Brasil cai na altitude e faz sua pior campanha da história das Eliminatórias

Brasil amarga quinto lugar nas Eliminatórias e chega à Copa sob pressão, após desempenho mais irregular de sua história na competição

10 set, 2025
Luiz Henrique em disputa contra a Bolívia | Reprodução/ Rafael Ribeiro / CBF
Luiz Henrique em disputa contra a Bolívia | Reprodução/ Rafael Ribeiro / CBF

Na noite da última terça-feira (09), o Brasil enfrentou a Bolívia no Estádio El Alto, pela última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo, a mais de 4.100 metros de altitude, e saiu derrotado por 1 a 0. O gol da partida foi marcado por Miguelito, jogador do América-MG, em cobrança de pênalti nos acréscimos da primeira etapa.

A equipe comandada pelo italiano Carlo Ancelotti não conseguiu suportar os efeitos da altitude e cedeu diante da pressão dos bolivianos, que não venciam a seleção canarinho desde 2019.

Bolívia sonha com a Copa do Mundo

Com a vitória, a seleção boliviana alimentou o sonho de disputar a Copa do Mundo de 2026, algo que não acontece há 32 anos. O resultado foi favorecido pela derrota da Venezuela para a Colômbia por 6 a 3, que deixou a Bolívia em sétimo lugar nas Eliminatórias, garantindo vaga na repescagem.


Melhores momentos de Bolívia 1x0 Brasil. (Vídeo: Reprodução / ge tv)

Após o apito final, os jogadores da casa não contiveram a emoção. Ídolo da seleção, Marcelo Moreno chorou no gramado e declarou que, caso a Bolívia se classifique, pretende voltar a vestir a camisa nacional para ajudar sua equipe.

Brasil termina em quinto lugar

Apesar do tropeço, o Brasil já estava classificado para a Copa do Mundo, sendo a única seleção a participar de todas as edições do mundial. No entanto, com o revés em El Alto, terminou as Eliminatórias na quinta colocação, com 28 pontos. Ao todo, foram oito vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Foi a pior campanha da história da seleção brasileira em Eliminatórias. A última vez que o time terminou distante da liderança havia sido em 2001, quando ficou em terceiro lugar.

Primeiro tempo de domínio boliviano

A Bolívia foi superior desde o início, aproveitando a altitude e o apoio da torcida que lotou o estádio. Com chutes de média e longa distância, o jovem Miguelito, formado nas categorias de base do Santos, foi o destaque.


Carlo Ancelotti instruindo seus jogadores. (Foto: Reprodução / Rafael Ribeiro/CBF)

Aos 45 minutos, o árbitro chileno Cristian Garay, após revisão no VAR, marcou pênalti de Bruno Guimarães sobre o lateral Roberto. Na cobrança, Miguelito bateu bem e abriu o placar. O Brasil criou apenas três finalizações no primeiro tempo, com apenas uma levando perigo real ao gol defendido por Carlos Lampe.

Segundo tempo sem reação brasileira

Na etapa final, a seleção voltou a encontrar dificuldades para acelerar as jogadas e manter a posse de bola. As entradas de Estêvão, João Pedro, Raphinha e Marquinhos deram maior mobilidade ao time, mas sem efetividade ofensiva.


Estêvão em ação contra a Bolívia. (Foto: Reprodução / Rafael Ribeiro / CBF)

Nos minutos finais, a Bolívia ainda criou duas grandes chances, novamente com Miguelito e Algarañaz. Ao término da partida, os jogadores bolivianos caíram no gramado, chorando e celebrando a vaga na repescagem.

Próximos desafios do Brasil

Agora, a seleção brasileira volta a campo em outubro para dois amistosos na Ásia: contra a Coreia do Sul, no dia 10, e diante do Japão, no dia 14. Os jogos fazem parte da preparação para a Copa do Mundo de 2026.

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