Ex-jogador Rafinha pede Neymar de volta à seleção brasileira

Em entrevista exclusiva ao Estadão, o ex-lateral Rafinha, que defendeu clubes como Flamengo e São Paulo, fez um apelo emocionado pelo retorno de Neymar à seleção brasileira. Segundo o ex-jogador, o camisa 10 precisa de mais carinho e apoio dos torcedores para voltar a ajudar o Brasil na busca pelo hexacampeonato mundial, ao invés de ser criticado.

Sem Neymar chances de título diminuem

Rafinha, que anunciou sua aposentadoria em julho deste ano, reforçou que a ausência de Neymar reduz significativamente as chances de o Brasil conquistar a próxima Copa do Mundo, que será disputada em 2026, no Canadá, Estados Unidos e México.

Queria que o brasileiro entendesse que, se com o Neymar é difícil, sem o Neymar vai ser f***. Vai ser terrível para ganhar a Copa do Mundo. Acho que ele tem que estar na seleção, porque com ele tudo fica mais fácil”, declarou o ex-lateral ao Estadão.

Atualmente, Neymar se recupera de uma lesão no músculo reto femoral da coxa direita, sendo sua terceira no ano, e ainda não foi convocado por Carlo Ancelotti desde que o técnico italiano assumiu o comando da equipe.


Lenda do Bayern de Munique, Rafinha, defendeu a volta de Neymar na seleção (Foto: reprodução/ Alex Grimm/ Getty Images Embed)

Rafinha diz que Neymar precisa ser tratado com cuidado

Durante a entrevista, Rafinha afirmou ser constantemente questionado sobre o camisa 10 em suas viagens ao exterior e destacou que Ancelotti entende as necessidades do jogador, que ainda busca recuperar o melhor ritmo físico.

A gente precisa dar carinho para ele, cuidar dele. É o melhor jogador que nós temos. No mundo inteiro me perguntam: ‘Rafinha, e o Neymar, está voltando?’”, contou.

O Ancelotti é muito inteligente. Ele sabe que tem um dos melhores jogadores do planeta à disposição e que precisa de tempo, treino e sequência para estar 100%”, completou.

Rafinha também reconheceu a qualidade da nova geração brasileira, com nomes como Vini Jr., Rodrygo, Raphinha, Estevão, Martinelli e Matheus Cunha, mas destacou que nenhum deles tem o mesmo peso de Neymar.

O Neymar é diferente de todos eles. É melhor que todos, o melhor jogador que nós temos”, afirmou.

Ex-lateral compara craque brasileiro à Lionel Messi para a Argentina

A forma como parte da torcida e da imprensa tratam o camisa 10 também foi criticada por Rafinha, hoje comentarista do SporTV. Segundo ele, o Neymar é necessário à seleção brasileira, assim como o Messi é necessário à Argentina. Ele ainda questiona por qual motivo o Neymar não é cuidado por nós como os ídolos são cuidados pelos outros países.

Desde sua volta ao Santos, Neymar chegou a emendar seis jogos consecutivos como titular em agosto, atuando os 90 minutos. No entanto, voltou a sofrer com problemas físicos. Em 21 partidas pelo clube, sendo 17 como titular, marcou seis gols e deu três assistências. O camisa 10 não atua em campo desde o confronto contra o Atlético-MG, em 14 de setembro.


Neymar não entra em campo há um mês devido à lesão na coxa (Foto: reprodução/ Ricardo Moreira/ Getty Images Embed)

Brasil cai no ranking da Fifa

Enquanto o futuro de Neymar na Seleção segue incerto, o Brasil caiu uma posição no ranking da Fifa e agora ocupa o 7º lugar, ultrapassado pela Holanda. A Espanha segue na liderança.

A atualização foi divulgada nesta sexta-feira (17), três dias após a derrota por 3 a 2 para o Japão. O ranking define os potes do sorteio da Copa do Mundo de 2026, marcado para 5 de dezembro, em Washington (EUA).

Apesar da queda, o Brasil segue garantido como cabeça de chave, já que não pode mais ser ultrapassado pela Alemanha, atualmente em décimo lugar. Os nove primeiros colocados do ranking ficarão no Pote 1 durante o sorteio.

Ancelotti exalta partida da seleção: “equipe mostrou que pode jogar neste nível”

Em uma atuação dominante, o Brasil de Carlo Ancelotti silenciou o Estádio Copa do Mundo de Seul ao golear a Coreia do Sul por 5 a 0, nesta sexta-feira (10), em amistoso válido pela Data FIFA. O técnico italiano ficou satisfeito com o desempenho da equipe e destacou o espírito coletivo como chave para o brilho individual de seus atacantes.

