já avaliadas pelo júri acarretam penas de até 15 anos cada.

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