Jamaica em colapso após passagem do furacão mais forte de sua história
Tempestade Categoria 5 devasta Jamaica, inunda River News e cancela diversos voos. Brasileiros sentem dificuldade saírem do país e fazem apelo.
Tempestade devasta o oeste de Jamaica, inundando a pequena comunidade de New River. Os moradores enfrentam limpeza massiva três dias depois que do Furacão Melissa. Ao menos, 19 pessoas morreram em todo o país, informa as autoridades. A enchente provocada pelo furacão, ao invés de esvair, piora o quadro subindo o nível da água.
Preocupações ao atual cenário jamaicano
Ministra Dana Morris Dixon em coletiva de imprensa expressou, afirmando o auxílio e ajuda de autoridades para recuperar a devastação “com todos os esforços concentrados“. Acrescentou, “relatos confiáveis” de descoberta de novos quatro corpos na paróquia de Westmoreland e outro em St. Elizabeth.
New River, segundo moradores, não havia eletricidade na sexta-feira e aliviaram-se; o pior da tempestade parecia ter passado. As águas retornaram, infiltraram as casas, levantando o nível da enchente nesta sexta (31), piorando comparado aos últimos dois dias, informa os residentes. No auge da tempestade, telhados foram arrancados, forçando pessoas a saírem de residência a residência em busca de abrigo, contou um morador. Antes da tempestade, Sr. Beck estava reforçando as janelas do asilo de St. Elizabeth, ao retornar a casa, não havia telhado. “Minha casa virou um lixo,” disse o Sr. Beck.
O asilo St. Elizabeth viveu momentos de terror ao precisar evacuar inúmeros moradores enquanto as ondas derrubavam muros e o vento arrancava telhados muitos dos residentes estavam acamados. O senhor Beck e outros funcionários carregavam pacientes nas costas, tentando atravessar as águas. “Deus, nós vamos conseguir. Não quero que ninguém perca a vida”, repetia a supervisora-chefe, Bianca Mitchell-Smith. Com as instalações reduzidas e a enfermaria em ruínas, o estoque de fraldas para adultos e outros suprimentos chegou a um ponto crítico.
Utilizando drones, captou imagens a 600 metros adiante, uma vaca e o porco mortos. Pessoas dentro de casas rodeadas por água e escombros, espiando através da janela. Dois meninos, ambos sem camisa, sobre a cabeça sacos plásticos, carregando seus pertences e atravessando a água na altura de seus joelhos. Um cenário de destruição.
Weston Brown, trabalha como embalsamador, ao retornar para verificar as condições da funerária, deparou com parte do telhado arrancado pela tempestade. Afirmou Brown, o número de mortos crescerá, à medida que as autoridades encontrem novos corpos em processo de decomposição nas residências. Mais pessoas estarão morrendo, as pessoas vão passar a morrer de fome, disse ele.
Brasileiros conseguem retornar ao país
Brasileiras relatavam dificuldade de apoio do Brasil, realizando um apelo meio a vídeo reproduzido pela CNN. Contam estar sem informações de voos com destino ao Brasil, os marcados foram desmarcados sem a previsão de novos, informa CNN na última sexta (31). No sábado (01), Itamaraty informou, brasileiros começaram a retornar ao Brasil por meio do aeroporto Kingston, reaberto após 4 dias da passagem do Furacão Melissa.
Furacão Melissa: Brasileiras relatam dificuldade em deixar a Jamaica (Vídeo: reprodução/ YouTube/ CNN Brasil)
Segue em estado de alerta perante as dificuldades e reflexos do furacão, recebendo ajuda monetária dos EUA, informa Jamaica Observer no seu portal. Com objetivo de reestruturar e recuperar Jamaica deste cenário. O Furacão Melissa foi a tempestade categoria 5 mais forte da história de Jamaica, passando em seguida ao oeste de Cuba com menos força. Os aeroportos estão retornando à normalidade e os brasileiros estão conseguindo retornar aos poucos ao Brasil em segurança com o auxílio de Itamaraty.