Hoje a equipe mostrou que pode jogar neste nível — com intensidade, qualidade e compromisso. Desde que cheguei, sempre repito: o compromisso coletivo é a base. Quando o grupo tem essa base, surgem muitas oportunidades de fazer as coisas bem. Hoje unimos esse compromisso à qualidade que esses jogadores têm, e é isso que a Seleção precisa”, afirmou Ancelotti após a partida.

Destaques e elogios do técnico

O treinador destacou especialmente as atuações de Estêvão e Rodrygo, autores de quatro dos cinco gols, mas fez questão de valorizar o desempenho coletivo.

Quando você tem uma base sólida e uma defesa consistente, a qualidade individual aparece naturalmente. Rodrygo fez uma grande partida, Estêvão também. A equipe tem muitas soluções ofensivas, e hoje conseguimos aproveitar as qualidades de cada um”, ponderou o italiano.


Rodrygo e Estevão foram os melhores jogadores durante a partida (Foto: reprodução/Chung Sung-Jun/Getty Images Embed)

O que disse Ancelotti sobre o jogo

Compromisso da equipe

Jogamos muito bem — com bola e sem bola. O compromisso foi exemplar. Quando a equipe se dedica dessa forma, a qualidade aparece. O jogo mostrou qualidades individuais muito importantes.

Atuação do Brasil

Fiquei muito feliz. Foi uma partida completa em todos os aspectos. Nossa trajetória rumo à Copa do Mundo começou bem, porque a equipe jogou com intensidade e inteligência. Gostei muito da postura e das qualidades que mostramos.

Como foi construída a goleada

A chave foi o primeiro gol. A Coreia começou bem, tentando se defender e pressionar nosso meio, mas o gol de Estêvão abriu o jogo. A partir daí, eles tiveram mais dificuldade para nos conter.


Ancelotti elogiou vários aspectos do jogo da seleção (Foto: reprodução/ANTHONY WALLACE/Getty Images Embed)

Domínio do início ao fim

Mesmo sob chuva intensa e diante de cerca de 65 mil torcedores, o Brasil foi amplamente superior desde o apito inicial. A Coreia do Sul, 23ª no ranking da FIFA (enquanto o Brasil ocupa a 6ª posição), priorizou a defesa, mas viu o time de Ancelotti controlar o jogo com linhas altas e movimentação constante.

O técnico escalou um quarteto ofensivo formado por Rodrygo, Estêvão, Vini Jr. e Matheus Cunha, apoiado por Casemiro e Bruno Guimarães, que se aproximavam com frequência da área adversária. As duas assistências do primeiro tempo saíram justamente dos volantes: aos 12 minutos, Bruno Guimarães encontrou Estêvão entre os zagueiros para abrir o placar; aos 41, Casemiro serviu Rodrygo, que marcou seu oitavo gol em 34 jogos pela Seleção.

Segundo tempo de gala

No segundo tempo, a Coreia tentou reagir com uma alteração no meio-campo, mas acabou punida rapidamente. Logo no reinício, Estêvão roubou a bola de Kim Min-Jae e ampliou. Dois minutos depois, Casemiro interceptou novo passe e acionou Vini Jr., que encontrou Rodrygo livre para fazer o quarto gol.

Com o resultado encaminhado, Ancelotti aproveitou para rodar o elenco. Entraram Paulo Henrique (em sua estreia pela Seleção), Carlos Augusto, André, Paquetá, Richarlison e Igor Jesus. Mesmo com as mudanças, o domínio brasileiro continuou, e Vini Jr. ainda marcou o quinto gol, aos 32 minutos, fechando a goleada.

O Brasil volta a campo na próxima terça-feira (15), às 7h30 (horário de Brasília), contra o Japão, no Estádio de Tóquio — partida que encerra a série de amistosos asiáticos desta Data FIFA.

Ancelotti define meta da Seleção: vencer a Copa do Mundo

O técnico Carlo Ancelotti deixou claro, nesta quinta-feira (9), que o objetivo da Seleção Brasileira é um só: conquistar a Copa do Mundo de 2026, que será disputada em Canadá, Estados Unidos e México. Apesar do pouco tempo de trabalho até o torneio, o treinador afirmou que confia na preparação e na atitude dos jogadores.

