Defesa Civil de São Paulo alerta tempestades fortes e granizo devido ao ciclone

A Defesa Civil estadual de São Paulo emitiu, nesta quinta-feira (6), um aviso para toda a área paulistana sobre o risco elevado de tempestades severas causadas por um ciclone extratropical que se moverá pela costa na região Sudeste. Segundo as projeções, o sistema trará instabilidade marcada por chuvas volumosas, ventos intensos e possibilidade de granizo, principalmente nas regiões oeste, norte e litoral do estado.

Efeitos esperados e regiões afetadas

As zonas rurais e periféricas das regiões Oeste e Norte devem registrar os maiores impactos, com quedas rápidas de temperatura, alagamentos e queda de estruturas frágeis. Na faixa costeira, o fenômeno pode provocar ressaca e ondas superiores a 2 m, além de rajadas que ultrapassem 200 km/h. A cidade de São Paulo e a Grande SP também entram em estado de atenção para chuvas localizadas fortes e granizo. Além disso, as tempestades serão severas e teremos raios frequentes pelo estado.

Certas regiões terão acúmulos diferentes de chuvas: Presidente Prudente e Marília terão acúmulo de chuva muito alto, enquanto Araçatuba, São José do Rio Preto, Barretos, Franca, Ribeirão Preto, Bauru e Araraquara será apenas chuva alta e as regiões de metropolitana de SP, Vale do Ribeira, Itapeva, Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Baixada Santista e Litoral Norte terão chuva média. Em relação aos ventos fortes, a maior rajada pode chegar a 115 km/h no Litoral Norte, enquanto as diversas terão no mínimo 95 a 110 km/h


Notícia do Ciclone (Foto: reprodução/YouTube/@SBTNews)


Outros estados em alerta

Com o ciclone se deslocando pelos estados do Sul, as Defesas Civis do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), assim como a do Rio de Janeiro, irão atuar de forma integrada em relação ao monitoramento em tempo real para acompanhar o deslocamento do ciclone com objetivo de aumentar as precisões de ações preventivas.

Orientações à população e preparação

O órgão recomenda atenção especial: moradores de áreas baixas ou sujeitas a alagamento devem evitar sair de casa, enquanto condutores são orientados a reduzir velocidade e não estacionar perto de árvores ou estruturas instáveis. Ainda, evita-se a exposição a ventos fortes e raios, e sugere-se buscar abrigo em local seguro no caso de início de tempestade.

A Defesa Civil informou que equipes de monitoramento estão em campo e que centros de abrigo emergencial podem ser ativados caso seja necessário. As secretarias municipais e estaduais de Transportes e Habitação foram acionadas para evitar danos à infraestrutura, como pontes vulneráveis, e para garantir a remoção rápida de entulhos ou galhos que possam obstruir vias.

São Paulo recebe alerta por chuvas na cidade

O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura apontou que a cidade de São Paulo entrou em estado de alerta, nesta quarta-feira (29), devido às chuvas moderadas que vem do interior até a capital e podem se intensificar, causando alagamentos e rajadas de ventos.

Marcadas por um céu encoberto e chuvas localizadas, as zonas norte, leste e central da cidade tiveram registros de trovões ocasionais.

Clima chuvoso na capital

Segundo meteorologistas da Meteoblue, a cidade terá dias de instabilidade com possibilidade de chuvas fortes nesta quarta-feira (29), quinta-feira (30) e domingo (2), enquanto as máximas de temperatura podem ficar abaixo de 20°C.

A combinação de alta umidade, ventos do interior paulista e calor contribui para a formação de nuvens carregadas sobre São Paulo.


Céu nublado de São Paulo (Foto: reprodução/Instagram/@fabianoshow4)

As recomendações são de atenção redobrada ao sair e evitar locais com maiores chances de alagamentos, principalmente em horários de maior intensidade de chuva.

Os próximos dias na cidade

Na quinta-feira (30), a chegada da massa de ar frio provoca queda nas temperaturas das regiões da cidade. Na capital, a máxima não deve passar de 19°C e as mínimas ficam próximas de 14°C. Em regiões como Sorocaba, Ribeirão Preto, Baixada Santista e Vale do Paraíba as variações vão de 19°C a 27°C nas máximas e 16 °C a 19°C nas mínimas.

O CGE orienta a população a adotar medidas preventivas, especialmente nas localidades onde o risco de quedas de árvores é alto, já que os ventos fortes aumentam essa ocorrência.


Cidade em dia de chuva (Foto: reprodução/Instagram/@acidadeoncampinas)

Segundo o Banco de Dados metereológicos do CGE, outubro registrou aproximadamente 63,5% dos 112,2mm de chuva esperados para o mês. O CGE afirmou que há possibilidade de extravasamento de rios e córregos, além de outras ocorrências como alagamentos e rajadas de vento.