Ambiente positivo

Em entrevista coletiva no Seul World Cup Stadium, palco do amistoso desta sexta-feira (10) contra a Coreia do Sul, Ancelotti destacou o bom clima dentro do grupo. Segundo ele, o entrosamento e a união dos atletas serão fundamentais para buscar o título.

O jogador brasileiro quer jogar pela Seleção. Dentro de um clube há muitos idiomas, mas numa seleção a comunicação é mais fácil. O ambiente onde você trabalha é muito importante para chegar ao objetivo”, disse o técnico.

Ancelotti também reforçou que quer jogadores comprometidos com o grupo e não com conquistas individuais. “O objetivo tem que ser ganhar a Copa do Mundo, e não ser o melhor jogador do torneio”, afirmou.


Rodrygo fala sobre período longe da Seleção (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

O volante Casemiro havia demonstrado preocupação com o curto período de treinos até o Mundial, mas o treinador italiano mostrou otimismo. Para ele, o Brasil tem uma base sólida e um elenco equilibrado: “A seleção tem uma base ampla, com jogadores muito profissionais. Estou convencido de que vamos preparar um ambiente muito positivo para a Copa”, declarou.

Escalação e ajustes

Ancelotti confirmou que o goleiro Bento será titular no amistoso contra a Coreia, enquanto Hugo Souza jogará a próxima partida. Ele afirmou que o confronto servirá para aprimorar a atitude e o convencimento do grupo. “Amanhã é uma oportunidade para melhorar a qualidade e a confiança da equipe”, destacou o treinador, que elogiou a postura defensiva do time nos últimos jogos.


Bento fala sobre possível titularidade pela seleção (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

Mesmo com pouco tempo até o início da Copa, Ancelotti acredita que a Seleção chegará preparada. O italiano aposta no ambiente saudável e na dedicação dos jogadores para transformar o objetivo em realidade: levar o hexacampeonato ao Brasil.

Seis seleções podem garantir vaga na Copa nesta Data FIFA

A Data FIFA de outubro será decisiva para o destino de várias seleções rumo à Copa do Mundo de 2026. Faltando menos de um ano para o torneio, que será disputado na América do Norte, até seis seleções podem carimbar o passaporte de forma antecipada — entre elas, Honduras, Jamaica, Argélia, Cabo Verde, Egito, Costa do Marfim, Gana, Senegal, Inglaterra, Noruega, Croácia, Eslováquia, Espanha, França, Portugal e Suíça.

Com a próxima edição sendo a primeira com 48 participantes, o processo classificatório começa a tomar forma. Até o momento, 18 países já estão garantidos no Mundial: os três anfitriões — México, Canadá e Estados Unidos —, além de Argentina, Austrália, Brasil, Colômbia, Coreia do Sul, Equador, Irã, Japão, Jordânia, Marrocos, Nova Zelândia, Paraguai, Tunísia, Uruguai e Uzbequistão.

Distribuição das vagas por continente

  • Europa: 16 vagas

  • América do Sul: 6 vagas

  • América do Norte e Central: 6 vagas

  • Ásia: 8 vagas

  • África: 9 vagas

  • Oceania: 1 vaga

  • Repescagem intercontinental: 2 vagas


 Por serem anfitriões, Estados Unidos já tem vaga garantida (Foto: Reprodução/John Dorton/Getty Images Embed)

Europa: gigantes próximos da classificação

Na Europa, diversas seleções podem assegurar a vaga nesta rodada dupla das Eliminatórias. Com o calendário ajustado pela Nations League, a reta final chega mais cedo para algumas equipes. Oito seleções — entre elas França, Inglaterra, Espanha e Portugal — podem confirmar a classificação com combinações favoráveis de resultados.

  • Grupo A: A Eslováquia depende de vitórias sobre Irlanda do Norte e Luxemburgo, além de tropeços da Alemanha, que soma três pontos.

  • Grupo B: A Suíça precisa vencer Suécia e Eslovênia, torcendo por deslizes de Kosovo.

  • Grupo D: A França garante presença se derrotar Azerbaijão e Islândia, e contar com um empate entre Islândia e Ucrânia — ou com um tropeço ucraniano diante do Azerbaijão.

  • Grupo E: A Espanha, líder, precisa vencer Geórgia e Bulgária, torcendo para que a Turquia perca pontos nas mesmas rodadas.

  • Grupo F: Portugal pode carimbar o passaporte com vitórias sobre Irlanda e Hungria, somadas a tropeços da Armênia.

  • Grupo I: A Noruega depende de um triunfo sobre Israel e de dois tropeços da Itália, que enfrenta Estônia e o próprio Israel.

  • Grupo K: A Inglaterra se classifica com uma vitória sobre a Letônia — ou até com empate, caso Sérvia e Albânia empatem no confronto de sábado (11).


A Noruega, de Erling Haaland, não joga uma Copa do Mundo desde 1998 (Foto: Reprodução/FREDRIK VARFJELL/Getty Images Embed)

América do Norte e Central: Jamaica e Honduras a um passo

Nas Eliminatórias da Concacaf, esta Data FIFA pode ser decisiva para duas seleções tradicionais. Embora surpresas ainda possam acontecer — como uma possível classificação inédita do Suriname —, Honduras e Jamaica aparecem muito próximas da vaga.

Para se classificarem, precisam das seguintes combinações:

  • Honduras: vencer Costa Rica e Haiti, torcendo para que a Nicarágua não some mais que empates contra os mesmos adversários.

  • Jamaica: precisa de 100% de aproveitamento contra Curaçao e Bermudas, além de torcer para que Curaçao e Trinidad e Tobago empatem, e os trinitinos não vençam Bermudas.


 A Jamaica só disputou uma copa do mundo em sua história (Foto: Reprodução/Buda Mendes/Getty Images Embed)

África: Egito, Argélia e Cabo Verde perto da vaga

Na África, a disputa também esquenta. Com Marrocos e Tunísia já garantidos, a nona rodada das Eliminatórias pode definir mais seis classificados. As duas últimas rodadas prometem emoção, especialmente para Argélia, Cabo Verde e Egito, que estão a uma vitória da classificação direta.

  • A Argélia, líder do Grupo G com 19 pontos, se classifica se vencer a Somália, e pode até garantir vaga com empate, dependendo dos resultados de Uganda e Moçambique.

  • Cabo Verde pode fazer história: uma vitória sobre a Líbia renderia a primeira participação em Copas do Mundo.

  • O Egito, de Mohamed Salah, precisa apenas vencer o Djibuti e torcer para que Burkina Faso não derrote Serra Leoa.

Outras seleções africanas também estão perto da classificação:

  • Senegal precisa de uma vitória — contra Sudão do Sul ou Mauritânia — e de um tropeço da República Democrática do Congo.

  • A Costa do Marfim se classifica com uma vitória simples sobre Seicheles ou Quênia, desde que o Gabão não vença.

  • Gana garante a vaga se vencer a República Centro-Africana, já que tem uma vitória a mais que Madagascar, vice-líder do grupo.

No Grupo C, África do Sul e Benin lideram com 14 pontos, seguidas por Nigéria e Ruanda, com 11 — cenário que deixa quatro seleções na briga direta pela vaga.


Se classificado, será a segunda participação de Salah com o Egito em Copas do Mundo (Foto: Reprodução/Ahmad Hasaballah/Getty Images Embed)

Ásia: três vagas em aberto

Com o fim da terceira fase, Irã, Uzbequistão, Coreia do Sul, Jordânia, Japão e Austrália já asseguraram vaga. Restam três vagas diretas, além de uma para a repescagem intercontinental.

Na quarta fase, seis seleções — Indonésia, Iraque, Omã, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos — serão divididas em dois grupos de três. Os vencedores de cada grupo garantem classificação direta.

As segundas colocadas de cada grupo se enfrentam em jogos de ida e volta, e a vencedora avança para o Torneio Classificatório da FIFA, valendo uma vaga na repescagem global.

Memphis é convocado durante data FIFA

O técnico da seleção da Holanda, Ronald Koeman, anunciou nesta sexta-feira (4) a lista de 24 jogadores convocados para a Data Fifa de outubro. O grande destaque é, mais uma vez, Memphis Depay, que ainda se recupera de um edema no músculo posterior da coxa direita e não atua pelo Corinthians há quase um mês.