O alerta é atualizado em tempo real e é indicado acompanhar os canais oficiais do CGE e adotar medidas preventivas, como evitar estacionar em áreas baixas e não atravessar ruas alagadas.

Enchentes no Paquistão deixam 17 mortos e afetam mais de um milhão

De acordo com autoridades locais, as enchentes ocorridas nesta semana no Paquistão acabaram ocasionando muitos problemas para mais de 1 milhão de cidadãos. O desastre aconteceu devido à quantidade absurda de chuvas torrenciais e pela liberação da água das represas na Índia, que acabou tendo um grande aumento imprevisto no volume dos rios.

O incidente aconteceu em Punjab, província do Paquistão, onde já foram confirmadas 17 mortes. Além disso, não é a primeira vez que o país sofre com essas enchentes, que também ocorreram em 2022.

Detalhes das enchentes

As fortes chuvas de monções, combinadas com a liberação de água dos rios Ravi, Sutlej e Chenab pelas represas da Índia, elevaram o nível dos rios, causando o rompimento de diques e inundações repentinas. Moradores de vilarejos como Qadirabad enfrentam águas que chegam até o peito, enquanto plantações vitais de trigo, arroz e algodão foram destruídas, comprometendo a segurança alimentar da região.

As chuvas torrenciais, típicas da temporada de monções, causaram alagamentos extensos, bloqueando estradas e isolando comunidades inteiras. Muitas residências foram destruídas ou ficaram submersas, deixando famílias desabrigadas e vulneráveis. A falta de acesso a água potável e serviços básicos agrava ainda mais a situação das populações afetadas. Vale lembrar que a Índia havia emitido 3 alertas para o Paquistão, classificando como medida humanitária.


Enchente antiga no Paquistão (Foto: reprodução/Getty Images/Getty Images Embed)

Autoridade tenta agir e enfrenta desafios

O governo paquistanês mobilizou equipes de resgate e assistência para as áreas mais atingidas, buscando minimizar os danos e prestar socorro imediato às vítimas. Organizações humanitárias também estão atuando para fornecer alimentos, abrigo e cuidados médicos às pessoas deslocadas pelas enchentes. No entanto, a extensão dos danos e o número elevado de afetados dificultam a resposta rápida e eficaz.

Além das perdas humanas, as enchentes causaram prejuízos econômicos consideráveis, especialmente para agricultores que tiveram plantações destruídas. A reconstrução das áreas afetadas deve levar meses, e a população enfrenta o desafio de retomar suas atividades cotidianas em meio à crise. Especialistas alertam para a necessidade de investimentos em infraestrutura e sistemas de alerta para evitar tragédias semelhantes no futuro.

 

Frente fria e ciclone chegam ao Sul do Brasil

Frente fria chega à região Sul e traz ventos fortes para Rio Grande do Sul, Santa Cataria e Paraná nesta sexta-feira (20). Os estados já vêm enfrentando temperatura baixas e chuvas, o que será intensificado por fenômenos climáticos, como um ciclone extratropical.

Ciclones extratropicais, são normais no Brasil, principalmente na região Sul do país. O fenômeno está relacionado à frente fria e funciona como um “aspirador” que suga o ar quente e úmido presente na superfície e o leva para cima, o que resulta na formação de nuvens de chuva.

Chuvas no Rio Grande do Sul

Dentre os estados do Sul, o Rio Grande do Sul tem registrado um alto número de enchentes, deslizamentos, obstrução de estradas, e outros desdobramentos das chuvas. Segundo a Defesa Civil, mais de 90 cidades informaram sobre os danos sofridos e mais de 5 mil pessoas precisaram sair de suas casas.


Casas afetadas pela chuva no Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/X/@metsul)

O INMET, Instituto Nacional de Meteorologia, emitiu um alerta para a região informando sobre possíveis riscos, como corte de energia, descargas elétricas, alagamentos e queda de árvores. Em entrevista ao G1, o meteorologista do Climatempo, César Soares, afirma que estas condições devem permanecer até sábado (21).

“Além da chuva, que pode chegar a 100 milímetros em alguns pontos do Rio Grande do Sul, como a metade sul do estado, e as áreas de serra em divisa com Santa Catarina — que podem ter volumes até superiores ao 100 mm — também há rajadas de vento em praticamente todo o estado que podem chegar na ordem dos 70 km/h.”, diz o meteorologista.

Baixas temperaturas

A queda de temperatura, consequência de uma massa de ar fria, irá atingir o Sul durante o fim de semana. Os sulistas deverão enfrentar temperaturas com mínimas entre 8ºC a 17ºC, e máximas de 15ºC a 24ºC.