Lista de convocados

Goleiros

  • Mark Flekken (Bayer Leverkusen)

  • Robin Roefs (Sunderland)

  • Bart Verbruggen (Brighton)

Defensores

  • Nathan Aké (Manchester City)

  • Virgil van Dijk (Liverpool)

  • Denzel Dumfries (Inter de Milão)

  • Van Hecke (Brighton)

  • Matthijs de Ligt (Manchester United)

  • Jurriën Timber (Arsenal)

  • Micky van de Ven (Tottenham)

  • Stefan de Vrij (Inter de Milão)

Meio-campistas

  • Ryan Gravenberch (Liverpool)

  • Frenkie de Jong (Barcelona)

  • Teun Koopmeiners (Juventus)

  • Tijjani Reijnders (Manchester City)

  • Jerdy Schouten (PSV)

  • Sem Steijn (Feyenoord)

  • Quinten Timber (Feyenoord)

Atacantes

  • Memphis Depay (Corinthians)

  • Cody Gakpo (Liverpool)

  • Justin Kluivert (Bournemouth)

  • Noa Lang (Napoli)

  • Donyell Malen (Aston Villa)

  • Xavi Simons (RB Leipzig)

  • Wout Weghorst (Ajax)


 Lista de jogadores convocados divulgados pela federação holandesa (Foto: Reprodução/X/@OnsOranje)

A situação de Memphis

Depay não entra em campo desde o dia 10 de setembro, no duelo contra o Athletico-PR pela Copa do Brasil. Na ocasião, sentiu a coxa direita ainda no primeiro tempo e precisou ser substituído. O exame apontou edema muscular — um inchaço, mas sem ruptura de fibras.

Desde então, o atacante perdeu quatro partidas do Corinthians (contra, Internacional, Flamengo, Fluminense e Sport) e segue em fase de transição física, ainda sem treinar com o elenco. A expectativa do clube é de que ele possa voltar já neste sábado (7), contra o Mirassol, pela 27ª rodada do Brasileirão, mas a presença em campo ainda é incerta.

Mesmo com a precaução adotada pelo departamento médico alvinegro, Koeman manteve a confiança no jogador, que vive um momento histórico com a seleção. Em setembro, Memphis se tornou o maior artilheiro da história da Holanda, com 52 gols, superando Robin van Persie.


Memphis não atua desde a volta contra o Athletico Paranaense, na Copa do Brasil (Foto: Reprodução/ William Oliveira/Getty Images Embed)

Reta final das Eliminatórias

Atualemente, a Holanda lidera o Grupo G das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 com 10 pontos em quatro partidas (três vitórias e um empate). A equipe disputa diretamente com a Polônia a vaga direta no Mundial, que será disputado nos EUA, México e Canadá.

Os próximos compromissos serão contra Malta, no dia 9 de outubro (quinta-feira), às 15h45 (de Brasília), fora de casa, e diante da Finlândia, no dia 12, às 13h, na Johan Cruyff Arena.

Depois da Data Fifa, o Corinthians ainda jogará contra o Santos, no dia 15, às 21h30, na Vila Belmiro, em um clássico em que já não contará com o goleiro Hugo Souza, convocado pela seleção brasileira.

Neymar tem uma chance para convencer Ancelotti para a Copa

Em recuperação de uma lesão muscular no reto femoral da coxa direita, Neymar será desfalque da Seleção Brasileira nos amistosos contra Coreia do Sul e Japão, em outubro. O atacante do Santos deve ficar afastado dos gramados por até um mês e, por isso, dificilmente será lembrado também para os jogos de novembro, os últimos da equipe nesta temporada.

Segundo especialistas, lesões de grau 2 no quadríceps exigem entre quatro e 12 semanas de recuperação. Assim, mesmo que evolua bem no tratamento, o camisa 10 não terá tempo hábil para estar 100% até a convocação de Carlo Ancelotti, prevista para 1º de outubro. O treinador já deixou claro que só chamará Neymar quando ele estiver em plena condição física.


Se recuperando de lesão na coxa direita, Neymar assistiu à vitória do Santos sobre o São Paulo (Foto: Reprodução/Miguel Schincariol/Getty Images Embed)

Poucas chances antes da Copa de 2026

O retorno de Neymar deve ocorrer apenas entre a 30ª e a 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando o Santos enfrentará Botafogo (26 de outubro) e Fortaleza (2 de novembro). Isso significa que o craque terá pouquíssimas oportunidades de atuar antes da próxima convocação da Seleção, marcada para o início de novembro.

Com isso, a grande chance de convencer Ancelotti deverá acontecer apenas em março de 2026, durante a última Data Fifa antes da Copa do Mundo. Nessa ocasião, o Brasil terá dois amistosos contra seleções europeias, ainda não definidas. Até lá, Neymar terá ao menos 12 jogos pelo Campeonato Paulista para tentar recuperar ritmo e mostrar que merece estar no Mundial.


Em entrevistas, Ancelotti reforçou que quer jogadores com condições físicas no máximo (Foto: Reprodução/MAURO PIMENTEL/Getty Images Embed)

Ancelotti elogia técnica, mas cobra preparo físico

Desde que assumiu a Seleção Brasileira, em maio, Carlo Ancelotti tem reiterado que a condição física será decisiva para definir os convocados. “Um critério muito importante para a comissão técnica é o aspecto físico. O jogador da Seleção precisa estar 100%”, disse em recente coletiva.

O treinador, entretanto, não esconde sua admiração pelo talento de Neymar. Em entrevista à revista France Football, declarou que “não há discussão do ponto de vista técnico” sobre o camisa 10, reforçando que o desafio do atacante é estar pronto para junho de 2026, quando começa o Mundial.

Ainda assim, caso Neymar não consiga atingir a plenitude física até a Data Fifa de março, corre o risco de disputar sua última Copa apenas como espectador.

Jornalistas apontam destaques da Seleção na era Ancelotti

Com o fim das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, jornalistas foram convidados a indicar o principal jogador da Seleção Brasileira sob o comando de Carlo Ancelotti. O técnico assumiu em junho e esteve à frente da equipe em quatro partidas oficiais, com desempenho irregular.

Destaques individuais

Mauro Beting (SBT) destacou o zagueiro Alexandro, a quem chamou de “revelação” pela eficiência inesperada. Já Marília Ruiz (Band) ressaltou a consolidação de Bruno Guimarães ao lado de Casemiro, embora não tenha visto grande brilho individual.

Lizandra Trindade (Ex-Globo) escolheu Estevão, elogiando a capacidade do jovem em aproveitar as oportunidades recebidas. Pedro Ivo Almeida (ESPN), por sua vez, foi direto ao citar Casemiro como nome mais importante do ciclo até agora.

Vitor Guedes (Lance!) ponderou que o Brasil ainda não apresentou um futebol convincente com Ancelotti, mas reconheceu que Luiz Henrique teve bons minutos e ganhou espaço.


Bruno Guimarães marca após jogada com Luiz Henrique (Vídeo: reprodução/Instagram/@brasil)

Ancelotti soma duas vitórias, um empate e uma derrota em jogos contra Chile, Paraguai, Equador e Bolívia. O Brasil encerrou as Eliminatórias em 5º lugar, atrás de Argentina, Uruguai, Equador e Colômbia. Essa foi a pior campanha da história da equipe no torneio, aumentando a pressão sobre o trabalho do treinador. Antes dele, a Seleção passou por Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior no comando.

Perspectivas futuras

As análises mostram também que não existe consenso sobre quem deve assumir o papel de protagonista. A variedade de nomes citados por jornalistas reforça que a Seleção ainda busca identidade, com jovens talentos surgindo e veteranos tentando manter espaço. Essa disputa interna pode ser positiva, já que aumenta a competitividade e dá a Ancelotti mais opções para moldar a equipe.

As opiniões mostram que a Seleção ainda busca um nome de liderança indiscutível na era Ancelotti. Com jovens promissores e veteranos de peso, a disputa por protagonismo deve seguir até a Copa de 2026.

Brasil cai na altitude e faz sua pior campanha da história das Eliminatórias

Na noite da última terça-feira (09), o Brasil enfrentou a Bolívia no Estádio El Alto, pela última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo, a mais de 4.100 metros de altitude, e saiu derrotado por 1 a 0. O gol da partida foi marcado por Miguelito, jogador do América-MG, em cobrança de pênalti nos acréscimos da primeira etapa.

A equipe comandada pelo italiano Carlo Ancelotti não conseguiu suportar os efeitos da altitude e cedeu diante da pressão dos bolivianos, que não venciam a seleção canarinho desde 2019.

Bolívia sonha com a Copa do Mundo

Com a vitória, a seleção boliviana alimentou o sonho de disputar a Copa do Mundo de 2026, algo que não acontece há 32 anos. O resultado foi favorecido pela derrota da Venezuela para a Colômbia por 6 a 3, que deixou a Bolívia em sétimo lugar nas Eliminatórias, garantindo vaga na repescagem.


Melhores momentos de Bolívia 1x0 Brasil. (Vídeo: Reprodução / ge tv)

Após o apito final, os jogadores da casa não contiveram a emoção. Ídolo da seleção, Marcelo Moreno chorou no gramado e declarou que, caso a Bolívia se classifique, pretende voltar a vestir a camisa nacional para ajudar sua equipe.