Cidadãos com frio na Avenida Paulista (Foto: Reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


A frente fria também passará pela região Sudeste, mas não terá grande impacto em São Paulo que terá uma leve queda de temperatura e chuvas pontuais. A máxima para sábado e domingo é de 26ºC, 25ºC, respectivamente, e a mínima é de 16ºC para os dois dias.

Chuvas no RS deixam mais de 6 mil desabrigados

Nesta sexta-feira (20), o Rio Grande do Sul continua registrando chuvas intensas em grande parte do estado. Desde o início da semana, 98 municípios vêm sofrendo com alagamentos, danos a construções públicas e quedas de árvores, além de deslizamentos de terra. 

Ao todo, cerca de 6 mil pessoas foram retiradas de suas casas. Dessas, 2.005 permanecem em abrigos, enquanto 4.011 estão desalojadas. Até esta sexta-feira (20), a Defesa Civil do estado já registrou 276 casos de pessoas resgatadas. 

A região segue em estado de alerta, e órgãos como o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul e a Defesa Civil seguem operando em regime de emergência.


Chuvas no Rio Grande do Sul deixam desabrigados em várias regiões do estado (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Mortes confirmadas 

As fortes chuvas no Rio Grande do Sul ocasionaram, até o momento, três mortes. A mais recente foi confirmada na manhã desta sexta-feira (20), pela Defesa Civil do estado. Segundo o órgão, o falecimento foi de um homem de 72 anos, que teve o seu carro atingido pela queda de uma árvore, na última quinta-feira (19). O episódio ocorreu entre os municípios de São Leopoldo e Sapucaia do Sul.

Na quarta-feira (18), foi confirmada a morte de Mario César Trielweiler Gonçalves, de 21 anos. O óbito ocorreu após a cabeceira da ponte onde o veículo do jovem passava, entre as cidades de Caxias do Sul e Nova Petrópolis, desabar. 

Nesta semana, a Defesa Civil também registrou, na terça-feira (17), a morte de Geneci da Rosa, de 54 anos, que teve seu carro arrastado pela chuva. O acidente ocorreu na cidade de Candelária. O marido de Geneci, de 65 anos, segue desaparecido. O Corpo de Bombeiros do estado segue realizando as buscas.  

Previsão para os próximos dias 

De acordo com o Climatempo, a chuva no Rio Grande do Sul deve diminuir apenas no sábado (21). A previsão é de que, nesta sexta-feira (20), o tempo permaneça instável, com a possibilidade de pancadas de chuvas, principalmente na capital Porto Alegre. 

No sábado (21), a chuva perde força. Já no domingo (22), a instabilidade retorna, porém, apenas na região Norte do estado. A Defesa Civil destaca a necessidade de alerta por parte da população local.

Rios voltam a transbordar e alagam cidades do RS após novas chuvas

Após dias de instabilidade climática, o Rio Grande do Sul voltou a ser atingido por fortes chuvas nesta quarta-feira (19), provocando o transbordamento do Rio Taquari em Lajeado e de outros rios da região. As inundações afetam diretamente moradores que ainda se recuperavam das enchentes de abril e maio de 2024. 

Rio Taquari sobe rapidamente e causa novas inundações 

Em Lajeado, o nível do Rio Taquari atingiu 22,45 m, ultrapassando em mais de 3 m a cota de inundação (19 m). Ruas do centro e bairros inteiros foram rapidamente tomados pela água. Imagens divulgadas pela Defesa Civil mostram o avanço repentino da enchente, e vídeos registrados por moradores circulam nas redes mostrando casas invadidas e carros submersos. 

Além de Lajeado, cidades como São Sebastião do Caí, Estrela e Encantado também enfrentaram cheias com bloqueios de vias, desabrigados e alerta máximo da Defesa Civil. 


 Rio Taquari e bairros em Lajeado imundados (Vídeo: reprodução/Instagram/@rdindependente)

Animais são deixados para trás e voluntários atuam no resgate

Com a urgência para deixar áreas inundadas, muitos moradores abandonaram suas casas sem conseguir levar os animais de estimação. Em Lajeado, mais de 56 animais foram acolhidos em abrigos junto a tutores, equipes de resgate relatam que diversos pets seguem isolados e dependem de botes ou barcos para serem salvos.

Estamos tentando resgatar todos os bichos que conseguimos encontrar com vida. A situação é caótica”, relatou uma voluntária de ONG local. 

Duas mortes confirmadas e risco climático crescente

Duas mortes foram registradas até o momento: uma mulher de 54 anos em Candelária e um jovem de 21 anos em Caxias do Sul, ambos arrastados pela força da correnteza. As autoridades reforçam os alertas de risco e pedem que moradores das áreas de risco sigam as orientações da Defesa Civil. 

Segundo a Agência Nacional de Águas, eventos extremos como este podem se tornar até cinco vezes mais frequentes nas bacias do Sul do país nos próximos anos.