Brasil termina em quinto lugar

Apesar do tropeço, o Brasil já estava classificado para a Copa do Mundo, sendo a única seleção a participar de todas as edições do mundial. No entanto, com o revés em El Alto, terminou as Eliminatórias na quinta colocação, com 28 pontos. Ao todo, foram oito vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Foi a pior campanha da história da seleção brasileira em Eliminatórias. A última vez que o time terminou distante da liderança havia sido em 2001, quando ficou em terceiro lugar.

Primeiro tempo de domínio boliviano

A Bolívia foi superior desde o início, aproveitando a altitude e o apoio da torcida que lotou o estádio. Com chutes de média e longa distância, o jovem Miguelito, formado nas categorias de base do Santos, foi o destaque.


Carlo Ancelotti instruindo seus jogadores. (Foto: Reprodução / Rafael Ribeiro/CBF)

Aos 45 minutos, o árbitro chileno Cristian Garay, após revisão no VAR, marcou pênalti de Bruno Guimarães sobre o lateral Roberto. Na cobrança, Miguelito bateu bem e abriu o placar. O Brasil criou apenas três finalizações no primeiro tempo, com apenas uma levando perigo real ao gol defendido por Carlos Lampe.

Segundo tempo sem reação brasileira

Na etapa final, a seleção voltou a encontrar dificuldades para acelerar as jogadas e manter a posse de bola. As entradas de Estêvão, João Pedro, Raphinha e Marquinhos deram maior mobilidade ao time, mas sem efetividade ofensiva.


Estêvão em ação contra a Bolívia. (Foto: Reprodução / Rafael Ribeiro / CBF)

Nos minutos finais, a Bolívia ainda criou duas grandes chances, novamente com Miguelito e Algarañaz. Ao término da partida, os jogadores bolivianos caíram no gramado, chorando e celebrando a vaga na repescagem.

Próximos desafios do Brasil

Agora, a seleção brasileira volta a campo em outubro para dois amistosos na Ásia: contra a Coreia do Sul, no dia 10, e diante do Japão, no dia 14. Os jogos fazem parte da preparação para a Copa do Mundo de 2026.

Conmebol define classificados para a Copa do Mundo de 2026

Na noite desta terça-feira(09), as Eliminatórias da Conmebol para a Copa do Mundo de 2026 no México, Canadá e Estados Unidos chegou ao fim com a definição do classificado para a repescagem internacional.

Os seis classificados garantiram suas vagas com uma rodada de antecedência pelo menos e tiraram essa data para festejar com seu torcedor e fazer testes na equipe.

Seleções viveram torneio tranquilo

A maioria das seleções que disputaram o atual ciclo de Eliminatórias viveu um torneio tranquilo, mesmo com uma ou outra oscilação no decorrer da competição, recorrente da rodagem de elenco para testar opções.

A Argentina foi o grande destaque dominando o torneio do início ao fim, terminando o certame com 38 pontos e 31 gols marcados. Além do domínio, o ciclo marcou a despedida de Di Maria da seleção e de Messi do torneio e possivelmente da albiceleste caso não vá para a Copa.

Para a história, ficam as duas vitórias contra o Brasil, algo que aconteceu pela primeira vez na competição. O 1×0 no Maracanã com gol de Otamendi após pré-jogo com briga de torcedores com a polícia carioca e o 4×1 em Buenos Aires, sendo a maior goleada entre as duas na competição, mostraram que a equipe vem forte em busca do tetra e do segundo título seguido.


Goleada argentina garantiu a albiceleste na Copa (Vídeo Reprodução/YouTube/ge tv)

O Equador foi outra equipe que teve tranquilidade no torneio. Apesar de ser a equipe que mais empatou com oito empates em 18 jogos, La Tri conseguiu fazer 29 pontos, se consolidando como uma das forças do futebol sulamericano. Com nomes jovens, La Tricolor volta a Copa do Mundo em busca de ir para o mata-mata da competição.

A Colômbia foi outra seleção que fez Eliminatórias tranquilas. Seu ciclo, na verdade, tem sido tranquilo após ficar de fora da Copa do Mundo de 2022. Finalista da Copa América de 2024, Los Cafeteros se consolidaram entre os classificados após um início ruim no certame. Peças como Luis Diaz e John Arias foram muito importantes na melhora do desempenho da equipe, que busca fazer uma campanha melhor que a de 2014, quando foi as quartas de final, sendo eliminado para o Brasil. A vitória contra o Brasil com dois gols de Luís Diaz com o pai do atleta assistindo ao jogo em Barranquila foi um momento marcante da campanha.  

Brasil e Uruguai viveram crises internas, mas se classificaram

Duas das principais favoritas a classificação tranquilas viveram momentos de crise interna que interferiram na campanha nas Eliminatórias: Uruguai e Brasil.

O Uruguai apostou em Marcelo Bielsa para levar a seleção para a Copa do Mundo pela quinta vez seguida. Apesar do bom futebol apresentado durante a maior parte do torneio, uma crise interna envolvendo Canobbio, atualmente no Fluminense, e o treinador tumultuou os bastidores. Além disso, a oscilação física de Arrascaeta entre 2023 e 2024 fez com que o técnico tecesse críticas ao jogador, o que também mexeu com os bastidores.

Mesmo com as críticas externadas por vários jogadores, o ciclo acabou sendo tranquilo e a tensão dos bastidores não chegou ao campo, onde a equipe pavimentou com tranquilidade seu caminho para a Copa do Mundo mesmo com a despedida de Luis Suárez da Celeste Olímpica durante o torneio.


Jogo entre as equipes em Montevidéu teve lesão de Neymar e show de De La Cruz (Vídeo: Reprodução/YouTube/ ge tv)

O Brasil, no entanto, não teve a mesma tranquilidade. O ciclo que parecia tranquilo com a vitória de goleada sobre a Bolívia sob o comando de Fernando Diniz acabou sendo caótico e com trocas de treinador por várias vezes após a saída de Tite e mesmo assim ainda conseguiu se classificar direto para a Copa do Mundo.

Diniz saiu após a derrota em casa para a Argentina, sendo a primeira do Brasil na competição em casa na história, com o selecionado jogando um futebol paupérrimo e sem um padrão de jogo.

Para piorar, Neymar ainda se lesionou gravemente na derrota para o Uruguai em Montevidéu com show de Nico De La Cruz e se tornou um desfalque para a equipe, que teve que acostumar a viver sem ele, que nunca voltou a ter nível para jogar na Canarinho.

Com Dorival, a seleção viveu seu pior resultado na história após ser goleada por 4×1 para a Argentina, que pela primeira vez jogava sem Messi e Di Maria em solo argentino, além de tropeços em jogos considerados pontos fáceis e que acabaram não vindo. Outra vez, a equipe não apresentou um padrão de jogo, o que fez o técnico já desgastado ser demitido após a goleada histórica em Buenos Aires.

Nos jogos finais, Ancelotti chegou após ficar prometido desde 2023 pela CBF. Deu tempo apenas de fazer os últimos quatro jogos da competição e apesar de dar uma solidez defensiva para a equipe, acabou sendo criticado pelo desempenho ruim mesmo nas vitórias contra Chile e Paraguai e fora de casa ter empatado com o Equador e a derrota para a Bolívia na altitude coroando este ciclo de eliminatórias como a pior campanha brasileira neste formato que começou no ciclo para a Copa do Mundo de 1998 na França.

Bolívia garantiu vaga na repescagem com emoção

Além das seis equipes que se classificaram de forma direta para a Copa do Mundo de 2026, a Bolívia conseguiu a vaga para a repescagem internacional como representante da América do Sul.

A briga pela vaga direta foi uma verdadeira batalha ponto a ponto entre a Vinotinto e Verde, com cada uma vencendo o confronto direto em seus domínios, que foram peças fundamentais na campanha.

Enquanto a Venezuela levou seus jogos para o caldeirão de Maturín com a torcida fazendo pressão nos adversários jogo a jogo, a Bolívia optou por sair de La Paz e subir a maior rede de teleféricos do mundo para El Alto, onde terminou o certame invicto.

A decisão para a vaga ficou para a última rodada, com a Vinotinto jogando por uma vitória simples para se classificar. Porém, com a goleada de 6×3 para a Colômbia e a vitória de Los Tiahanuacos contra o Brasil em casa fizeram a Bolívia manter vivo o sonho de voltar para a Copa do Mundo após sete edições de ausência.

A repescagem está prevista para a data FIFA de março, tendo o México como lugar favorito para a disputa desta fase das Eliminatórias contra duas seleções da Concacaf , uma seleção africana e uma asiática ainda a serem definidas. Pela Oceania, a Nova Caledônia já está garantida nos playoffs.